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O que é a fase folicular do ciclo menstrual?

Por Equipe Origen

Publicado em 05/04/2023

O ciclo menstrual é o ciclo reprodutivo feminino. É dividido em fase folicular, ovulatória e lútea. Vários eventos fisiológicos ocorrem durante todo esse processo para permitir a ovulação, assim como a preparação do útero para uma possível gravidez. Quando não ocorre fecundação e implantação embrionária na camada intrauterina, a menstruação acontece.

Em cada uma das 3 fases do ciclo menstrual, existe a ação de substâncias que estimulam ou inibem funções do sistema reprodutor. Os 4 hormônios que participam diretamente dessas atividades cíclicas são: folículo-estimulante (FSH), luteinizante (LH), estrogênio e progesterona.

Neste post, vamos abordar o que acontece durante o ciclo menstrual, com enfoque na fase folicular. Acompanhe as próximas linhas e saiba mais!

Por que é chamado de ciclo menstrual?

Os eventos que ocorrem no sistema reprodutor feminino são cíclicos e ininterruptos, começam e terminam com a menstruação. Por isso, chama-se ciclo menstrual. É algo que se repete todo mês, desde a menarca (primeira menstruação) até a menopausa.

As mulheres menstruam durante quase toda a sua vida. Seus ciclos podem ser interrompidos por situações específicas, como gravidez, uso de determinados medicamentos e doenças que causam amenorreia (ausência de menstruação) — nesse último caso, existe risco de infertilidade, portanto, a avaliação médica é recomendada.

As funções desencadeadas ao longo dos ciclos menstruais preparam, primeiramente, os ovários para liberar um óvulo maduro e viável para ser fecundado. Depois da ovulação, é o revestimento interno do útero (endométrio) que recebe estímulo dos hormônios, tornando-se receptivo para um embrião.

Assim, durante toda a idade reprodutiva da mulher, seu corpo se prepara, mês após mês, para a procriação. Entretanto, a gravidez não acontece rapidamente para todos os casais por vários fatores. Um deles é que as chances de concepção ficam concentradas em um curto período do mês, chamado de período fértil, que ocorre nos dias próximos à ovulação.

Um casal saudável, com plenas condições reprodutivas e se a mulher tiver 35 anos ou menos, tem cerca de 15% a 20% de chance de gravidez, mesmo que tenha relações sexuais durante o período fértil. Portanto, engravidar não é tão fácil quanto parece. Além disso, muitos fatores de infertilidade conjugal podem reduzir essas chances.

O que é fase folicular?

A fase folicular é a primeira parte do ciclo menstrual, compreende as duas primeiras semanas, a partir do início da menstruação. Durante esse período, são os hormônios FSH e LH que atuam em maiores níveis, com a função de estimular o crescimento e amadurecimento de folículos ovarianos para desencadear a ovulação.

Tudo começa com o hipotálamo, que secreta hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) para ativar a secreção hormonal hipofisária. A glândula hipófise é responsável por liberar FSH e LH, que são considerados hormônios gonadotróficos porque agem sobre as gônadas — os ovários, no caso da mulher.

Com o estímulo de FSH e LH, os ovários recrutam um grupo de folículos, unidades funcionais que abrigam ovócitos primários. É preciso que um desses folículos cresça o suficiente para receber o disparo hormonal que acarreta a ovulação, o qual é definido como folículo dominante.

Durante a fase folicular, ocorre também um aumento na produção de estrogênio, provocado pelos folículos ovarianos que estão se desenvolvendo. A ação estrogênica induz a multiplicação das células do endométrio, a fim de deixar o tecido intrauterino mais espesso para a implantação embrionária.

Com a aproximação da fase ovulatória, os níveis hormonais reduzem. Então, por volta de 2 semanas depois que a menstruação teve início, há um aumento súbito na concentração do hormônio LH, definido como um surto pré-ovulatório.

O que acontece depois da fase folicular?

A fase folicular se encerra na metade do ciclo menstrual, quando a ovulação acontece. A alta concentração de LH leva o folículo dominante ao seu amadurecimento final. Em média, 36 horas após isso ocorre a ruptura folicular e a liberação do óvulo, que é recolhido pela tuba uterina e transportado para o local onde poderá ser fertilizado.

Os elementos residuais do folículo que se rompeu formam o corpo-lúteo, o que caracteriza a última fase do ciclo, a fase lútea. Essa estrutura ovariana produz estrogênio e progesterona, hormônios que agem na preparação do útero para a implantação embrionária.

O estrogênio, como vimos, aumenta a espessura do endométrio. A progesterona tem ação secretória, promovendo alterações moleculares e deixando o tecido endometrial receptivo para o embrião.

Diante da implantação de um embrião, inicia-se a produção de gonadotrofina coriônica humana (hCG), hormônio que mantém o corpo-lúteo em atividade, isto é, secretando estrogênio e progesterona para manter as condições favoráveis do útero.

Se não houver implantação, não há produção de hCG. Assim, o corpo-lúteo se degenera, os níveis dos hormônios ovarianos reduzem e o endométrio descama. É isso que provoca o sangramento que conhecemos como menstruação. Então, um novo ciclo menstrual começa para preparar, novamente, o corpo feminino para a reprodução.

Alterações na fase folicular podem causar infertilidade?

Sim. Falhas nos processos da fase folicular podem resultar em anovulação (ausência de ovulação). As disfunções podem estar nos ovários ou no eixo hipotálamo-hipófise, que secreta as gonadotrofinas responsáveis por estimular os folículos ovarianos.

Entre os possíveis problemas que prejudicam a fase folicular, estão:

  • síndrome dos ovários policísticos (SOP);
  • hipotireoidismo;
  • tumores hipofisários;
  • distúrbios alimentares, como anorexia;
  • obesidade ou magreza extrema;
  • baixa reserva ovariana, decorrente de idade avançada ou de falência ovariana prematura;
  • fatores relacionados ao estilo de vida que afetam o hipotálamo, como estresse, exercícios físicos em excesso etc.

Essas condições requerem avaliação médica e tratamento. Alguns casos podem ser tratados com condutas simples, como medicação e mudanças nos hábitos de vida. Entretanto, algumas situações são mais delicadas e não passíveis de reversão, por exemplo, a baixa reserva ovariana.

Na reprodução assistida, é possível encontrar diversas técnicas para superar a infertilidade. No caso de disfunções na fase folicular e anovulação, realiza-se a estimulação ovariana, que pode ser associada a tratamentos com relação sexual programada, inseminação artificial ou fertilização in vitro (FIV). A indicação é feita conforme as especificidades de cada paciente.

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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