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O que é congelamento de sêmen e quando pode ser realizado?

Por Equipe Origen

Publicado em 22/03/2019

Muitos são os fatores que podem adiar o desejo de ter filhos: vida profissional, tratamentos médicos, projetos de vida, etc.

Existem métodos para preservar tanto a fertilidade feminina como a masculina.

O congelamento de sêmen é uma técnica complementar às técnicas de reprodução assistida que é indicada em situações especificas.

Entenda neste post como funciona e em que casos ela é a mais indicada.

Técnicas de reprodução assistida

Trata-se de um conjunto de técnicas desenvolvidas para o tratamento da infertilidade.

Em alguns casos, também são indicadas técnicas complementares à reprodução assistida, como o congelamento de sêmen.

O material preservado pode ser descongelado posteriormente e utilizado na FIV (fertilização in vitro) ou na inseminação artificial (IA).

As principais técnicas de reprodução assistida são:

  • Relação sexual programada (RSP), também conhecida como coito programado: estimula o crescimento de um número maior de folículos nos ovários por meio de tratamento hormonal, acompanhado por ultrassonografia para o monitoramento do crescimento desses folículos.

Quando eles atingem o tamanho adequado, o médico orienta o casal sobre o melhor momento para a relação sexual;

  • Inseminação artificial (IA) ou intrauterina (IIU): nesse método, além da estimulação ovariana para que haja um número maior de folículos, é feita a preparação seminal, após coleta do material.

Na sequência, o sêmen é capacitado e introduzido na cavidade endometrial (revestimento interno do útero), de onde os espermatozoides seguem para as tubas uterinas com o objetivo de fertilizar o óvulo;

  • Fertilização in vitro (FIV): após a estimulação ovariana, realiza-se a coleta dos óvulos seguida pela coleta do sêmen.

Os espermatozoides coletados são preparados e colocados com os óvulos na placa de cultura para que ocorra a fertilização.

Os embriões formados são então transferidos para o útero. É o tratamento com a maior taxa de gravidez.

  • Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI): é uma variação da FIV em que os espermatozoides são introduzidos diretamente dentro dos óvulos, para que haja a fecundação.

Congelamento de sêmen

O congelamento de sêmen é a alternativa para preservação da capacidade reprodutiva de homens que desejam ter filhos.

Quando o congelamento é indicado

  • Homens que tiveram a indicação de tratamento contra o câncer, como quimioterapia ou radioterapia;
  • Homens que que querem fazer vasectomia, mas desejam manter a possibilidade da paternidade futuramente;
  • Homens que irão fazer alguma cirurgia que possa interferir na capacidade reprodutiva;
  • Homens que estão muito expostos a agentes tóxicos;
  • Homens que irão fazer algum procedimento no órgão reprodutor, com remoção total ou parcial do testículo.

Como é realizado

O congelamento de sêmen é simples de ser realizado, diferentemente do congelamento de óvulos, que requer a estimulação ovariana e a punção dos óvulos.

A coleta do sêmen pode ser feita por masturbação ou por procedimento cirúrgico para retirada dos espermatozoides do testículo ou do epidídimo, caso o homem tenha contagem reduzida ou ausência de espermatozoides no sêmen.

Após a coleta, o sêmen é encaminhado para laboratório especializado no congelamento.

O material é resfriado em nitrogênio líquido até os 196 graus negativos. Recomenda-se que sejam armazenadas diferentes amostras do sêmen.

Após o congelamento total, o material é numerado, registrado e armazenado até o momento que o paciente decidir utilizar para fazer a fertilização.

Mitos ou verdades sobre reprodução assistida

Ainda existem muitas dúvidas sobre o congelamento de sêmen e a reprodução assistida. Esclarecemos três mitos sobre a reprodução assistida que você precisa saber antes de optar por esse método para engravidar.

1. Os pais podem escolher o sexo do bebê

De modo geral, não é possível escolher o sexo do bebê.

A reprodução assistida segue protocolos rígidos e obrigatórios, assim como obedece a leis específicas.

Só é permitido escolher o sexo do bebê para evitar alguma doença genética ao filho ligada ao sexo.

2. Bebês nascidos de reprodução assistida são estéreis

Os embriões formados em técnicas de reprodução assistida não diferem em nada dos formados em fecundação natural.

O processo e o desenvolvimento são idênticos. As chances de o bebê nascer estéril são as mesmas que qualquer outra criança gerada naturalmente.

Muitas vezes o motivo é alguma doença hereditária ligada ao sistema reprodutivo.

3. A primeira tentativa sempre falha

Nem sempre. Em média, de 40 a 50% das mulheres ficam grávidas na primeira vez que se submetem à FIV.

Quer entender melhor como funciona a reprodução assistida? Leia nosso texto sobre a FIV, tire todas as suas dúvidas e conheça a melhor opção para você realizar o desejo de ter filhos.