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O que é criopreservação?

Por Equipe Origen

Publicado em 09/08/2024

A criopreservação de materiais biológicos é uma tendência no contexto atual das ciências médicas, biomédicas e genéticas. Um forte exemplo disso é o congelamento de óvulos, uma prática cada vez mais comentada e realizada pelas mulheres.

Os papéis femininos na sociedade moderna estão muito diversificados. Casar-se em torno dos 20 anos, formar família e dedicar-se aos cuidados da casa já não é mais prioridade para a grande maioria das mulheres.

Hoje, as opções são amplas no cenário profissional, no contexto acadêmico, na vida social e até em relação à escolha de um parceiro — há quem prefira, inclusive, não se casar ou ter um filho de forma independente.

Com tantas mudanças nos caminhos que a mulher pode seguir e a disponibilidade de vários métodos de contracepção, os planos de maternidade estão sendo cada vez mais prorrogados. Diante disso, a criopreservação tornou-se uma técnica valiosa.

Entretanto, a criopreservação não está voltada somente para o adiamento da maternidade. A técnica é realizada com diversas finalidades, tanto na reprodução humana assistida quanto em outras áreas.

Leia o post até o fim e entenda mais a respeito dessa técnica!

O que é criopreservação?

Criopreservação é uma técnica que permite congelar materiais biológicos, como as células, para que possam ser usados em ocasiões futuras. Os recursos empregados, como o uso de substâncias crioprotetoras, permitem que esses materiais fiquem armazenados por vários anos sem perder sua qualidade.

Há técnicas específicas no contexto da criopreservação. Na medicina reprodutiva, por exemplo, podemos realizar o congelamento de óvulos, sêmen, embriões e tecidos gonádicos (retirados dos ovários ou testículos).

Além disso, há diferentes métodos para congelar os materiais. Algumas décadas atrás, o procedimento era mais realizado com o congelamento lento. Atualmente, como as técnicas evoluíram, a vitrificação é o método mais utilizado.

O que é vitrificação?

A vitrificação é uma técnica de criopreservação que consiste no congelamento ultrarrápido de células e tecidos biológicos, garantindo sua viabilidade e evitando danos intracelulares. Trata-se do método mais indicado nos procedimentos atuais, devido às suas taxas elevadas de sucesso na recuperação dos materiais após o descongelamento.

O diferencial da vitrificação é a rapidez no congelamento. Em poucos minutos, os materiais passam para o estado vítreo e, em seguida, são colocados em palhetas identificadas e imersos em botijões de nitrogênio líquido, onde permanecem em temperatura aproximada de -196°.

As substâncias crioprotetoras utilizadas durante o processo de resfriamento e a rapidez do procedimento ajudam a evitar que cristais de gelo se formem dentro das células, o que poderia reduzir a qualidade celular.

Da mesma forma que o congelamento por vitrificação, o descongelamento é feito rapidamente, quando chega o momento de utilizar os materiais criopreservados. Mais de 90% das células resistem a esses procedimentos e preservam sua qualidade.

Quais são os objetivos da criopreservação na reprodução assistida?

A criopreservação feita na reprodução assistida pode ser com os objetivos de:

  • preservação social da fertilidade;
  • preservação oncológica da fertilidade ou por outras razões médicas;
  • congelamento de embriões excedentes;
  • freeze-all.

A preservação social da fertilidade se refere à possibilidade de congelar gametas ou embriões para ter filhos no futuro, partindo de uma decisão pelo adiamento da maternidade. Como o avanço da idade é um fator mais crítico para a capacidade reprodutiva feminina, essa opção é uma indicação importante para mulheres que desejam fazer o congelamento dos óvulos para tentar a gravidez após os 35 anos.

A preservação oncológica da fertilidade é indicada tanto para mulheres quanto para homens que precisam realizar tratamentos contra o câncer, visto que as terapias empregadas podem ter efeitos adversos nas funções reprodutivas. A indicação também é válida diante de outras condições médicas, como o tratamento cirúrgico de endometriose ovariana (endometrioma).

Outra finalidade da criopreservação na reprodução assistida é o congelamento de embriões excedentes. Em muitos tratamentos com fertilização in vitro (FIV), são gerados mais embriões que o número permitido de transferência para o útero. Assim, os que não podem ser transferidos são congelados. O casal pode preservá-los para novas tentativas de gravidez, no futuro, ou optar pela doação de embriões.

Por fim, a criopreservação também contempla outras situações dentro da reprodução assistida, como o freeze-all, procedimento realizado no contexto da FIV e que demanda o congelamento de todos os embriões gerados em um ciclo. Isso pode ser indicado quando há necessidade de adiar para o ciclo seguinte a transferência dos embriões para o útero, como nos casos de:

  • resposta excessiva da paciente às medicações da estimulação ovariana (risco de síndrome de hiperestímulo ovariano);
  • casais que precisam complementar o tratamento com técnicas específicas, principalmente o teste genético pré-implantacional (PGT), que é feito durante a etapa de cultivo dos embriões;
  • elevados níveis de progesterona antes da captação dos óvulos.

A criopreservação é um dos importantes avanços da medicina reprodutiva. Dessa forma, há mais possibilidades no cenário da reprodução assistida, mesmo considerando situações delicadas, como um tratamento oncológico.

Além disso, para as mulheres que querem adiar a maternidade sem perder suas chances de engravidar um dia, a criopreservação dos óvulos representa uma escolha, proporcionando mais liberdade e autonomia na tomada de decisão sobre o momento ideal para ser mãe.

Leia o texto principal sobre criopreservação e complemente as informações que você acabou de conferir!

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.