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O que é gravidez anembrionária?

O que é gravidez anembrionária?

Gravidez anembrionária é um termo que muitas pessoas desconhecem, mas é interessante ter essa informação, principalmente no caso de casais que estão planejando ter filhos.

O prefixo “an” se refere à ideia de privação ou negação. Sendo assim, gravidez anembrionária significa que não existe um embrião no saco gestacional, mesmo que a mulher tenha vários sintomas de gravidez.

Essa condição é incomum e um tanto delicada, pois pode causar sentimentos como frustração e decepção. Isso porque o casal tentante recebe com satisfação a confirmação do teste de gravidez, que é corroborado por sintomas clássicos, como atraso menstrual e enjoos. Contudo, ao realizar uma ultrassonografia pélvica, revela-se a ausência de um embrião e a impossibilidade de prosseguir com a gestação.

Continue a ler o post e entenda o que é uma gravidez anembrionária e como isso acontece!

O que é embrião?

O embrião é o produto da união entre uma célula reprodutiva masculina (espermatozoide) e uma feminina (óvulo). A fecundação pode acontecer quando o casal tem relação sexual sem contracepção nos dias próximos à ovulação.

Se os espermatozoides migrarem até as tubas uterinas e encontrarem um óvulo, um dos gametas masculinos poderá penetrá-lo. Quando os núcleos das duas células se fundem, tem origem a primeira célula do embrião, denominada zigoto.

Durante os primeiros dias de desenvolvimento embrionário, ocorrem sucessivas divisões celulares (fase de clivagem). Entre 5 e 7 dias após a fecundação do óvulo, o embrião alcança o estágio de blastocisto, apresentando um conjunto numeroso de células e com condições fisiológicas adequadas para estabelecer o processo de implantação no endométrio (revestimento interno da parede uterina).

No momento em que as células embrionárias se implantam no útero, tem início a produção do hormônio hCG (gonadotrofina coriônica humana). É a secreção desse hormônio que produz os sintomas de gravidez. Também é a dosagem dessa substância no sangue ou na urina da mulher que confirma a gestação.

O concepto é considerado embrião desde a fecundação até a oitava semana de gravidez. Depois dessa idade gestacional, o organismo em desenvolvimento passa a ser chamado de feto.

O que é gravidez anembrionária?

Gravidez anembrionária é aquela em que produtos conceptuais, especificamente as células que dão origem aos anexos embrionários, como a placenta, se implantam no endométrio uterino, mas não existe um embrião.

Para deixar mais claro, vamos recordar que o blastocisto é o embrião em seu último estágio de desenvolvimento embrionário. Ele apresenta dois grupos de células: o embrioblasto, que forma o embrião exatamente, e o trofoblasto, que dá origem às estruturas extraembrionárias, incluindo o âmnio, o saco vitelino e o pedúnculo de conexão, futuro cordão umbilical.

O que ocorre na gravidez anembrionária é que somente o trofoblasto se implanta, mas não o embrioblasto. Nesse caso, houve a fecundação do óvulo, mas o embrião interrompeu seu desenvolvimento antes da fase de implantação.

Quando o trofoblasto se implanta no endométrio, começa a produção de hCG, o que explica o resultado positivo do teste de gravidez e o início dos sintomas. O exame de ultrassom, no entanto, pode trazer o diagnóstico de gravidez anembrionária.

As causas exatas dessa condição não estão totalmente esclarecidas, mas sabemos que existe associação com falhas genéticas que interferem no desenvolvimento embrionário. As alterações cromossômicas, por exemplo, reduzem a qualidade do embrião e podem interromper seu processo de clivagem ou acarretar falha de implantação.

A conduta em casos de gravidez anembrionária pode incluir a espera de um aborto espontâneo ou o uso de medicações para indução do abortamento. Assim que os conceptos são expelidos, pode ser feita a curetagem ou o procedimento de aspiração manual intrauterina (A.M.I.U).

Essa falha pode acontecer na gravidez natural e na reprodução assistida?

As técnicas de reprodução assistida são indicadas para casais que não conseguem confirmar ou levar adiante uma gravidez espontânea. Fatores mais simples de infertilidade podem ser superados com tratamentos de baixa complexidade, os quais incluem inseminação artificial ou relação sexual programada com estimulação ovariana.

Os fatores mais complexos de infertilidade feminina ou masculina dependem de uma intervenção de alta complexidade para chegar à gravidez, casos em que a fertilização in vitro (FIV) é indicada.

O risco de gravidez anembrionária existe tanto em gestações espontâneas como nos casos assistidos pelas técnicas de medicina reprodutiva, embora as chances para isso sejam mínimas.

Entretanto, a reprodução assistida, sobretudo nos tratamentos com FIV, conta com recursos avançados que podem ajudar na identificação de alterações genéticas. Para isso, aplica-se o teste genético pré-implantacional (PGT), que faz o rastreio de anomalias nos genes ou cromossomos, a partir da análise de células embrionárias.

Além disso, uma das etapas da FIV é o cultivo dos embriões em incubadora de alta performance com inteligência artificial, que permite o monitoramento ininterrupto do desenvolvimento embrionário. Dessa forma, o embriologista pode verificar a qualidade dos embriões e quais deles apresentam falhas em seu processo de divisão celular.

Mesmo com tais recursos, é possível que o embrião sofra alguma alteração após a transferência da incubadora para o útero, mas antes do momento da implantação, resultando em gravidez anembrionária.

Visite também o texto sobre fertilização in vitro e conheça a técnica em detalhes!

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