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O que é placa de cultivo? Qual sua importância na reprodução assistida?

Por Equipe Origen

Publicado em 11/06/2025

A placa de cultivo é utilizada em tratamentos de reprodução assistida e tem grande importância especificamente no contexto da fertilização in vitro (FIV).

A reprodução assistida, de modo geral, tem permitido que milhares de casais inférteis realizem o sonho de ter filhos. Entre as técnicas mais avançadas, a FIV se destaca por ajudar a superar diferentes fatores de infertilidade feminina e masculina.

Para que a FIV tenha sucesso, é essencial que os embriões sejam cultivados em condições ideais antes da transferência para o útero. Aqui entra a placa de cultivo, garantindo um ambiente seguro e adequado para o desenvolvimento embrionário nos primeiros dias.

Continue a leitura para entender melhor!

O que é placa de cultivo?

Placa de cultivo é uma ferramenta usada em laboratórios de reprodução assistida, microbiologia e biotecnologia para realizar a cultura de células, tecidos biológicos e microrganismos. Trata-se de um dispositivo de vidro ou plástico que contém uma superfície plana e favorece a adesão e o crescimento celular.

O uso de placa de cultivo para a fecundação in vitro e o desenvolvimento embrionário permite armazenar e manter os embriões em condições controladas antes da transferência para o útero materno. 

Essas placas de cultivo são compostas por pequenos compartimentos, onde as células (os óvulos fertilizados ou embriões) são colocadas em um meio de cultura — uma solução que contém todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento embrionário inicial.

As placas de cultivo são projetadas para reproduzir o ambiente natural do corpo materno, protegendo os embriões e favorecendo seu crescimento até o momento adequado para a transferência ou criopreservação.

Hoje em dia, existem placas de cultivo especiais para o cultivo embrionário para um melhor aproveitamento dos meios de cultura, assim como placas específicas para as incubadoras mais modernas.

Qual é a importância da placa de cultivo na reprodução assistida?

A placa de cultivo é um dos principais componentes do laboratório de embriologia. Entre suas importantes funções, destacam-se: 

  • proteção dos embriões, que são extremamente sensíveis e precisam ser mantidos em um ambiente controlado, livre de contaminações e variações prejudiciais;
  • fornecimento de nutrientes essenciais — o meio de cultura presente na placa de cultivo contém substâncias que favorecem o crescimento e a divisão celular dos embriões;
  • monitoramento do desenvolvimento embrionário — a placa permite que os embriologistas acompanhem a evolução dos embriões, selecionando aqueles com maior potencial de implantação no útero. Aqui, destacamos o importante papel da incubadora com time-lapse, um equipamento de alta tecnologia que registra imagens contínuas dos embriões durante o período de cultivo, sem a necessidade de retirá-los do ambiente controlado;
  • otimização do tempo de cultivo — com a evolução das técnicas laboratoriais, os embriões podem ser mantidos na placa e na incubadora por até cinco, seis ou sete dias antes da transferência para o útero ou do congelamento, o que possibilita a escolha de blastocistos de melhor qualidade.

Como podemos ver, a placa de cultivo é fundamental para o sucesso dos tratamentos de reprodução assistida. Vale destacar aqui que a FIV tem alta complexidade técnica, altas taxas de resultados positivos e pode ser indicada diante de diversos fatores de infertilidade.

Em que momento da FIV a placa de cultivo é necessária?

A placa de cultivo é utilizada nas etapas de fertilização dos óvulos e cultura embrionária, sendo essencial para os primeiros dias de desenvolvimento dos embriões fora do corpo materno. Veja como ela se encaixa no processo da fertilização in vitro:

Estimulação ovariana e coleta dos óvulos 

A FIV começa com a estimulação ovariana, procedimento em que a mulher recebe medicamentos hormonais para estimular os ovários a desenvolverem múltiplos folículos, dentro dos quais estão os óvulos.

No momento apropriado, quando os folículos ovarianos estão com tamanho adequado para a indução da maturação final, realiza-se a coleta dos óvulos.

Coleta do sêmen e preparo seminal

Assim como os óvulos, os espermatozoides precisam ser coletados para a fertilização in vitro. A coleta geralmente é feita por masturbação na própria clínica, em ambiente reservado, e o sêmen passa por preparação para que a amostra fique somente com gametas de boa motilidade.

Fertilização e início do cultivo embrionário

Os óvulos coletados são fertilizados em laboratório, geralmente utilizando a injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). Após a fertilização, os embriões são mantidos na placa de cultivo e colocados em incubadora, onde permanecem sob monitoramento contínuo.

Desenvolvimento dos embriões 

Nos primeiros 2 a 7 dias, dependendo do protocolo de cultivo, os embriologistas acompanham o crescimento e a divisão celular dos embriões. A qualidade embrionária é avaliada para determinar quais apresentam maior potencial de implantação no útero, respaldando a escolha para a transferência. 

Transferência embrionária 

Após o período de cultivo, os melhores embriões são selecionados para a transferência para o útero. Esse é o momento mais esperado, mas não é garantia de gravidez. É preciso que o ambiente uterino esteja em condições favoráveis para que a implantação embrionária aconteça. 

Criopreservação de embriões excedentes 

Se houver embriões de boa qualidade que não possam ser transferidos em razão da limitação de quantidade determinada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), eles podem ser congelados para tentativas futuras, proporcionando novas oportunidades de gravidez sem a necessidade de repetir todas as etapas da FIV. 

Como você viu, a placa de cultivo é essencial na reprodução assistida. O uso desse dispositivo, aliado às demais técnicas laboratoriais avançadas, contribui para o sucesso da FIV e para o alcance do sonho de ter um filho. 

Quer ver mais detalhes sobre a FIV? Leia o texto deste link!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.