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Reserva ovariana e fertilidade feminina

Por Equipe Origen

Publicado em 03/12/2020

Os ovários são formados durante a vida intrauterina, assim como os folículos ovarianos. Eles possuem extrema importância para a fertilidade feminina, já que são responsáveis pela produção de hormônios sexuais (estrogênio e progesterona), e pelo armazenamento dos gametas femininos, os óvulos.

Os óvulos, por sua vez, ficam dentro dos folículos, na camada externa dos ovários. Durante o ciclo menstrual eles são estimulados e um deles se desenvolve e se rompe, liberando um gameta na ovulação.

Como a mulher não produz folículos/óvulos, com o passar dos anos, o número de óvulos vai diminuir, até que eles se esgotam com a chegada da menopausa. Antes do esgotamento, ocorre uma diminuição na reserva ovariana. A seguir, saiba mais sobre o assunto:

O que é reserva ovariana?

A reserva ovariana representa o “estoque” de folículos/óvulos que uma mulher possui em seu ovário.

A cada ciclo menstrual, os diversos folículos encontram-se disponíveis para responderem ao estímulo hormonal e se desenvolverem. Somente um deles irá crescer e se romper para liberar o óvulo. Os demais disponibilizados e que não se desenvolveram serão perdidos no processo.

Assim, o número de folículos/óvulos irá diminuir a cada ciclo menstrual, até que em determinado momento a reserva ovariana se esgota e a mulher atinge a menopausa. Após a menopausa a mulher é considerada infértil, já que não possui mais óvulos e não ovulará novamente.

A partir dos 35 anos de idade, a chance de gravidez irá diminuir devido à mudança na qualidade dos óvulos e diminuição na quantidade.

Reserva ovariana e fertilidade feminina

A reserva ovariana é fundamental para a fertilidade feminina, já que sem óvulos não há ovulação, e sem ovulação não é possível haver fecundação.

Além da quantidade, a qualidade dos óvulos também influencia na fertilidade da mulher. Os gametas envelhecem, e com isso podem prejudicar a formação do embrião e aumentar o risco de aborto e de ter filhos com problemas cromossômicos, como a síndrome de Down.

Para as mulheres que desejam ter filhos, mas já estão próximas dos 35 anos ou planejam engravidar após essa idade, é importante fazer uma avaliação da reserva ovariana.

Ela pode ser feita por meio de exames de ultrassonografia para a contagem de folículos antrais ou exame hormonal a partir de coleta de sangue.

Reprodução assistida

A técnica de reprodução assistida é uma grande aliada das mulheres que possuem baixa reserva ovariana ou que querem preservar sua fertilidade para não passar por este problema. Também existem possibilidades para aquelas que já tiveram sua reserva esgotada.

As principais técnicas de reprodução são a relação sexual programada (RSP), a inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV).

Além delas, existem diversos procedimentos complementares possibilitam que as técnicas sejam realizadas e que aumentam as chances de um resultado positivo. Quando se fala em reserva ovariana, os procedimentos mais relevantes são:

Estimulação ovariana

A estimulação ovariana é um procedimento realizado tanto na FIV quanto na IIU e na RSP. É um tratamento hormonal que tem o objetivo de estimular o crescimento de um número maior de folículos, para que mais de um óvulo seja liberado na ovulação.

Isso acontece para aumentar as chances de fecundação na RSP e na IIU, e para aumentar o número de gametas coletados para a FIV. Outros procedimentos também contam com este tratamento, como é o caso do congelamento de óvulos.

A dosagem hormonal é definida de acordo com a reserva folicular da paciente.

Todo o procedimento é monitorado por ultrassonografias, para verificar o crescimento folicular. Quando atingem o tamanho adequado, a ovulação é induzida e a mulher está pronta para dar seguimento ao tratamento.

Apesar de ser um tratamento eficaz, mulheres com baixa reserva ovariana podem não ter uma boa resposta à estimulação, resultando em poucos óvulos obtidos.

Criopreservação de óvulos

A criopreservação ou congelamento de óvulos é indicada para mulheres que planejam ter filhos em uma idade mais avançada, que irão se submeter a tratamento que possa reduzir a reserva ovariana ou que já apresentam uma queda em sua reserva ovariana e querem preservar sua fertilidade.

O ideal é que os óvulos sejam congelados antes dos 35 anos. Quanto mais jovens os gametas, melhor sua qualidade e maior a quantidade obtida. Os óvulos podem ser mantidos congelados por vários anos.

Dessa forma, se a paciente decide engravidar após os 40, por exemplo, e não consegue de forma natural, seus óvulos que foram congelados anos antes podem ser utilizados na FIV, mantendo a chance de gravidez relativa ao momento do congelamento.

Doação de óvulos

Quando a mulher não consegue engravidar pela baixa reserva ou por falência ovariana e não possui óvulos próprios congelados, é possível realizar a FIV com os óvulos de uma doadora anônima e os espermatozoides de seu parceiro.

Para mais informações sobre este e outros assuntos relacionados, leia o conteúdo sobre infertilidade feminina aqui no site.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.