A infertilidade de um casal pode estar associada a fatores simples, de fácil tratamento, ou ser consequência de doença subjacente de maior gravidade. As causas são reveladas somente com uma investigação detalhada — mulher e homem precisam ser examinados. Nesse cenário, a ressonância magnética (RM) está entre as opções mais avançadas de técnicas de diagnóstico por imagem.
Além da ressonância magnética, há diversos exames, atualmente, que ajudam na avaliação da fertilidade. O espermograma é a principal ferramenta para avaliar o potencial fértil do homem, enquanto as mulheres podem passar por ultrassonografia pélvica, histerossalpingografia, histeroscopia, entre outros.
Juntamente aos exames de imagem, o casal realiza dosagens hormonais, teste do cariótipo e outras avaliações que o especialista considerar necessárias para cada caso.
Continue a leitura e entenda a importância da ressonância magnética na investigação da infertilidade!
O que é ressonância magnética?
A ressonância magnética é uma técnica diagnóstica que utiliza um forte campo de emissão de pulsos eletromagnéticos, que interagem com prótons do corpo humano, convertendo os sinais captados em imagens dos órgãos e demais estruturas internas.
As imagens obtidas com a RM são nítidas e ajudam na identificação de lesões, tumores ou outras anomalias em várias partes do corpo. Outra vantagem, além da acurácia, é que o equipamento não emite nenhum tipo de radiação prejudicial.
O exame de ressonância magnética é seguro e não invasivo, mas pode ser um pouco desconfortável para pessoas que não se sentem bem em locais fechados. Além disso, é necessário permanecer imóvel dentro do equipamento (um grande tubo horizontal) por determinado período.
Após a conclusão do exame, as imagens são examinadas pelo médico responsável, que pode definir o tratamento necessário quando alguma doença é detectada.
A ressonância magnética é um componente importante da medicina moderna. É utilizada em diferentes especialidades médicas devido a sua alta capacidade de diferenciar tecidos e, assim, avaliar aspectos anatômicos e funcionais de todos os sistemas do corpo humano.
Na clínica atual, o leque de condições detectadas pela ressonância magnética é amplo. O exame pode diagnosticar problemas neurológicos, cardíacos, musculoesqueléticos, abdominopélvicos, entre outros.
Por que a RM pode ser indicada na investigação da infertilidade?
A ressonância magnética da pelve é uma opção de exame na investigação da infertilidade, pois é capaz de avaliar possíveis anormalidades no sistema reprodutor feminino, fornecendo imagens diferenciadas e elucidativas de partes específicas do corpo, como tubas uterinas, útero e ovários. No homem, pode revelar lesões na próstata e nas vesículas seminais.
A RM da sela túrcica (cavidade situada no cérebro) também é útil quando há suspeita de lesões no eixo hipotálamo-hipófise, que regula o funcionamento das gônadas (ovários e testículos), as quais são responsáveis pela produção de gametas e hormônios reprodutivos.
A indicação da ressonância magnética não é rotineira na investigação da infertilidade, mas tem sido cada vez mais importante diante de condições que não são avaliadas de forma concludente com exames convencionais, como a ultrassonografia.
Quais diagnósticos a RM permite fazer?
Na investigação da infertilidade, a ressonância magnética é útil para diagnosticar inúmeras doenças. Começando pelo sistema reprodutor feminino, que pode apresentar uma variedade maior de alterações, podemos detectar:
- focos de endometriose em vários locais da região pélvica;
- endometrioma (cisto endometriótico de ovário);
- tumores pélvicos;
- dilatação das tubas uterinas;
- malformações uterinas;
- miomas;
- pólipos;
- adenomiose;
- sinequias.
Na avaliação da fertilidade masculina, a ressonância magnética ajuda a diagnosticar anormalidades na próstata, tumor testicular, obstruções e defeitos congênitos no trato reprodutivo, entre outras condições que possam impactar a produção ou o transporte dos espermatozoides, tornando o homem infértil.
Dentre todas as doenças que a RM pode diagnosticar, precisamos destacar a endometriose. Trata-se de uma patologia ginecológica, crônica e inflamatória com risco de deixar a mulher infértil, uma vez que pode afetar o sistema reprodutor de várias formas. Pode ser confirmada pela ultrassonografia, mas a ressonância magnética tem se tornado cada vez mais relevante para esses casos.
Quando fazer tratamento para infertilidade?
O tratamento das causas de infertilidade é definido a partir dos resultados dos exames. Algumas condições podem ser tratadas com medicação ou cirurgia e, dessa forma, levar à restauração da fertilidade espontânea.
Entretanto, há mais fatores envolvidos na dificuldade de um casal chegar à gravidez, como a idade da mulher. Mesmo que seja saudável, a tentante tem suas chances reduzidas progressivamente a partir dos 35 anos, pois os óvulos diminuem em quantidade e qualidade.
A reprodução assistida é uma área importante da medicina para casais que querem superar a infertilidade. Os tratamentos são planejados de forma individualizada, podendo incluir técnicas de baixa complexidade (relação sexual programada ou inseminação artificial) e alta complexidade (fertilização in vitro– FIV).
Em resumo, no cenário da investigação da infertilidade, a ressonância magnética tem sido considerada uma ferramenta de grande importância em casos específicos, uma vez que fornece imagens precisas das estruturas reprodutivas. Dessa forma, podemos definir o tratamento mais vantajoso para os casais que desejam aumentar suas chances de sucesso na fertilização.
Quer mais informações a respeito dos fatores que podem deixar a mulher infértil? Siga para nosso texto sobre infertilidade feminina!