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Ressonância magnética na reprodução assistida

Por Equipe Origen

Publicado em 10/05/2025

A investigação da infertilidade é um passo essencial para casais que desejam ter filhos e enfrentam dificuldades para engravidar. Nesse contexto, vários exames femininos e masculinos podem ser solicitados, dependendo da história clínica do casal e das suspeitas do especialista em reprodução humana. Entre esses exames, a ressonância magnética ganha destaque por sua alta precisão diagnóstica. 

A ressonância magnética pode avaliar a saúde da mulher e do homem, mas podemos destacar seu importante papel na detecção e no elevado detalhamento de condições relacionadas à infertilidade feminina, tais como a endometriose.

Quer entender como a ressonância magnética funciona e em quais situações ela pode ser recomendada na reprodução assistida? Este artigo vai esclarecer essas questões e mostrar como o exame pode contribuir para o diagnóstico e o tratamento da infertilidade. Acompanhe!

O que é ressonância magnética?

A ressonância magnética é um exame de diagnóstico por imagem que utiliza um campo magnético e ondas de rádio para gerar imagens detalhadas do interior do corpo. É um procedimento não invasivo e indolor, que permite ao médico visualizar com precisão órgãos, tecidos moles, vasos sanguíneos e estruturas ósseas.

Durante o exame, o paciente permanece deitado em uma mesa que desliza para dentro de um grande equipamento em formato de tubo. Esse equipamento contém um arco que emite pulsos de energia que interagem com átomos do corpo, criando imagens nítidas que podem ser analisadas em detalhes. Em alguns casos, é utilizado um contraste intravenoso para melhorar a visualização de determinadas áreas.

A ressonância magnética é amplamente utilizada em diversas áreas da medicina devido à sua capacidade de detectar alterações sutis que podem não ser identificadas com outros exames mais simples, o que a torna uma ferramenta valiosa na investigação da infertilidade.

Quando a ressonância magnética pode ser solicitada na reprodução assistida?

Na avaliação da fertilidade feminina, a ultrassonografia pélvica é frequentemente o primeiro exame de imagem solicitado. Essa técnica também é eficaz para identificar várias doenças ginecológicas, como cistos ovarianos, miomas uterinos e anomalias estruturais do sistema reprodutor. No entanto, quando o ultrassom não oferece informações suficientes ou há necessidade de uma avaliação mais detalhada, a ressonância magnética pode ser indicada.

A ressonância magnética é especialmente útil para investigar condições complexas e que demandam maior precisão diagnóstica para nortear o planejamento cirúrgico, como a endometriose profunda e lesões ovarianas.

Além de avaliar a pelve para diagnosticar doenças nos órgãos reprodutores, a ressonância magnética pode ser solicitada para avaliar a sela túrcica, uma estrutura óssea localizada na base do crânio que abriga a hipófise, a glândula responsável por produzir hormônios que estimulam outras glândulas, incluindo os ovários e os testículos. 

Quais condições a ressonância pode diagnosticar?

Os possíveis diagnósticos obtidos com a ressonância magnética durante a investigação da infertilidade incluem: 

Endometriose 

A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina. A ressonância magnética da pelve pode detectar implantes endometrióticos em locais diversos, como a superfície dos ovários, o peritônio e o intestino, além de identificar aderências pélvicas associadas. O diagnóstico concludente ajuda a planejar o tratamento de forma mais eficiente, seja clínico ou cirúrgico.

Miomas uterinos

Embora nem todos os miomas causem infertilidade, os submucosos podem interferir na implantação embrionária ou causar abortamento. A ressonância magnética oferece informações precisas sobre o tamanho, a localização e o tipo de mioma, ajudando a determinar se a remoção cirúrgica é necessária antes de iniciar um tratamento de reprodução assistida.

Adenomiose

Essa condição é caracterizada pela presença de tecido endometrial (que reveste o útero por dentro) na camada muscular uterina (miométrio), causando inflamação. A doença pode prejudicar o desenvolvimento da gravidez. A ressonância magnética pode diagnosticar essa condição — que não é facilmente detectada com outros exames —, auxiliando na tomada de decisão para o tratamento.

Pólipos endometriais

O pólipo endometrial é um crescimento anormal de tecido que forma uma projeção no revestimento interno do útero. Essas neoformações podem variar de tamanho e causar sangramento uterino anormal. Também é uma causa de infertilidade por dificultar a implantação do embrião, uma vez que altera o endométrio. 

Cistos ovarianos

Muitos dos cistos ovarianos, como os funcionais, não afetam a fertilidade, mas entre eles pode surgir o endometrioma, que é um tipo específico associado à endometriose. A ressonância magnética tem alta acurácia na identificação de endometriomas.

Malformações uterinas

As malformações uterinas são alterações congênitas na estrutura uterina, como útero septado, bicorno ou unicorno, que podem comprometer o espaço da cavidade do órgão e o desenvolvimento fetal.

Hidrossalpinge

O primeiro exame geralmente solicitado para avaliar a permeabilidade tubária é a histerossalpingografia, mas a ressonância magnética também pode identificar tubas uterinas dilatadas, distorcidas e obstruídas, fatores que impedem o encontro entre os gametas e a fertilização. Uma dessas condições é a hidrossalpinge (acúmulo de líquido na tuba).

Quais tratamentos fazer após o diagnóstico da ressonância magnética? 

Com base nos resultados da ressonância magnética e de outros exames, o tratamento é definido, direcionando-se às necessidades específicas de cada paciente. No contexto da reprodução assistida, as possibilidades incluem:

  • cirurgias reparadoras, como a miomectomia, a polipectomia, a ressecção de aderências ou implantes de endometriose etc.;
  • técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV) — mesmo em casos de infertilidade por fatores complexos, a FIV oferece altas taxas de sucesso quando bem planejada.

Com uma investigação da infertilidade aprofundada, utilizando a ressonância magnética ou outras técnicas diagnósticas, é possível planejar um tratamento de reprodução personalizado e superar muitos dos obstáculos enfrentados durante as tentativas de gravidez.

Para entender como a FIV é realizada, leia este texto sobre fertilização in vitro!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.