O ciclo menstrual pode variar de uma mulher para outra, sem que isso implique alguma doença. No intervalo entre um ciclo e outro pode acontecer o sangramento de escape, também conhecido como “spotting“.
Você sabe o que é o sangramento de escape e o que pode causá-lo? Sabe como é feito o diagnóstico e o tratamento? Então continue acompanhando. Vamos falar melhor sobre o assunto.
O que é o sangramento de escape?
O sangramento de escape é uma perda de sangue vaginal que ocorre durante o ciclo menstrual, entre uma menstruação e outra. O ciclo menstrual regular tem duração aproximada de 28 dias. O sangramento de escape pode ser também chamado de sangramento intermenstrual ou ainda spotting, tendo todos o mesmo significado.
Quais são as causas do sangramento de escape?
As causas do spotting são diversas, dentre outras podemos citar:
- síndrome dos ovários policísticos (SOP);
- ovulação (causando descamação do endométrio no meio do ciclo);
- início ou interrupção do uso da pílula anticoncepcional;
- DIU, que aumenta o volume e incidência de sangramento no ciclo;
- ISTs (infecções sexualmente transmissíveis);
- estresse;
- doença inflamatória pélvica (DIP);
- mioma uterino;
- pólipos e prolapso.
Em gestantes, o escape pode representar a presença de alguma complicação, como aborto espontâneo ou gravidez ectópica, servindo como sinal de alerta para procurar auxílio médico imediatamente.
É importante enfatizar que as mulheres que fumam são mais propensas ao spotting, sendo a interrupção do hábito a principal medida para melhorar o quadro. Além disso, nas mulheres com mais de 40 anos de idade, o sangramento de escape pode acontecer devido à proximidade do climatério e menopausa.
Com causas tão variadas, o mais adequado é procurar um especialista para ter uma avaliação mais precisa do problema e um diagnóstico correto, para assim realizar o tratamento, quando necessário.
Como é feito o diagnóstico do sangramento de escape?
Antes de mais nada, é preciso diferenciar a menstruação do sangramento de escape. Para isso, deve-se observar o dia em que o sangramento apareceu, o aspecto desse fluxo, como intensidade e volume, e a presença de outros sintomas (dor ou febre, por exemplo).
Durante a consulta, a mulher deve informar ao médico se faz uso de métodos contraceptivos e, se sim, qual ou quais métodos — DIU, pílulas combinadas ou outros. Informar, também, sobre os hábitos de vida, como fumo e relação sexual desprotegida, para que seja investigada a gravidez e IST.
Em alguns casos, quando há suspeita de anormalidades anatômicas do útero, o médico poderá solicitar um ultrassom transvaginal ou uma histeroscopia para confirmar ou descartar hipóteses.
Quais os tratamentos para o sangramento de escape?
Como as causas podem variar muito, a indicação de tratamento também dependerá do diagnóstico médico. Sendo assim, o especialista indicará o melhor tratamento para cada caso, prescrevendo o medicamento e a dosagem adequados, assim como a duração do tratamento, caso seja realmente necessário algum tipo de intervenção.
Portanto, ao observar qualquer anormalidade, seja na menstruação, seja durante o ciclo como um todo, procure imediatamente o ginecologista. Tenha em mãos um relatório básico sobre seu ciclo, sintomas e hábitos de vida, pois assim o diagnóstico será mais rápido e o tratamento, mais efetivo.
O sangramento de escape gera dúvidas nas mulheres, principalmente entre aquelas que estão no processo de tentar engravidar. Nessa fase, medos e inseguranças se tornam mais intensos. Está vivendo este momento? Então confira 5 dicas para lidar com o medo de não conseguir engravidar!