Agende a sua consulta

Sinais de gravidez ectópica

Por Equipe Origen

Publicado em 15/10/2021

A gestação que se desenvolve fora do útero é chamada de gravidez ectópica, atingindo cerca de 1% a 2% dos casos. Apesar de a grande maioria ocorrer em uma das tubas uterinas, ela também pode acontecer nos ovários, no colo do útero e na cavidade abdominal.

Em uma gestação natural, a fecundação é realizada em uma das tubas uterinas pelo encontro do óvulo com o espermatozoide. O embrião formado segue em direção ao útero para se implantar e dar início à gestação. No entanto, nos casos de gravidez ectópica, a presença de alguma anormalidade nas tubas uterinas impede a passagem do embrião, que se implanta fora do útero.

Durante as primeiras semanas de gravidez, os sintomas são iguais aos de uma gestação intrauterina, fazendo com que a gestação ectópica passe despercebida. Porém, após algumas semanas os sinais de alerta aparecem.

Ela é uma condição potencialmente grave e o quanto antes for diagnosticada, melhor para a saúde e a fertilidade da mulher. Por isso, neste texto vamos mostrar os possíveis sinais da gravidez ectópica.

Boa leitura!

Quais são os sinais da gravidez normal e da gravidez ectópica?

A fecundação acontece nas tubas uterinas e o embrião formado segue em direção ao útero. Porém, a gravidez se inicia após a implantação do embrião no endométrio, camada interna de revestimento, que ocorre entre uma ou duas semanas depois da fecundação.

Ela provoca diversas alterações no corpo da mulher, principalmente devido ao aumento da produção de hormônios. Muitas mudanças causam sintomas visíveis, que começam a aparecer por volta da quinta ou sexta semana de gestação. Entre os mais comuns da gravidez tópica, estão:

  • Atraso da menstruação;
  • Cólicas;
  • Aumento do volume dos seios;
  • Enjoos;
  • Fadiga.

Muitos sintomas da gravidez ectópica são parecidos com os de uma gestação normal, principalmente, durante as primeiras semanas. No entanto, a partir da sexta semana, sinais como os citados a seguir podem aparecer:

  • Dor abdominal;
  • Tontura;
  • Sangramento vaginal anormal;
  • Enjoos e vômitos;
  • Palidez;
  • Desmaios;
  • Tontura;
  • Hemorragia.

A gravidez ectópica é confirmada com a realização de uma ultrassonografia transvaginal, para verificar se o embrião se implantou no útero ou não, e a dosagem do hormônio b-hCG.

Quais são os riscos da gravidez ectópica?

A gravidez ectópica, na maioria dos casos, ocorre em uma das tubas uterinas e excepcionalmente pode causar consequências graves à saúde da mulher. Em geral, ela associada à endometriose ou a infecções que comprometem as tubas uterinas.

O útero é o órgão responsável pelo desenvolvimento do feto até o final da gestação, aumentando de tamanho ao longo das semanas. Para o embrião, é impossível sobreviver fora do útero por não ter espaço suficiente para crescer e por não receber os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento.

A demora no diagnóstico agrava a condição da paciente, aumentando o risco de rompimento do órgão e de hemorragia interna.

Existem 3 alternativas de tratamento para a gravidez ectópica: a conduta expectante (esperar e acompanhar), o medicamentoso e o cirúrgico. A escolha depende dos sintomas apresentados e da gravidade do caso. O seu objetivo é preservar a fertilidade da mulher, pois, infelizmente, a gestação não pode evoluir.

A conduta expectante é indicada apenas nos casos em que a paciente apresenta poucos ou nenhum sintoma e passa por um abortamento tubário espontâneo ou por uma absorção da gravidez. Quando ela é diagnosticada antes da 8ª semana de gestação, o risco do órgão se romper é menor e o tratamento medicamentoso pode ser utilizado.

Nos casos graves, diagnosticados, a intervenção cirúrgica é necessária e a tuba uterina afetada pode ser retirada ou não. Contudo, essa experiência não impede que a mulher engravide novamente e tenha uma gestação saudável no futuro.

A gravidez ectópica pode ocorrer na reprodução assistida?

A gravidez ectópica também pode acontecer na reprodução assistida, mas, assim como nos casos de gestação natural, a incidência é muito baixa. Existem alguns fatores que aumentam o risco, como:

  • Alterações tubárias causadas por infecções ou cirurgias anteriores;
  • Histórico de gravidez ectópica;
  • Uso incorreto do DIU;
  • Mulheres com mais de 40 anos;
  • Fumantes.

Apesar de a fertilização in vitro (FIV) ser a técnica de reprodução assistida mais moderna e com maior taxa de sucesso, o risco de gravidez ectópica também existe. Nela, a fecundação ocorre em laboratório e os embriões são transferidos diretamente para o útero da paciente.

Porém, não é possível apontar uma causa isolada para a gravidez ectópica e a melhor alternativa é minimizar os riscos associados a ela. Entre elas, diminuir o número de embriões transferidos na FIV.

A gravidez ectópica ocorre quando o embrião se implanta fora do útero, em geral, nas tubas uterinas. Entre os seus principais sintomas estão a dor abdominal, tontura e sangramentos. Devido aos seus riscos à fertilidade e à vida da mulher, ela deve ser diagnosticada o mais rápido possível.

Apesar de não poder ser prevenida, os riscos da gravidez ectópica diminuem com uma consulta anual ao ginecologista para identificar precocemente qualquer doença que possa afetar a saúde da mulher.

Em caso de dificuldade para engravidar após a gravidez ectópica, o casal deve consultar um médico que trabalha com infertilidade e avaliar as opções. Toque aqui para conhecer as principais indicações da FIV!