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Síndrome do Ovário Policístico: o que é, quais os sintomas e tratamentos?

Por Equipe Origen

Publicado em 02/09/2017

Existem diversas doenças que afetam somente as mulheres. Seja por conta de exclusividades anatômicas ou características hormonais, o outrora chamado de sexo frágil realmente resiste com afinco e supera muitas adversidades por causa das suas características. Uma dessas patologias é a famosa Síndrome dos Ovários Policísticos.

Embora seja bastante conhecida, poucas pessoas sabem ao certo do que se trata e quais são as suas reais implicações para o organismo.

Se você também não conhece muito sobre o tema, confira o conteúdo que preparamos a seguir e descubra o que é, quais são os seus sintomas e possíveis tratamentos:

O que é a síndrome dos ovários policísticos?

Síndrome dos Ovários Policísticos, também conhecida no universo da medicina pela abreviação SOP, é um distúrbio hormonal que leva à anovulação (ausência de ovulação) crônica. Com isso, o folículo não se desenvolve e fica com um tamanho pequeno (menor que 10 mm). Sem o crescimento folicular, não existe produção adequada de estrogênio e, em consequência, não existe o espessamento do endométrio e não ocorre ovulação. Não havendo ovulação, não há liberação do óvulo (obviamente a gravidez não acontecerá) e haverá produção de progesterona. Como não há espessamento do endométrio, a menstruação irá atrasar por tempo indeterminado.

Como os folículos não crescem e não se rompem, eles se acumulam nos ovários, que passam a apresentar a imagem de múltiplos pequenos folículos, isto é, poli (muitos) micro (pequenos) cistos (folículos). Esses pequenos folículos também produzem uma quantidade aumentada de androgênios, que não se convertem em estrogênios. Isso leva a um aumento de androgênios circulantes, que pode levar a sintomas específicos.

Por que as mulheres apresentam essa síndrome?

As causas da síndrome do ovário policístico não são completamente elucidadas ainda pela ciência.

Esse problema afeta cerca de 10% a 20% das mulheres durante a fase de vida reprodutiva e supõe-se, com alguma segurança, que ela tenha uma importante origem genética, pois irmãs e filhas de portadoras do distúrbio têm 50% de chance de desenvolver o problema.

Os estudos indicam que a sua origem está claramente associada com o aumento da insulina circulante (hiperinsulinemia), que é o hormônio relacionado com o metabolismo da glicose. Outra associação importante é com a obesidade.

Quais são os sintomas?

Vários sintomas estão relacionados com a síndrome do ovário policístico.

Geralmente, eles surgem logo após a primeira menstruação, mas em alguns casos, o problema se desenvolve mais tardiamente, em resposta a algum gatilho hormonal relacionado com aumento da insulina ou ganho de peso.

Alguns dos sinais mais comuns são a menstruação anormal, com um intervalo menstrual muito longo que pode chegar a meses.

Algumas mulheres têm excesso de pelos faciais e no corpo, acne adulta, calvície de padrão masculino e algumas podem até apresentar mudança na voz.

Qual é o tratamento?

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos geralmente se concentra prioritariamente na gestão dos sintomas e das suas complicações, como a infertilidade, ciclos menstruais irregulares e a presença de androgenizaçao (acne, aumento de pelos).

O médico costuma trabalhar com alguns medicamentos, como as pílulas anticoncepcionais para regular o ciclo menstrual e melhorar os sintomas de androgenização (acne, aumento de pelos).

Como vimos que há uma forte relação com a insulina, remédios utilizados para o controle desse hormônio também podem ser empregados, como a metformina.

Mulheres que tem a SOP secundária ao aumento de peso se beneficiam quando perdem peso e voltam a menstruar normalmente.

Para aquelas com desejo de gravidez, são utilizados indutores da ovulação ou associação com outros tratamentos. A decisão do melhor tratamento varia de acordo com cada caso e principalmente a idade da mulher e avaliação do fator masculino.

E então, aprendeu tudo sobre a síndrome do ovário policístico? Gostou do conteúdo? Então confira também nosso artigo sobre o tratamento de infertilidade!