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SOP e hiperandrogenismo

Por Equipe Origen

Publicado em 18/10/2021

A síndrome dos ovários policísticos, também conhecida como SOP, é um distúrbio endócrino que acomete, principalmente, mulheres em idade fértil. Ela é caracterizada por 3 fatores: a presença de microcistos ovarianos, a infertilidade causada por anovulação e o hiperandrogenismo.

Em muitos casos, a presença de sintomas relacionados ao hiperandrogenismo é o principal motivo que leva as mulheres a procurarem ajuda médica.

A SOP é uma condição complexa e que pode se manifestar de diversas formas. Além do risco de comprometer a fertilidade, a qualidade de vida das portadoras de SOP é afetada, podendo desencadear problemas de saúde mental.

Se você tem SOP ou gostaria de saber mais sobre ela, continue a leitura. Ao longo deste texto vamos mostrar a relação entre a SOP e o hiperandrogenismo. Confira!

O que é hiperandrogenismo?

O hiperandrogenismo é um dos sintomas da SOP, sendo definido pelo aumento da produção de hormônios androgênios no corpo da mulher. A testosterona é o principal hormônio dessa categoria. Apesar de ser muito associado aos homens, as mulheres também o produzem, mas em baixa quantidade.

A presença desse desequilíbrio hormonal provoca uma série de sintomas no corpo da mulher, principalmente, traços mais masculinos. Na lista de sinais de hiperandrogenismo, estão:

  • Aumento da oleosidade da pele;
  • Acne;
  • Hirsutismo (crescimento de pelos em locais tipicamente masculinos, como no rosto, nos seios e nas costas);
  • Engrossamento da voz;
  • Alopecia (queda temporária de cabelo);
  • Seborreia;
  • Deposição de gordura abdominal.

As consequências do hiperandrogenismo impactam a qualidade de vida da mulher e também o seu bem-estar emocional. O desenvolvimento de traços tipicamente masculinos pode afetar a autoestima da paciente e desencadear problemas de ansiedade, depressão e imagem corporal mais negativa.

Qual a relação entre a SOP e o hiperandrogenismo?

A SOP atinge, principalmente, mulheres em idade fértil e é uma das causas mais comuns de infertilidade. O desequilíbrio hormonal provocado pela ação dos hormônios androgênios altera a produção dos hormônios reprodutivos femininos, que são fundamentais para a ovulação. Resultado: irregularidades menstruais e ciclos anovulatórios, caracterizados pela ausência da ovulação.

Durante o ciclo menstrual, os hormônios femininos como o estrogênio, a progesterona, o FSH e o LH atuam preparando o corpo da mulher para a gestação. Um dos processos fundamentais é a ovulação, em que o óvulo é liberado por um dos ovários em direção às tubas uterinas para a fecundação. Desse modo, a presença de um desequilíbrio nesse processo pode impedir que ela aconteça, dificultando a gravidez.

Atualmente, os Critérios de Rotterdam são os mais aceitos para confirmar o diagnóstico da SOP. Com base neles, a paciente deve apresentar, pelo menos, 2 entre os 3 abaixo. São eles:

  • Sinais clínicos ou exames laboratoriais confirmando o hiperandrogenismo;
  • Anovulação crônica e/ou irregularidade menstrual, como a oligomenorreia (intervalo superior há 45 dias entre um ciclo e outro) ou amenorreia (ausência da menstruação por 90 dias ou mais);
  • A presença de cistos nos ovários confirmados com a ultrassonografia (20 ou mais medindo entre 2 a 9 mm de diâmetro e/ou volume ovariano maior do que 10 cm³).

A dificuldade para engravidar pode acontecer com qualquer casal e não significa que, necessariamente, uma paciente diagnosticada com SOP será infértil. Cada caso é único e deve ser avaliado de forma individual. Além disso, muitas mulheres com a doença conseguem engravidar naturalmente, pois, a ovulação pode acontecer mesmo de forma irregular.

No entanto, a infertilidade conjugal deve ser investigada após 12 meses de tentativas para engravidar sem sucesso. Caso a paciente tenha mais de 35 anos, esse período diminui para 6 meses.

Além do hiperandrogenismo, quais outros sintomas podem indicar a presença de SOP?

A SOP é um distúrbio multifatorial e pode se manifestar de formas diferentes para cada paciente. Ela também pode ser assintomática, fazendo com que a dificuldade para engravidar seja o primeiro sintoma que incentive o casal a procurar ajuda médica para descobrir o problema.

Apesar de os sinais de hiperandrogenismo serem os mais conhecidos, eles não são os únicos da doença. Além deles, as portadoras da SOP também costumam apresentar:

  • Irregularidade menstrual (oligomenorreia, amenorreia);
  • Anovulação crônica;
  • Alterações na intensidade do fluxo menstrual (aumento ou diminuição do fluxo);
  • Ganho de peso;
  • Resistência à insulina;
  • Depressão e ansiedade;
  • Infertilidade.

Por ser uma doença crônica, a SOP não tem cura definitiva. No entanto, existem opções de tratamento que contribuem para o alívio dos sintomas, como os causados pelo hiperandrogenismo. Caso seja necessário, os casais com dificuldade para engravidar podem optar pela reprodução assistida para realizar o sonho de ter filhos.

A SOP é um distúrbio hormonal caracterizado pela presença de cistos nos ovários e pelo aumento na produção de hormônios androgênios (como a testosterona), que chamamos de hiperandrogenismo. As suas manifestações mais comuns são: acne, crescimento de pelos em locais tipicamente masculinos, pele oleosa e alopecia. A SOP também provoca distúrbios ovulatórios como a anovulação, podendo causar a infertilidade feminina.

Neste texto, apresentamos os principais sintomas da SOP, em especial, os relacionados ao hiperandrogenismo. Para se aprofundar no assunto e descobrir como ela é diagnosticada e quais são as alternativas de tratamento, confira a nossa página dedicada à SOP!