Agendamento de consulta

Unidade Belo Horizonte | +55 (31) 2102-6363

SOP: quando a relação sexual programada pode ajudar a engravidar?

SOP: quando a relação sexual programada pode ajudar a engravidar?

Os ovários estão localizados a cada lado do útero e são as glândulas do sistema reprodutor feminino. Eles possuem um formato amendoado e têm como função o armazenamento dos folículos, bolsas que contém os óvulos, as células reprodutivas, e a produção dos hormônios progesterona e estrogênio, que preparam o organismo para a gravidez.

Ao contrário dos homens as mulheres já nascem com uma reserva ovariana fixa, ou seja, todos os folículos que serão utilizados durante a vida. Como não existe renovação, a quantidade de óvulos irá diminuir e a qualidade irá mudar.

Durante o ciclo menstrual, diversos folículos estão disponíveis para crescimento, mas apenas um deles se torna dominante, se desenvolve e rompe para liberar o óvulo (ovulação). Os folículos que cresceram e não amadureceram são eliminados. Quando ocorre o esgotamento folicular, surge a menopausa.

Além da falência natural dos ovários, que provoca a ausência de ovulação, algumas condições podem afetar as mulheres durante a fase reprodutiva resultando em problemas de ovulação, considerados a principal causa de infertilidade feminina.

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) está entre as mais comuns. No entanto, com o tratamento adequado é possível engravidar. Continue a leitura e saiba como a relação sexual programada pode ajudar.

O que é SOP?

Principal endocrinopatia ginecológica nas mulheres em idade reprodutiva a SOP é, ao mesmo tempo, a causa mais comum de infertilidade por anovulação (ausência de ovulação).

Os problemas de infertilidade afetam casais no mundo todo. São, inclusive, considerados questão de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para ser considerado infértil, entretanto, o casal deve manter pelo menos um ano de relações sexuais desprotegidas, ou seja, sem o uso de preservativos.

Em aproximadamente um terço dos casais que sofrem com infertilidade o problema é provocado pela ausência de ovulação e a SOP é responsável pela grande maioria dos casos.

Da mesma forma que causa alterações na fertilidade a SOP provoca diferentes manifestações clínicas como hiperandrogenismo, caracterizado pela produção excessiva de androgênios, geralmente produzida em pequenas quantidades pelo organismo feminino, embora seja o principal hormônio masculino.

O hiperandrogenismo surge como consequência do processo fisiopatológico da doença, levando ao desenvolvimento de características masculinas, incluindo o crescimento anormal de pelos (hirsutismo) em locais pouco comuns, como seios, face ou costas e alopecia (perda temporária de cabelo), por exemplo.

A anovulação, por outro lado, resulta em irregularidades menstruais, como ciclos mais longos do que o normal, com maior ou menor quantidade de fluxo menstrual ou ausência de menstruação (amenorreia). Isso acontece pois não há formação do corpo lúteo (o folículo que rompe se transforma em corpo lúteo), produtor de progesterona, hormônio essencial para manutenção do endométrio.

A SOP está associada, ainda, a doenças cardiovasculares, do diabetes tipo 2 e obesidade.

Assim, da mesma forma que interfere na capacidade reprodutiva, a SOP apresenta vários aspectos psicológicos e sociais, levando a perda de qualidade de vida, ao desenvolvimento de transtornos emocionais como ansiedade e depressão e ao afastamento social.

As características heterogêneas da SOP, por outro lado, dificultam o diagnóstico precoce, o que resulta em um percentual bastante expressivo de mulheres não diagnosticadas.

Por que a SOP pode causar infertilidade?

A SOP é considerada a principal causa de anovulação. Os ciclos na SOP podem ser anovulatórios, da mesma forma que a ovulação também pode ser intermitente, ou seja, ocorre em alguns ciclos e em outros não (oligovulação). A ovulação intermitente geralmente é característica de ciclos menstruais irregulares.

Em boa parte dos casos, a SOP tem início ainda na puberdade e desenvolve progressivamente levando ao desequilíbrio hormonal: alguns hormônios, como é o caso da testosterona, são produzidos em maior quantidade, enquanto outros, como os sexuais, diminuem os níveis.

Assim, os folículos que deveriam ser eliminados durante o ciclo menstrual, permanecem e acumulam nos ovários, modificando a sua anatomia, tornando-os muito maiores do que o normal.

O aumento dos níveis de hormônios androgênios, por outro lado, contribui para dificultar a ovulação, inibindo a gravidez na gestação natural ou nos tratamentos de reprodução assistida.

Entenda como a estimulação ovariana associada à relação sexual programada pode ajudar mulheres com SOP a engravidar

Muitas vezes a SOP é apenas descoberta diante da tentativa malsucedida de engravidar. Se ela for a única causa de infertilidade do casal as chances de gravidez são bastante expressivas após o tratamento.

A relação sexual programada é a mais simples das técnicas de reprodução assistida. O tratamento é considerado de baixa complexidades, uma vez que a fecundação acontece nas tubas uterinas.

O objetivo principal é estimular o desenvolvimento de pelos menos um folículo, sendo melhor que mais folículos cresçam, obtendo dessa forma mais óvulos disponíveis para os espermatozoides além de se poder programar o período fértil para a relação sexual.

O procedimento é chamado estimulação ovariana e é a primeira etapa de todos tratamentos de reprodução assistida. É realizado a partir da administração de medicamentos hormonais administrado no início do ciclo menstrual.

Para acompanhar o desenvolvimento dos folículos e, ao mesmo tempo, indicar o período fértil, são realizados, periodicamente, exames de ultrassonografia. Quando eles atingem o tamanho ideal novos medicamentos hormonais induzem ao amadurecimento final dos óvulos e a rotura do folículo para liberação dos óvulos.

A RSP é a primeira indicação quando há diagnóstico de infertilidade por anovulação provada pela SOP. No entanto, como a fecundação acontece nas tubas uterinas, essas deverão estar pérvias e os espermatozoides devem estar dentro dos padrões de normalidade.

Por isso, a técnica é particularmente indicada para mulheres com até 35 anos, que não possuam nenhum tipo de problemas nas tubas uterinas.

As taxas de gravidez proporcionada pelo tratamento por RSP são semelhantes às da gestação natural: entre 15% e 20% por ciclo de tratamento.

Toque aqui para conhecer detalhadamente o funcionamento da relação sexual programada (RSP).

Compartilhe:

Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Faça seu agendamento

Proporcionamos um atendimento exclusivo exatamente como você merece.

AGENDE SUA CONSULTA
ENTRE EM CONTATO

Alguma dúvida sobre fertilidade?
Fale conosco

0
Would love your thoughts, please comment.x