Tabelinha: como pode ajudar a engravidar?
Em algum momento você já ouviu falar em tabelinha, mas não sabe como ela funciona? Essa é uma das informações mais importantes para o casal que está tentando engravidar, pois ajuda a identificar o período de cada ciclo menstrual em que há mais chances para que isso aconteça.
Ao mesmo tempo que aumenta as chances de sucesso gestacional, a tabelinha também é um método contraceptivo e ajuda a evitar a gravidez quando a intenção é adiar os planos de aumentar a família, embora não seja o método mais indicado para esse fim, já que as chances de falha são altas.
Continue a leitura deste texto até o final e entenda como aplicá-la em cada situação.
O que é a tabelinha como método contraceptivo?
Todas as mulheres, desde a puberdade – período entre a infância e adolescência marcado pela primeira menstruação – têm o corpo fisiologicamente preparado para gerar uma nova vida.
Essa função reprodutiva é regulada pelo ciclo menstrual, dividido em três fases: folicular, ovulatória e lútea.
- Fase folicular: na fase folicular diferentes hormônios estimulam o crescimento de vários folículos (bolsas que contém os óvulos), mas apenas um deles desenvolve, amadurece e rompe liberando o óvulo. É chamado folículo dominante. Nessa fase, também motivado pela ação o hormonal o endométrio, camada interna do útero na qual o embrião implanta, começa a ser preparado para recebê-lo, aumentando em espessura;
- Fase ovulatória: a ruptura do folículo ocorre na fase ovulatória, quando ele é liberado pelos ovários e capturado pelas tubas uterinas onde a fecundação, ou fusão com o espermatozoide acontece;
- Fase lútea: na fase lútea o folículo no qual o óvulo estava abrigado se transforma em corpo lúteo, responsável por secretar progesterona, hormônio que garante, junto com o estrogênio, o espessamento final do endométrio. Quando não há concepção, ocorre a descamação da camada funcional do endométrio e a menstruação, iniciando, assim, um novo ciclo.
Os ciclos menstruais normais têm a duração de 28 dias A fase lútea dura aproximadamente 13 dias, a fecundação geralmente acontece no 14º e o óvulo sobrevive por aproximadamente 24 horas no organismo feminino.
A tabelinha é um recurso simples e eficaz quando o ciclo menstrual da mulher é normal: tem duração de 28 dias ou uma pequena variação de mais ou menos dias – 26 e 30, por exemplo.
No entanto, apesar de funcionar como método contraceptivo evitando a gravidez quando bem aplicada, a tabelinha não impede a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que podem causar um grande impacto na saúde reprodutiva feminina.
Assim, é fundamental que o método seja associado ao uso de preservativos, pela mulher ou pelo homem, o que contribui ainda mais para inibir a possibilidade de engravidar.
Por que a tabelinha pode ser um método para engravidar?
A tabelinha possibilita a indicação do período em que a mulher está mais fértil, dessa forma, ao mesmo tempo que funciona como método contraceptivo, aumenta as chances de a concepção ocorrer: é necessário apenas intensificar a relação sexual durante o período indicado pela tabelinha.
Além disso, observar as mudanças corporais também contribui bastante quando há o desejo de ter filhos. O muco cervical, por exemplo, secreção naturalmente presente, se torna semelhante à uma clara de ovo: fino e elástico, o que pode ser percebido no papel higiênico ou pela inserção do dedo médio até o colo uterino para coleta de uma amostra. Encoste-o depois ao polegar e perceba se há elasticidade.
Os seios também sofrem alterações durante esse período: se tornam mais inchados e sensíveis.
Como a tabelinha funciona?
A tabelinha permite calcular o período fértil, a partir da definição de uma provável data de menstruação. Para isso é necessário anotar mensalmente o primeiro dia da menstruação e considerar o tempo de sobrevida do óvulo e dos espermatozoides no organismo feminino: 48 horas do óvulo e 3 dias dos espermatozoides. Ou seja, o período fértil, chamado ainda janela de fertilidade, tem a duração de cinco dias, intervalo em que as chances de o espermatozoides fecundar o óvulo são maiores.
No entanto, ainda que a tabelinha possa fazer toda a diferença na vida do casal nas tentativas de engravidar, ela apenas é eficaz caso não exista nenhum tipo de fator de infertilidade associado a dificuldades.
Entenda melhor a infertilidade
Infertilidade é a incapacidade de conceber após um ano ou mais de tentativas sem o uso de preservativos. Pode ser causada por fatores femininos e masculinos em igual proporção e é um problema comum a milhões de pessoas no mundo todo.
A infertilidade feminina pode ser causada por distúrbios hormonais, considerados a causa mais comum ou por danos nos órgãos reprodutivos (ovários, tubas uterinas e útero) provocados por diferentes condições.
Nos homens, por outro lado, ocorre principalmente quando há baixa produção de espermatozoides ou ausência deles no sêmen ejaculado e dificuldades no transporte para fecundar o óvulo, também como consequência de diferentes condições.
Porém, a maioria das causas que levam à infertilidade tem tratamento, da mesma forma que as técnicas de reprodução assistida podem aumentar as chances de ter um filho biológico. As principais são relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV), todas registram percentuais de sucesso.
Toque aqui para conhecer mais sobre a infertilidade feminina.
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