A trombofilia é um quadro que define a propensão aumentada para o desenvolvimento de trombose. Nessa condição, ocorre um estado de hipercoagulabilidade, ocasionando a formação de trombos, ou coágulos sanguíneos. O resultado, em simples explicação, é a obstrução de veias e artérias.
Ao longo deste post, vamos esclarecer o que é trombofilia e quais complicações ocorrem durante a gestação. Acompanhe!
Como é feito o tratamento?
Pacientes que apresentam trombofilias com risco aumentado de desenvolver trombos durante o tratamento ou durante a gravidez usarão medicamentos com objetivo de normalizar o sistema hemostático e evitar a hipercoagulação do sangue.
Como a paciente com trombofilia é acompanhada nos processos de FIV?
O ideal é que haja um acompanhamento por hematologista e que a paciente não se exponha ao risco de desenvolver a síndrome de hiperestímulo ovariano (SHO). Assim, mulheres jovens e com grande reserva ovariana devem ter um estímulo bem leve.
A FIV se resume em cinco etapas principais — estimulação ovariana; punção dos óvulos; fertilização; cultivo dos embriões gerados; transferência para o útero.
Dessa forma, alguns medicamentos são administrados antes do início do tratamento e outros após a transferência dos embriões para o útero — o que leva alguns dias após a fecundação do óvulo. Com o efeito dos anticoagulantes, o sistema hemostático da paciente trabalha normalmente, reduzindo o risco de formação de trombos.
Quais os riscos da trombofilia na gestação?
Tanto na gravidez quanto no período do puerpério, o sistema de coagulação da mulher trabalha para evitar hemorragias, entrando em um estado de hipercoagulabilidade. Trata-se, portanto, de uma defesa da fisiologia gestacional.
No entanto, pacientes com trombofilia têm a propensão aumentada para o desenvolvimento de coágulos sanguíneo durante esse período. Como consequência, pode haver complicações como restrição no crescimento do feto, pré-eclâmpsia e parto prematuro.
Abortamentos de repetição também podem estar associados às trombofilias. Isso acontece porque os trombos nos vasos placentários interferem na quantidade de sangue que circula nas veias da placenta e nos vasos do cordão umbilical. Dessa forma, ocorre restrição na passagem de oxigênio e de nutrientes para a placenta e feto.
Portanto, gestantes com trombofilia devem fazer uso de medicamentos anticoagulantes durante toda a gravidez e ainda na fase do puerpério. Com esse cuidado, é possível evitar os eventos tromboembólicos e passar por uma gestação tranquila.
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