Agende a sua consulta

Trompas de Falópio: o que são?

Por Equipe Origen

Publicado em 20/12/2023

O aparelho reprodutor feminino é formado por órgãos com funções específicas no processo de concepção e gravidez. No trato reprodutivo superior, onde ocorre a ovulação, a fecundação e a gestação, estão os ovários, as trompas de falópio e o útero.

A nomenclatura atual para descrever as trompas de falópio é tubas uterinas. Apesar da mudança no nome, trata-se dos memos órgãos, que cumprem as mesmas funções. São estruturas indispensáveis na reprodução natural.

Este artigo explica o que são as trompas, quais são suas funções na fertilidade e quais doenças podem prejudicá-las. Também vamos mostrar se é possível engravidar com problemas tubários. Acompanhe e descubra!

O que são as trompas de Falópio?

Trompas de falópio ou tubas uterinas são dois tubos anexados à parte superior do corpo do útero, um de cada lado, e que se prolongam até perto dos ovários. Medem cerca de 12 cm de comprimento e têm importante papel na fecundação.

As tubas são fixas no útero, mas móveis nos ovários. Elas têm uma boa mobilidade ou motilidade, o que é fundamental para que cumpram suas funções, que incluem a captação do óvulo no momento da ovulação e o transporte do óvulo fecundado para o útero.

As partes da trompa de falópio são: istmo, ampola, infundíbulo e fímbrias. Quando o ovário libera um óvulo maduro, as fímbrias da tuba (prolongamentos localizados na extremidade do órgão) se movimentam e coletam a célula reprodutora. Então, o óvulo é levado para a ampola (parte mais dilatada da tuba), onde poderá ser fertilizado.

O gameta feminino pode permanecer na trompa por até 24 horas. Se no período aproximado, o casal praticar relações sexuais, os espermatozoides podem migrar até o local da fecundação e fertilizar o óvulo. A partir disso, ocorre o desenvolvimento pré-embrionário.

Devido à motilidade tubária, o embrião é transportado para o útero. Cerca de 3 a 7 dias depois da fertilização, ele chega à cavidade uterina e pode se implantar. 

As trompas de falópio são essenciais para o processo natural de reprodução, pois, como vimos, elas fazem a ligação entre os ovários e o útero e servem de local para a fecundação.

O que pode afetar esses órgãos?

Veja quais doenças e condições podem prejudicar as funções das trompas de falópio:

  • infecções, como clamídia e gonorreia;
  • doença inflamatória pélvica (DIP), também causada por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);
  • endometriose;
  • laqueadura;
  • danos causados por tratamentos médicos, como radioterapia ou cirurgias pélvicas. 

As infecções e a DIP estão associadas a muitos casos de salpingite e hidrossalpinge. A salpingite é a inflamação da trompa, que pode evoluir para um quadro de acúmulo de fluído intratubário e dilatação da tuba uterina, caracterizando a hidrossalpinge.

O líquido acumulado dentro da trompa afeta sua função de várias formas: distorce a anatomia do órgão; prejudica a motilidade tubária; dificulta a movimentação dos espermatozoides. Além disso, acredita-se que o fluído tenha efeito tóxico para o embrião.

A endometriose é outra afecção com impactos importantes nas trompas de falópio. É uma doença que pode afetar várias partes da região pélvica, devido aos processos inflamatórios causados pelo crescimento de tecido endometrial fora de seu local habitual, que seria dentro do útero.

Quando os implantes de tecido endometriótico lesionam as tubas uterinas, pode ocorrer distorção anatômica e obstrução tubária decorrente da formação de aderências de tecido cicatricial.

É possível engravidar com alterações tubárias?

A infertilidade é causada por inúmeros fatores, inclusive obstrução das tubas uterinas. Na avaliação do casal infértil, vários exames são solicitados. A investigação de problemas nas trompas de falópio é feita com exames de imagem, como ultrassonografia e histerossalpingografia.

Se ambas as tubas estiverem danificadas, as chances de gravidez natural são praticamente nulas. Mesmo que a fecundação aconteça, o risco para gestação ectópica é aumentado — gestação fora do útero, geralmente com implantação do embrião na própria tuba.

Além do tratamento médico convencional — que pode envolver medicação antibiótica, se houver infecção, e cirurgia para desobstrução tubária —, a reprodução assistida pode ser indicada às mulheres que desejam engravidar.

Quando há problemas nas trompas de falópio, a fertilização in vitro (FIV) é indicada. Nessa técnica, realiza-se a estimulação ovariana, seguida da coleta dos óvulos. O sêmen também é coletado e submetido ao preparo seminal. A fertilização ocorre em laboratório e os embriões são colocados no útero somente após alguns dias de desenvolvimento em incubadora.

Veja que, na FIV, a fecundação acontece fora do corpo da mulher e os embriões são transferidos diretamente para o útero. Nesse caso, as trompas de falópio não precisam desempenhar suas funções.

As outras técnicas de reprodução assistida são a relação sexual programada e a inseminação artificial, consideradas de baixa complexidade. Nelas, a fertilização dos óvulos acontece naturalmente, no ambiente intratubário. Sendo assim, as trompas de falópio precisam estar saudáveis para que a mulher tenha sucesso com esses tratamentos de reprodução.Para conferir tudo o que é feito em um processo de fertilização in vitro, siga o link para o texto sobre FIV!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.