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Tubas obstruídas ou com aderência: é possível engravidar?

Por Equipe Origen

Publicado em 15/05/2018

As tubas uterinas (ou trompas de Falópio) fazem parte do sistema reprodutor da mulher, e as condições de uma tuba uterina obstruída ou com aderência podem gerar dúvidas quanto ao sucesso de uma gravidez.

Por isso, elaboramos este texto para ajudá-la a entender melhor a função delas no corpo da mulher e a relação entre trompas obstruídas e gravidez. Confira!

O que são tubas uterinas e qual sua função?

As tubas uterinas ligam o útero aos ovários e são divididas em quatro regiões: parte uterina, ampola, istmo e infundíbulo. A parte uterina e o istmo ficam próximos à parede do útero. No infundíbulo está localizado o óstio, orifício responsável por fazer a comunicação com o útero, e é na ampola que ocorre a fecundação.

Semelhantes a um tubo ou canal, as tubas recebem os óvulos liberados pelos ovários e permitem que os espermatozoides cheguem até ele. É nas tubas que ocorre a fecundação. Elas permitem o desenvolvimento embrionário e levam o embrião até o útero, onde ocorrerá a implantação e gestação.

Quando o embrião é fixado na tuba e não no útero, ocorre a gravidez ectópica. Infelizmente, nesses casos, a gestação não pode ser levada adiante, já que o embrião não consegue se desenvolver fora do útero.

Qual é a relação entre trompas obstruídas e gravidez?

As tubas uterinas são fundamentais para que a gravidez aconteça, assim, na presença de obstrução ou aderência, pode haver uma diminuição ou mesmo impossibilidade de gravidez.

Existem diversas causas para o bloqueio das tubas, como deficiências congênitas, lesões ou doenças inflamatórias, endometriose, infecções e cicatrizes decorrentes de cirurgias, por exemplo.

Outra condição que também pode afetar a fertilidade é a presença de aderência das tubas. Nesse caso, elas ficam fixas (aderidas) a algum órgão pélvico ou peritônio, o que impede sua função de captar o óvulo, após a ovulação.

O diagnóstico de obstrução ou aderência pode ser feito com o auxílio da histerossalpingografia, um exame de raios-X após a injeção de contraste pelo útero.

Outra alternativa é a laparoscopia, uma cirurgia que permite ver o útero, as tubas e os ovários e identificar a permeabilidade tubária. Por ser um procedimento cirúrgico, permite, em alguns casos, tratar as aderências.

Como tratar aderências e obstrução nas tubas?

A cirurgia é uma boa alternativa para remover aderências leves e com isso liberar as tubas para sua função normal. Antes de se propor a cirurgia, é importante fazer uma avaliação do casal e confirmar que não existe outra alteração associada. Além disso, é importante que a mulher tenha até 35 anos, para que não haja atraso e piora no prognóstico de gravidez.

Nos casos de obstrução, a cirurgia é indicada para mulheres jovens e, preferencialmente, quando for possível identificar o local da obstrução. É importante descartar outras possíveis causas de infertilidade. Os resultados da cirurgia são bons quando a cirurgia é bem indicada.

Para os casos de obstrução ou aderências, casos em que a cirurgia trará pouca ou nenhuma melhora, o melhor é indicar a FIV (fertilização in vitro), uma vez que, com esse tratamento, as funções das tubas são feitas no laboratório.

Com relação às chances de gravidez, é importante lembrar que a cirurgia pode, no máximo, retornar as chances habituais de gravidez, isto é, 20% ao mês, enquanto com a FIV as chances podem ser de 50%.

Agora você já sabe que a obstrução ou aderência das tubas uterinas pode dificultar a gestação, por isso é sempre importante realizar acompanhamento médico para prevenir ou tratar o problema precocemente.