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Embriões excedentes na FIV: por que pode acontecer e o que deve ser feito?

Embriões excedentes na FIV: por que pode acontecer e o que deve ser feito?

O que fazer com os embriões excedentes na FIV? Essa é uma das questões que gera reflexões no campo da medicina reprodutiva.

A reprodução assistida é uma área da medicina que já existe há muito tempo, mas que se tornou mais conhecida nas últimas décadas, devido à grande procura dos casais que não conseguem ter seus filhos por meio da relação sexual.

Para regulamentar as práticas da reprodução assistida, diversas regras foram estabelecidas e passaram por modificações ao longo do tempo, acompanhando as mudanças sociais e o desenvolvimento de novas técnicas. 

No Brasil, é o Conselho Federal de Medicina (CFM) que estabelece as normas éticas para os serviços de reprodução assistida, inclusive em relação ao destino dado aos embriões excedentes na FIV. A Lei da Biossegurança também é observada, pois envolve princípios importantes da bioética e do biodireito.

Continue a leitura e compreenda o que está relacionado a essa temática!

O que são embriões excedentes?

Embriões excedentes na FIV são aqueles que não podem ser transferidos para o útero, pois foram gerados em número maior que o permitido para transferência. A resolução do CFM limita o número de embriões de acordo com a idade da mulher, com o intuito de evitar gravidez gemelar. 

Para falar sobre os embriões excedentes na FIV, primeiramente vale lembrar como essa técnica de reprodução assistida funciona.

A FIV é considerada de alta complexidade, envolve uma sequência de procedimentos em laboratório, os quais auxiliam no processo de reprodução humana. As etapas do tratamento são:

A formação de embriões excedentes na FIV pode acontecer porque, geralmente, vários óvulos são coletados e fertilizados para aumentar as chances de gravidez.

No início do tratamento, os ovários da paciente são estimulados com medicações hormonais para desenvolver mais folículos ovarianos que no processo natural de ovulogênese. Isso é importante porque nem todos os óvulos serão viáveis para a fertilização, assim como nem todos os embriões gerados vão prosseguir com seu desenvolvimento e apresentar qualidade e potencial de implantação. Assim, quanto mais óvulos obtidos, melhor.

No entanto, em muitos casos, todo o processo é bem-sucedido e múltiplos embriões de qualidade chegam à etapa de transferência para o útero, porém o número de embriões a transferir é limitado.

Quantos embriões podem ser transferidos?

Segundo as normas éticas do CFM, a mulher pode receber até 3 embriões em um ciclo de FIV, de acordo com sua idade. Veja o que diz a resolução:

Embrião euploide é aquele que não tem alterações cromossômicas numéricas, possui o número correto de cromossomos (23 pares). É possível verificar se o embrião é euploide ou aneuploide por meio do teste genético pré-implantacional (PGT).

O teste analisa alterações gênicas e cromossômicas a partir de biópsia embrionária, podendo identificar doenças monogênicas, translocações (alterações estruturais) e aneuploidias (alterações numéricas).

As aneuploidias estão entre as principais causas de falhas de implantação embrionária, acarretando o insucesso da FIV. Portanto, se o PGT identificar embriões euploides, temos mais chances de uma implantação bem-sucedida, de forma que é permitida a transferência de, no máximo, 2 embriões. 

O que deve ser feito com os embriões excedentes na FIV?

Respeitando o número de embriões a serem transferidos, podem restar embriões que foram gerados a mais. Nesses casos, eles devem ser criopreservados para uso em tentativas futuras.

As normas do CFM também orientam que “antes da geração dos embriões, os pacientes devem manifestar sua vontade, por escrito, quanto ao destino dos embriões criopreservados em caso de divórcio, dissolução de união estável ou falecimento de um deles ou de ambos, e se desejam doá-los”.

Uma das vantagens de ter embriões excedentes é que nem todo ciclo de FIV resulta em gravidez. Sendo assim, o casal pode fazer uma nova tentativa, sem precisar submeter a mulher a um novo processo de estimulação ovariana.

Outra situação interessante é a possibilidade de uma segunda gravidez, no futuro. Os embriões podem ficar congelados por vários anos, sem danos à qualidade das células.

A reprodução assistida passou por muitos avanços. Assim, com a formulação de protocolos específicos e o desenvolvimento de técnicas complementares, como o PGT, as taxas de sucesso foram aumentando. Por isso, hoje são transferidos menos embriões. Contudo, quando há embriões excedentes na FIV, o casal tem a opção de mantê-los criopreservados por anos ou doá-los para outra família.Saiba como a fertilização in vitro funciona, seguindo este link para acessar o texto com informações completas sobre a técnica!

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