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Avaliação da reserva ovariana: importância na reprodução assistida

Por Equipe Origen

Publicado em 13/03/2025

A fertilidade feminina está ligada à reserva ovariana, que se refere ao número de óvulos que uma mulher tem armazenados em seus ovários. Esse número muda continuamente no decorrer dos anos, de forma que é importante fazer a avaliação da reserva ovariana para ter uma estimativa das chances de gravidez, especialmente em idade mais tardia.

A quantidade de óvulos é limitada e diminui pouco a pouco, desde o nascimento. A idade da mulher é um fator determinante nesse processo, já que tanto a qualidade quanto o número de óvulos reduzem ao longo da vida, com um declínio mais significativo após os 35 anos. 

Seja nas tentativas naturais de concepção, seja no contexto da reprodução assistida, conhecer o estado da reserva ovariana é de grande relevância. É a partir dessa avaliação que os médicos especialistas podem planejar tratamentos mais adequados e eficazes, adotando uma abordagem individualizada e aumentando as taxas de sucesso.

Neste artigo, vamos explicar como é feita a avaliação da reserva ovariana e qual é sua importância na reprodução assistida. Leia com atenção!

O que é avaliação da reserva ovariana?

A avaliação da reserva ovariana engloba um conjunto de exames para verificar a quantidade de óvulos que uma mulher ainda tem. Contudo, não existem formas de mensurar a qualidade dessas células antes da fecundação. 

Os exames para avaliar a reserva ovariana são solicitados junto com outros métodos diagnósticos durante a investigação da infertilidade conjugal. Essa avaliação também pode ser feita em outros contextos, caso a mulher queira se informar sobre suas condições reprodutivas — seja para tentativas na fase presente ou no futuro.

Sendo assim, todas as mulheres em idade reprodutiva e com planos de gravidez podem consultar um médico ginecologista para realizar a avaliação da reserva ovariana. A análise é ainda mais importante para mulheres que:

  • têm mais de 32 anos; 
  • apresentam histórico familiar de menopausa precoce;
  • têm alterações cromossômicas, como as síndromes de Turner ou do X frágil;
  • já passaram por tratamentos oncológicos.

A avaliação da reserva ovariana também é indicada para quem deseja preservar a fertilidade por meio do congelamento dos óvulos, oferecendo uma perspectiva sobre as chances futuras de gestação.

Nossa sugestão é que as mulheres anualmente, ao realizarem a ultrassonografia pélvica, solicitem ao ginecologista a realização da contagem de folículos antrais, como explicaremos a seguir.

Como essa avaliação é feita?

A avaliação da reserva ovariana é um processo que combina exames laboratoriais e de imagem. Os métodos mais comuns incluem:

Dosagens hormonais

A dosagem de hormônios é necessária para analisar a função ovariana. Os exames mais solicitados são:

  • hormônio antimülleriano (AMH), que é produzido pelos folículos ovarianos em desenvolvimento;
  • hormônio folículo-estimulante (FSH), responsável por induzir o crescimento dos folículos ovarianos;
  • estradiol — também secretado pelos folículos em crescimento, deve ser avaliado junto com o FSH para uma melhor compreensão do estado hormonal. 

Ultrassonografia transvaginal

O exame de ultrassonografia pélvica transvaginal permite a contagem do número de folículos antrais, os quais contêm óvulos que se encontram em estágio avançado do processo de desenvolvimento.

A contagem ultrassonográfica dos folículos antrais e a dosagem do hormônio antimülleriano são consideradas as abordagens mais confiáveis na avaliação da reserva ovariana.

Qual é a importância de avaliar a reserva ovariana na reprodução assistida?

A avaliação da reserva ovariana possibilita que os médicos planejem o tratamento mais adequado para cada paciente, aumentando as chances de sucesso e otimizando os recursos disponíveis. 

Com base nos resultados da avaliação, é possível escolher a técnica de reprodução assistida entre as opções de baixa complexidade (coito programado e inseminação artificial) e de alta complexidade (FIV- fertilização in vitro). 

A avaliação da reserva ovariana também ajuda a definir o protocolo de estimulação hormonal mais indicado para cada mulher. Para aquelas com baixa reserva, podemos adotar estratégias específicas para tentar coletar o maior número possível de óvulos, como o TetraStim. Já em casos de reserva normal ou alta, o protocolo de medicações pode ser ajustado para evitar a hiperestimulação ovariana, o que pode trazer complicações.

Para mulheres que desejam postergar a maternidade, a avaliação da reserva ovariana também é um passo importante do processo, pois informa se o congelamento de óvulos ainda é uma opção viável. Quanto melhor a reserva, maiores as chances de gravidez em um tratamento futuro utilizando os óvulos congelados. 

Além de sua utilidade na reprodução assistida, a avaliação da reserva ovariana pode ajudar a identificar condições de saúde que afetam a fertilidade, como insuficiência ovariana prematura ou distúrbios hormonais, permitindo uma abordagem preventiva. 

A qualidade do embrião e as condições do útero também são fatores determinantes para as chances de concepção. Portanto, o resultado da avaliação da reserva ovariana não é um indicador absoluto de sucesso, mas fornece dados importantes sobre as expectativas dos tratamentos de reprodução assistida. Isso é essencial para que a mulher/o casal tenha uma visão realista das possibilidades, permitindo uma tomada de decisão mais consciente.

Já que está aqui, aproveite e leia o texto específico sobre dosagens hormonais para complementar suas informações!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.