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5 mitos e verdades sobre miomas uterinos

Por Equipe Origen

Publicado em 01/03/2021

Os miomas uterinos são uma das doenças estrogênio dependentes – como a endometriose e os pólipos endometriais – mais conhecidas entre as mulheres, e ainda assim muita informação equivocada é disseminada, principalmente por não especialistas, promovendo certa confusão sobre a doença.

Constituídos por massas celulares compostas por tecidos semelhante ao encontrado no miométrio – camada da parede uterina, situada entre o perimétrio e o endométrio –, porém mais fibrosas, formando nódulos relativamente sólidos, em alguns casos os miomas podem ser diagnosticados ainda na adolescência.

Essas massas tumorais respondem à ação hormonal, especialmente ao estrogênio, que induz seu crescimento e participa dos processos inflamatórios envolvidos na origem dos principais sintomas da doença: dor pélvica, sangramento uterino anormal e infertilidade.

Alguns fatores de risco têm sido apontados como potenciais no aumento das chances de desenvolver miomas uterinos, como a nuliparidade (mulheres que nunca tiveram filhos) e menarca precoce, além de as mulheres negras apresentarem mais chance de ter miomas uterinos, quando comparadas às mulheres brancas.

Para auxiliar no esclarecimento de algumas das principais dúvidas sobre miomas uterinos, este texto mostra 5 mitos e verdade sobre o tema, aproveite a leitura!

Miomas podem virar câncer?

É muito comum que as mulheres entendam miomas uterinos como sinônimo de câncer uterino, embora essa não seja uma afirmação verdadeira.

Os miomas uterinos em geral são considerados sim um tipo de tumor, porém benigno e com raríssimas chances de malignização. A confusão pode ser devida ao fato de que a definição básica de tumores pode valer tanto para os casos de miomas, em que são benignos, como quando trata-se do câncer propriamente dito: ambos são aglomerados de células que apresentam comportamento alterado e multiplicam-se exageradamente.

A malignização dos tumores benignos só acontece quando a multiplicação celular é mais agressiva e tende a atingir também outros tecidos – as metástases –, o que acontece raríssimas vezes.

Miomas causam infertilidade?

Embora a maior parte dos tipos de miomas não ofereça reais riscos à fertilidade das mulheres, esta afirmação pode ser verdadeira dependendo da localização do mioma.

A saúde do útero é central para que a gestação aconteça sem intercorrências, já que o embrião se fixa e se desenvolve no interior deste órgão.

Porém, para compreender o efeito dos miomas na fertilidade é preciso considerar o nível de contato que cada camada uterina, na qual o tumor está aderido, tem com a placenta e com a gestação em si. Nesse sentido, podemos dizer que apenas os miomas submucosos, localizados no endométrio, podem de fato prejudicar a fertilidade.

Os miomas submucosos alteram o endométrio e com isso podem prejudicar a receptividade endometrial – e consequentemente dificultar a implantação embrionária e o início da gestação.

Ainda, mesmo quando a fecundação e a fixação do embrião ocorrem, o crescimento dos miomas pode fazer com que as massas tumorais ocupem o espaço destinado ao bebê, levando a abortos espontâneos – muitas vezes levando a um quadro de aborto de repetição – e partos prematuros e de risco.

É possível confundir miomas com uma gravidez?

Mesmo que existam relatos de mulheres diagnosticadas como grávidas, embora fossem na verdade portadoras de miomas e não estivessem gestantes, de um ponto de vista médico essa confusão somente é devida a erros na interpretação dos exames, já que as duas situações são completamente diferentes.

Contudo, do ponto de vista da mulher, principalmente antes de buscar ajuda médica, quando ainda está percebendo a presença de sintomas, alguns tipos de miomas podem ser assintomáticos e, ao mesmo tempo, seu desenvolvimento pode fazer as massas tumorais atingirem dimensões maiores, que podem provocar aumento visível do volume pélvico – e levar a uma confusão com um possível estado gravídico.

É importante que a mulher esteja atenta aos reais sinais emitidos por seu corpo, a fim de diferenciar essas duas possibilidades – gestação e a presença de miomas uterinos –, além de buscar atendimento médico de qualidade, para que não existam confusões na interpretação dos exames.

Só miomectomia pode tratar os miomas?

Miomectomia é o nome dado à cirurgia para a retirada dos miomas uterinos, normalmente realizada por histeroscopia cirúrgica, videolaparoscopia ou por laparotomia, dependendo das especificidades de cada caso.

Porém, este não é a única forma de abordagem dos miomas uterinos e deve ser indicada com cuidado, especialmente porque as intervenções cirúrgicas no útero em si podem ser um fator de risco para a fertilidade.

Quando a mulher apresenta miomas uterinos pequenos e em número reduzido, não apresenta sintomas e não tem encontrado problemas para engravidar – ou não tem desejos reprodutivos a curto prazo – recomenda-se uma abordagem expectante, com monitoramento do crescimento dessas massas tumorais por ultrassonografia transvaginal.

Além disso, em alguns casos é possível controlar os sintomas dolorosos e as alterações no fluxo menstrual com medicamentos à base de hormônios, que regulam o ciclo reprodutivo, embora não atuem sobre a possibilidade de infertilidade.

Mulheres jovens não têm miomas?

A incidência dos miomas acontece principalmente em mulheres que estão passando pelo período reprodutivo, entre a menarca (primeira menstruação) e a menopausa, que marca o fim da vida reprodutiva feminina.

Isso acontece principalmente porque os miomas uterinos são doenças estrogênio dependentes, ou seja, o crescimento das massas tumorais, bem como os sintomas desencadeados por elas, é estimulado pela ação do estrogênio.

A gestação, inclusive, é um período em que a dinâmica hormonal favorece o crescimento dos miomas, e especialmente os submucosos podem fazer da gravidez uma gestação de risco.

Já a menopausa parece atuar também como um atenuante para o crescimento dos miomas, principalmente em função do rebaixamento na concentração de estrogênio, típico desta fase.

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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