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FIV e endometrite: como é feito o tratamento?

Por Equipe Origen

Publicado em 01/07/2020

A fertilização in vitro (FIV) é considerada a técnica mais complexa da reprodução assistida. O tratamento passa por várias etapas, que envolvem um controle minucioso do processo de fecundação. Além disso, a técnica ainda conta com uma série de procedimentos complementares que aumentam as chances de gravidez, mesmo diante de condições específicas de infertilidade feminina ou masculina.

Apesar da alta complexidade e eficácia da FIV, determinados fatores ainda podem acarretar falhas na implantação embrionária, como a endometrite — uma das patologias que dificultam tanto a concepção natural quanto as técnicas de reprodução assistida. Portanto, antes de iniciar o tratamento, a saúde da paciente deve ser profundamente investigada.

Acompanhe este texto para entender o que é endometrite e como a doença deve ser tratada durante a FIV!

O que é endometrite?

A endometrite é um quadro inflamatório que afeta o endométrio — tecido que reveste a parede uterina. Com frequência, a patologia é causada por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) como clamídia e gonorreia, embora também possa estar associada a lesões uterinas provocadas por intervenções cirúrgicas, parto ou curetagem. Doenças circulatórias, obesidade e diabetes podem ser fatores de risco.

Os sintomas comumente presentes nos quadros de endometrite são:

  • dor pélvica e abdominal;
  • sangramento uterino anormal;
  • dispareunia (dor durante a penetração sexual);
  • pressão no baixo ventre;
  • distensão do abdômen;
  • corrimento vaginal com alterações na cor e no odor;
  • episódios de febre nos quadros agudos da doença.

Como condição isolada, a endometrite já oferece riscos à fertilidade da mulher. No entanto, a patologia nem sempre vem desacompanhada. Outras condições também podem se manifestar, sobretudo quando o problema é contraído por meio de ISTs. É o caso da salpingite (inflamação nas tubas uterinas) e da ooforite (inflamação nos ovários) — a soma das três infecções representa um quadro de doença inflamatória pélvica (DIP).

Por que a endometrite pode causar infertilidade?

A endometrite é um problema que provoca apreensão em mulheres que querem engravidar. Isso acontece porque a inflamação no tecido endometrial altera a receptividade da cavidade uterina e prejudica a implantação do óvulo fertilizado.

Importante ressaltar que o endométrio é a camada do útero que fica responsável pela fixação embrionária. Para isso, o tecido se torna mais espesso após a fase ovulatória, ao passo que aumenta sua vascularização para propiciar um ambiente adequado para o desenvolvimento do embrião.

O processo inflamatório, contudo, modifica as condições do endométrio e, além da dificuldade de nidação, também pode provocar abortamentos no início da gestação.

Quando a doença faz parte de um quadro de DIP, ainda existe o risco do acúmulo de pus nas tubas uterinas, formando um abscesso tubo-ovariano. Da mesma forma, a mulher pode desenvolver hidrossalpinge, com posterior distensão tubária, inviabilizando a gravidez.

Como é feito o tratamento da endometrite?

Um ponto agravante diante de qualquer problema de saúde é a demora pela busca de diagnóstico e tratamento. Quando a doença é assintomática, como em alguns casos de endometrite, a mulher corre o risco de descobrir sua condição somente após tentativas frustradas de gravidez ou até abortamentos.

Para chegar ao diagnóstico de endometrite, a paciente deve passar por exames de sangue e de urina, histeroscopia com biópsia endometrial e análise histológica do material coletado. Após esse percurso de avaliação, e a partir dos resultados da cultura microbiana, é definido o tratamento.

Como se trata de uma infecção, a intervenção mais comum é a base de antibióticos. Em alguns casos, o tratamento pode incluir o parceiro da paciente.

Quando a infertilidade da mulher prevalece, a melhor alternativa para obter a gestação é a reprodução assistida, com destaque à FIV.

A endometrite pode prejudicar a FIV?

As falhas de implantação causadas pela endometrite representam um obstáculo tanto nas tentativas de reprodução natural quanto na FIV. Portanto, o ideal é que a paciente esteja definitivamente curada antes do tratamento para engravidar.

Dessa forma, para assegurar as condições de saúde da paciente, inúmeros exames diagnósticos são realizados durante a investigação da infertilidade feminina, inclusive a biópsia endometrial, que ajuda a detectar a endometrite.

Como dissemos no início deste post, a FIV oferece a vantagem de contar com técnicas específicas que complementam o tratamento para obter mais chances de êxito.

Como vimos, a endometrite é mais uma das condições que afetam o sistema reprodutor feminino e interferem na capacidade reprodutiva. Diante de qualquer sinal dessa patologia, a mulher deve procurar o devido acompanhamento médico, principalmente se seus propósitos incluem uma gravidez.

Para completar suas informações em relação aos temas que acabamos de abordar, leia também nosso texto específico sobre a fertilização in vitro e conheça os detalhes da técnica.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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