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Transferência embrionária: D3 (clivagem) ou D5 (blastocisto)?

Transferência embrionária: D3 (clivagem) ou D5 (blastocisto)?

O desenvolvimento embrionário humano tem como característica a divisão e diferenciação celular do embrião, que ocorrem durante os estágios iniciais.

Após a fertilização, quando óvulo e espermatozoide se fundem, o material genético de ambos se combina para formar uma única célula, o zigoto, que começa a se dividir em um processo chamado clivagem, originando o embrião.

Aproximadamente na nona semana o embrião é denominado feto, com características externas mais reconhecíveis e um conjunto mais completo de órgãos em desenvolvimento.

Este post aborda sobre o processo de transferência embrionária nos tratamentos por fertilização in vitro (FIV). Continue a leitura para saber mais!

Entenda a diferença entre os estágios de clivagem e blastocisto

Clivagem e blastocisto são dois estágios importantes de desenvolvimento embrionário. Na clivagem há a produção de células chamadas blastômeros, nas quais ocorrem as divisões celulares iniciais.

O processo acontece simultaneamente em todos os blastômeros, mas à medida que o número de células aumenta a simultaneidade é perdida, os blastômeros se dividem independentemente: no segundo dia, o embrião tem de 2 a 4 células e, no terceiro dia, tem aproximadamente 8 células. É nessa etapa que o embrião entra na cavidade uterina para aguardar o melhor momento para implantar.

A partir dessa etapa as divisões aceleram e o embrião se torna mais compacto, formando a mórula, uma massa em forma de amora com aproximadamente 16 células.

No quinto dia de desenvolvimento atinge a fase de blastocisto ou D5, quando pelo menos 32 células já estão formadas. Nesse estágio acontece a primeira diferenciação celular com a formação das células que darão origem ao embrião (massa interna celular) e aquelas que darão origem à placenta (trofectoderma). É nessa etapa que o embrião implanta no endométrio (nidação), camada que reveste internamente o útero, iniciando o desenvolvimento da gestação.

Como é feita a transferência embrionária na FIV?

A FIV é realizada em cinco diferentes etapas, incluindo a fecundação, o cultivo embrionário e a transferência do embrião.

Nas primeiras é feita a coleta de óvulos e espermatozoides, para isso o tratamento inicia com a estimulação ovariana e indução da ovulação: procedimento realizado com medicamentos hormonais com o objetivo de estimular o desenvolvimento de vários folículos e o amadurecimento dos óvulos.

Os óvulos maduros são coletados por punção folicular. Simultaneamente é feita a coleta do sêmen. As amostras são então submetidas ao preparo seminal, técnica que utiliza diferentes métodos para capacitar os espermatozoides selecionando os mais aptos para a fecundação.

A etapa seguinte é a inseminação, realizada por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). Na técnica, cada espermatozoide é avaliado de forma individual, e injetado diretamente no citoplasma do óvulo para que a fertilização aconteça.

Os embriões que resultam desse processo são cultivados em laboratório, em ambiente controlado, com temperatura e concentração de substâncias que o tornam semelhante ao das tubas uterinas, onde a fecundação acontece na gestação natural.

O desenvolvimento embrionário é acompanhado diariamente, para a determinação da melhor estratégia para a transferência de acordo com as características do casal.

Como a estratégia de transferência é definida?

Os embriões são avaliados morfologicamente, a partir da observação de características, que indiquem o seu potencial para implantar e gerar a gravidez.

Essas características são baseadas na capacidade e forma como os embriões se dividem, isto é, avaliando o número de células obtidas em cada estágio e se houve liberação de fragmentos citoplasmáticos.

A decisão sobre o melhor estágio embrionário para se realizar a transferência depende de cada caso. Como aproximadamente de 50% a 60% dos embriões em clivagem alcançarão o estágio de blastocisto no laboratório e não se sabe se os embriões que não se desenvolveram chegariam a blastocisto dentro do útero, aqueles que não se desenvolveram poderiam ter sido transferidos e formar uma gravidez. Por isso deve haver uma individualização para a tomada de decisão.

Também pode ser realizado o hatching assistido: procedimento que realiza pequenos orifícios na zona pelúcida, película que envolve o embrião desde os primeiros dias, ou sua retirada completa. Com essa técnica os embriões são transferidos sem a zona pelúcida.

Dificuldades para romper a zona pelúcida são comuns a embriões formados com óvulos de mulheres com idade avançada e podem levar a falhas na implantação.

Para saber mais sobre o funcionamento da fertilização in vitro, toque aqui.

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