Muitos homens, mulheres e casais têm como projeto de vida ter filhos. No entanto, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a infertilidade atinge de 8% a 15% dos casais. Estima-se que de 60 a 80 milhões de pessoas em todo o mundo e mais de 278 mil casais no Brasil tenham dificuldade para gerar um filho em algum momento da idade fértil. Com isso, após muitas tentativas de engravidar sem sucesso, essas pessoas buscam as clínicas de tratamento para entender a dificuldade e obter auxílio para realizar esse sonho. Expectativa, medo, ansiedade e decepção são sentimentos comuns nesse cenário que podem levar ao final de um tratamento de FIV (Fertilização in Vitro), à depressão, perda da autoestima e estresse.
Segundo Laudiane Cruz, psicóloga da Clínica Origen – referência mundial em reprodução humana – na maioria dos casos, as pessoas estão em um estado emocional de fragilidade, ansiosos e desgastados por um processo que já pode ter sido longo e difícil. “Receber o diagnóstico da infertilidade, assim como a exclusão das possibilidades naturais para conceber um filho, provoca, muitas vezes, angústias, conflitos e desestabilidade emocional que afetam a vida pessoal, conjugal e até mesmo profissional”, explica.
Para Laudiane, as frustrações e angústias fazem parte desse contexto. E é nesse sentido que o serviço de psicologia exerce papel fundamental no acompanhamento de pacientes em tratamento de reprodução humana assistida. “Sempre é necessário um manejo de forma cuidadosa e singular com os pacientes, considerando que, cada um já vem com uma história percorrida e expectativas que diferem. Nessas circunstâncias, é importante que o tratamento seja acompanhado através de atendimentos psicológico e outras atuações que permitem o acompanhamento de resultados, elaboração de laudos, fornecimento de informações e esclarecimentos de dúvidas”, avalia.
Ela ainda destaca que o apoio psicológico deve estar disponível durante os diversos momentos. “Fazemos o acolhimento a quem recebeu um diagnóstico de infertilidade, durante as fases do tratamento e na conclusão dele, seja com resultado positivo ou negativo, oferecendo melhor condição emocional em lidar com o que se apresenta nesse processo. Lembrando sempre que cada caso é um caso”, afirma. Laudiane acrescenta que, o trabalho realizado pela área de psicologia da Clínica Origen, busca auxiliar os pacientes a lidar com os medos, angústias e fantasias, considerando o intenso desgaste emocional que envolve o tratamento.