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O que é ovorrecepção?

Por Equipe Origen

Publicado em 21/01/2025

No campo da reprodução assistida, avanços tecnológicos têm possibilitado que muitos casais superem barreiras biológicas para realizar o sonho de ter filhos. As diversas técnicas são indicadas de acordo com as necessidades específicas de cada casal, oferecendo soluções personalizadas para diferentes problemas de fertilidade.

A ovorrecepção é uma dessas técnicas e pode ser essencial para mulheres com problemas na qualidade ou quantidade de óvulos, além de ser uma solução para casais homoafetivos masculinos que desejam ter filhos biológicos.

Diretamente associada à ovodoação – doação de óvulos, voluntária ou compartilhada –, a ovorrecepção inclui os processos de recebimentos desses óvulos: quem pode receber os óvulos? Como é feita a seleção de óvulos que podem ser recebidos?

Neste artigo, vamos responder a essas perguntas e mostrar os benefícios da ovorrecepção nos casos em que pode ser indicada.

O que é ovorrecepção?

Os óvulos são fundamentais na reprodução humana por serem as células reprodutivas femininas cujo DNA se combina com o material genético do espermatozoide – célula reprodutiva masculina – para formar um embrião.

Por isso, a qualidade dos óvulos pode impactar significativamente as chances de sucesso na concepção e na gestação, sejam elas conseguidas por vias naturais ou pelas técnicas de reprodução assistida.

Além da qualidade, também a quantidade de óvulos disponíveis nos ovários é importante, uma vez que uma reserva ovariana baixa pode limitar as opções para a concepção.

Nesses casos, a ovorrecepção – ou seja, o recebimento de óvulos por doação para tratamentos de infertilidade feminina com a FIV (fertilização in vitro) – pode ser uma solução valiosa para ter filhos biológicos.

Como é feita a ovorrecepção?

O processo de ovorrecepção está diretamente ligado à ovodoação e envolve várias etapas, que vão desde a doação dos óvulos até a fertilização e implantação no útero da receptora.

Ovodoação

O primeiro passo é a ovodoação, que pode ocorrer de duas maneiras: voluntária ou compartilhada.

Na ovodoação voluntária, uma mulher saudável, com menos de 37 anos, que não possua doenças genéticas hereditárias, oferece seus óvulos de forma altruísta. Além disso, essa doadora deve apresentar uma boa reserva ovariana e estar livre de doenças infectocontagiosas. Atualmente, é permitido que a doadora seja um familiar da receptora, desde que não haja consanguinidade, o que amplia as possibilidades para as receptoras.

Já a ovodoação compartilhada acontece quando uma mulher está passando por um tratamento de FIV e decide doar parte de seus óvulos, que não serão usados no tratamento. Nesse caso, a própria clínica de reprodução assistida se encarrega de organizar a doação e a ovorrecepção, conectando a doadora e a receptora, sempre de forma anônima.

Na ovodoação compartilhada, os custos da coleta dos óvulos geralmente são divididos entre as duas famílias envolvidas, tornando o processo mais acessível para todos.

Atualmente, existem também os bancos de óvulos que funcionam de maneira similar aos bancos de sêmen.

Ovorrecepção

Após a doação dos óvulos, começa a etapa da ovorrecepção propriamente dita, que segue um protocolo específico para preparar o corpo da receptora para a gravidez.

Antes de tudo, a receptora passa por uma avaliação médica detalhada, que inclui exames hormonais, ultrassonografias e análises de saúde geral, garantindo que seu corpo esteja apto para receber o embrião.

A receptora deve ter um endométrio adequado para a implantação do embrião, por isso, em alguns casos, pode ser necessário realizar um tratamento hormonal com estrogênio e, posteriormente, progesterona.

Esses hormônios têm a função de “simular” o ciclo natural do corpo e garantir que o revestimento do útero esteja espesso o suficiente, aumentando as chances de uma implantação bem-sucedida.

Paralelamente, os óvulos doados são descongelados e fertilizados em laboratório com o esperma do parceiro da receptora ou de um doador. O processo é o mesmo da FIV tradicional, com a fecundação em laboratório e a avaliação do desenvolvimento inicial dos embriões no cultivo embrionário.

Quando os embriões atingem o estágio adequado são selecionados e transferidos para o útero da receptora em um procedimento simples e indolor, utilizando um cateter fino que insere o embrião diretamente no útero.

Quais os benefícios da ovorrecepção?

Para mulheres com idade avançada, a ovorrecepção pode ser indicada, pois, à medida que a idade progride, a qualidade e a quantidade dos óvulos geralmente diminuem, o que pode reduzir as chances de uma gravidez bem-sucedida usando os próprios óvulos mesmo em tratamentos com a FIV.

Também para mulheres com baixa reserva ovariana – caracterizada pela redução significativa na quantidade de óvulos disponíveis antes dos 37 anos – a ovorrecepção oferece uma alternativa eficiente.

Além disso, a ovorrecepção é uma solução essencial para casais homoafetivos masculinos que desejam ter filhos biológicos, utilizando óvulos doados em combinação com o esperma de um dos parceiros.

Nestes casos, a FIV com óvulos doados possibilita a criação de embriões que podem ser transferidos para uma barriga solidária ou mãe de substituição – que passa pelos mesmos processos que a mulher receptora em tratamento com a FIV.

Entenda por que a ovorrecepção só é possível no contexto da FIV

A ovorrecepção só é possível no contexto da FIV porque esta é a única técnica em que a fertilização dos óvulos acontece fora do corpo da mulher, em um ambiente controlado de laboratório. Isso permite que os óvulos doados sejam manipulados e fertilizados com espermatozoides, formando embriões que, posteriormente, são transferidos para o útero da receptora.

Em contrapartida, o uso de óvulos doados é inviável em outras técnicas de reprodução assistida, como o coito programado e a IA (inseminação artificial).

No coito programado, a fecundação ocorre dentro do corpo da mulher de forma natural, já que o método consiste em acompanhar o ciclo menstrual da paciente e programar o ato sexual com o parceiro durante o período fértil, aumentando as chances de que a ovulação e a fecundação coincidam.

Ou seja, os óvulos precisam estar presentes nas trompas no momento da fertilização, que depende do encontro espontâneo entre o espermatozoide e o óvulo.

Da mesma forma, na IA, os óvulos da mulher são essenciais para o sucesso do tratamento, já que a fecundação também ocorre dentro de seu corpo, já que a técnica trabalha com a colocação do sêmen do parceiro ou de um doador diretamente no útero no momento próximo à ovulação.

Toque neste link e leia mais sobre a FIV.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.