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Hormônio antimülleriano e contagem de folículos antrais: importância para a avaliação da reserva ovariana

Por Equipe Origen

Publicado em 06/02/2025

A reserva ovariana refere-se ao número de óvulos disponíveis nos ovários em determinado momento da vida reprodutiva da mulher. Essa reserva diminui gradualmente com o tempo, especialmente após os 35 anos, o que pode impactar diretamente a fertilidade feminina. Entre os principais métodos de avaliação dessa reserva estão a dosagem do hormônio antimülleriano e a contagem de folículos antrais.

Avaliar a reserva ovariana é importante tanto para tentativas naturais de gravidez quanto para estimar as chances de sucesso em tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV). 

Além disso, com base nos resultados dos exames, é possível definir estratégias de tratamento personalizadas para mulheres que vão passar pela estimulação ovariana, bem como orientar o planejamento reprodutivo de pacientes que querem realizar o congelamento dos óvulos para preservação da fertilidade.

Quando falamos na relação entre reserva ovariana e fertilidade também podemos considerar a qualidade dos óvulos, que é determinante para formar bons embriões. Entretanto, não há exames específicos para mensurar a qualidade oocitária. Somente a quantidade de gametas pode ser avaliada.

Confira este post e entenda como a dosagem do hormônio antimülleriano e a contagem dos folículos antrais podem ajudar na avaliação da reserva ovariana!

O que é hormônio antimülleriano?

O hormônio antimülleriano é produzido pelos folículos ovarianos, as estruturas responsáveis por abrigar os óvulos. Ao longo da vida reprodutiva da mulher, esses folículos são recrutados gradualmente para liberar óvulos maduros, prontos para a fecundação. 

Considerado um marcador endócrino confiável da reserva ovariana, o hormônio antimülleriano é secretado pelas células dos folículos ovarianos em crescimento e reflete a quantidade de óvulos presentes nos ovários na época da avaliação.

O exame é feito a partir da análise de amostra de sangue. Se a dosagem revelar altos níveis do hormônio antimülleriano é um indício de que a mulher tem boa reserva ovariana, enquanto níveis baixos podem sugerir uma reserva reduzida. Essa informação ajuda a ter um prognóstico reprodutivo e personalizar os protocolos de estimulação.

A dosagem do hormônio antimülleriano também é útil para evitar problemas associados ao uso de medicação hormonal, como a síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO). Assim, temos um planejamento mais eficaz e procedimentos mais seguros nos ciclos de estimulação.

Como é feita a contagem de folículos antrais?

Os folículos antrais ou folículos de Graaf são aqueles que se encontram em um determinado estágio de desenvolvimento e têm chances de liberar óvulos maduros. A quantidade de folículos antrais visualizados no exame fornece um panorama da capacidade de resposta dos ovários ao estímulo hormonal.

A contagem de folículos antrais é feita com o exame de ultrassonografia pélvica transvaginal, geralmente entre o segundo e o sétimo dia do ciclo menstrual. Nesse período, os folículos recrutados ainda estão em estágio inicial de desenvolvimento, o que facilita a identificação dos antrais, que já apresentam maior dimensão. 

O exame é útil para avaliar a quantidade de folículos ovarianos que estão prontos para serem estimulados pelo hormônio folículo-estimulante (FSH). Nos ciclos menstruais naturais, esse hormônio endógeno é secretado pela hipófise, assim como o hormônio luteinizante (LH) que estimula o amadurecimento dos óvulos e a ruptura do folículo. Na estimulação ovariana, medicações hormonais de ação semelhante são aplicadas.

Portanto, a contagem dos folículos antrais fornece informações sobre a reserva e ajuda a prever a resposta ovariana nos ciclos de estimulação, o que é importante para personalizar o tratamento e otimizar as chances de sucesso.

Mulheres com uma baixa contagem de folículos antrais podem necessitar de doses mais elevadas de hormônios para estimular a ovulação, enquanto aquelas com alta contagem podem responder de forma exagerada ao estímulo hormonal, exigindo ajustes no protocolo para evitar complicações.

Qual é a importância da avaliação da reserva ovariana na reprodução assistida?

No contexto da investigação e do tratamento da infertilidade, a avaliação da reserva ovariana é um passo fundamental para identificar as condições femininas e definir o tipo de tratamento de reprodução assistida mais adequado para cada casal. 

Mulheres com baixa reserva ovariana podem receber indicação para o tratamento com FIV, utilizando protocolos específicos de estimulação. 

As pacientes que apresentam poucos folículos disponíveis para serem estimulados podem ter uma resposta insuficiente à estimulação hormonal convencional. Nesses casos, técnicas como o TetraStim, que envolve 4 estímulos consecutivos, podem ser empregadas para otimizar o tratamento, permitindo a coleta de um número adequado de óvulos, mesmo se houver baixa reserva ou baixa resposta ovariana.

A avaliação da reserva ovariana também é importante para prever a probabilidade de sucesso da FIV. Mulheres com boa reserva podem coletar mais óvulos e, por consequência, têm mais chances de formar embriões viáveis, isto é, que cheguem ao final do tratamento, à fase de transferência para o útero e, muitas vezes, com excedentes que podem ser criopreservados.

Dessa forma, a combinação entre a dosagem do hormônio antimülleriano e a contagem de folículos antrais fornece informações importantes sobre a capacidade ovariana da paciente, permitindo a adaptação do tratamento às necessidades individuais de cada mulher.

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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