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Até quantos anos posso congelar meus óvulos?

Por Equipe Origen

Publicado em 20/01/2025

Como faço para congelar meus óvulos? Até que idade posso fazer isso? O congelamento de gametas é uma garantia de gravidez no futuro? Essas questões fazem parte das tantas dúvidas que chegam aos consultórios de ginecologia e medicina reprodutiva.

Postergar a gravidez para uma idade mais tardia — depois dos 35 ou até dos 40 anos — é uma realidade da sociedade moderna. Priorizar a carreira profissional, buscar estabilidade financeira, realizar projetos pessoais ou não ter um parceiro que queira formar família são alguns dos motivos que levam as mulheres a adiarem a maternidade.

Nesse cenário, as mulheres precisam estar cientes de que o avançar dos anos tem impactos na fertilidade, mas que existem possibilidades na medicina para manter as chances de engravidar após determinada idade.

A relação entre óvulos e fertilidade feminina é baseada tanto em termos de quantidade quanto de qualidade dessas células. O número de gametas presentes na reserva ovariana diminui progressivamente ao longo da vida. Após os 35 anos, aproximadamente, também há uma redução importante na qualidade dos óvulos, o que pode levar à formação de embriões frágeis, com alterações cromossômicas e baixo potencial para se implantar no útero.

Há exames para avaliação da reserva ovariana. Não há exames para analisar a qualidade dos óvulos, mas é possível avaliar a quantidade e, com base nisso, adotar medidas preventivas, como o congelamento.

Confira este texto com atenção e descubra se existe uma idade ideal para congelar os óvulos!

Até que idade posso congelar meus óvulos?

Não há uma idade exata para isso. Idealmente, o congelamento de óvulos deveria ser feito antes dos 35 anos, pois a qualidade e a quantidade dos gametas femininos diminuem de forma mais acentuada a partir dessa idade.

No entanto, isso não significa que mulheres com mais de 35 anos não possam congelar seus óvulos. É preciso realizar a avaliação da reserva ovariana para determinar a viabilidade do procedimento.

Em síntese: quanto mais jovem a mulher estiver quando congelar seus óvulos, melhor será a qualidade dessas células e mais fácil será coletar um bom número de gametas para o congelamento.

Vale lembrar que o congelamento de óvulos pode ser eletivo ou terapêutico. Entenda os dois contextos:

  • congelamento eletivo dos óvulos/ preservação social da fertilidade — a mulher pode fazer a escolha de congelar seus gametas para adiar a maternidade para um momento mais oportuno da vida;
  • preservação terapêutica da fertilidade — nessa situação, a paciente pode receber indicação para o congelamento devido a determinadas condições de saúde e tratamentos médicos que oferecem risco à fertilidade, como quimioterapia ou cirurgia de endometriose

Como é feito o congelamento de óvulos?

Os óvulos são congelados por meio de uma técnica de congelamento ultrarrápido chamada vitrificação e podem ficar criopreservados por vários anos. Quando descongelados, vão apresentar a mesma qualidade e poderão dar origem a embriões saudáveis.

Para congelar seus óvulos, a mulher passa por um processo de estimulação ovariana, no qual recebe medicações hormonais (comprimidos ou injeções). Esses fármacos vão estimular os ovários a desenvolverem vários folículos.

Após o processo de desenvolvimento folicular, que é monitorado com ultrassonografias, realiza-se a aspiração desses folículos. Então, o material é analisado em laboratório e os óvulos são encontrados no líquido folicular e coletados para o congelamento.

Além de congelar os óvulos, a mulher pode optar por fazer o congelamento dos embriões. Nesse caso, os gametas são coletados e fertilizados em laboratório e os embriões é que são criopreservados para uso futuro.

Como posso engravidar depois de congelar meus óvulos?

Quando a mulher decidir engravidar após congelar os óvulos, ela pode tentar naturalmente ou utilizar seus gametas congelados. Para engravidar com os óvulos que foram criopreservados, é preciso prosseguir com as etapas da fertilização in vitro (FIV).

A FIV é uma técnica de alta complexidade, realizada em várias etapas. O primeiro passo é a estimulação ovariana, seguida da aspiração folicular. No caso da mulher que congelou seus óvulos, esses procedimentos já foram realizados antes do congelamento.

A próxima etapa da FIV é a fertilização. Os óvulos então são descongelados e fecundados com os espermatozoides do parceiro do paciente ou recebidos por doação de sêmen. O material masculino passa por preparo seminal com técnicas que ajudam a selecionar os gametas de melhor qualidade.

Cada espermatozoide é individualmente manipulado e injetado dentro de um óvulo — essa técnica de fertilização é chamada de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI). Na etapa seguinte, os embriões ficam em cultivo por 2 a 7 dias.

No período de cultivo, os embriões são mantidos em incubadora e diariamente monitorados. Aqueles que se desenvolvem conforme o esperado podem ser transferidos para o útero.

Finalizando a FIV, realiza-se a transferência dos embriões, após a mulher ter passado por preparo uterino com hormônios que melhoram a receptividade do endométrio ou através do monitoramento do seu ciclo natural, esperando o momento mais adequado para a colocação no útero.

Vale esclarecer que o congelamento de óvulos não é uma garantia de gravidez no futuro, mas ter óvulos jovens e de boa qualidade guardados pode aumentar substancialmente as chances. Para ter sucesso nas tentativas de engravidar, também é preciso contar com outros fatores, como receptividade uterina e qualidade dos espermatozoides.

Ainda assim, ao congelar os óvulos, a mulher ganha mais autonomia e flexibilidade para decidir engravidar em um momento mais oportuno da vida, sem se preocupar tanto com os impactos do avanço da idade na fertilidade.

Agora, leia o texto sobre criopreservação e conheça melhor as técnicas envolvidas!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.