Avaliação da reserva ovariana e congelamento de óvulos: qual é a relação?

Por Equipe Origen

Publicado em 26/09/2025

A avaliação da reserva ovariana é uma forma de estimar o potencial reprodutivo da mulher, o que é útil tanto para engravidar em um período próximo quanto para planejar o congelamento de óvulos.

A fertilidade feminina tem direta relação com a reserva ovariana, que significa a quantidade de óvulos que ainda restam nos ovários. A mulher já nasce com esse conjunto completo, ou seja, não há produção de novos ovócitos primários ao longo da vida, apenas o amadurecimento daqueles que já estão armazenados. A qualidade dos óvulos não tem relação com a reserva ovariana. A idade sim é o fator fundamental.

Conforme os anos passam, a reserva ovariana diminui de forma natural e progressiva — e, junto com a quantidade, a qualidade dos óvulos reduz, sobretudo após os 35 anos. Por isso, é importante que as mulheres busquem orientação médica para entender como está sua fertilidade atual e saber se o congelamento de óvulos é uma opção a considerar, especialmente quando há intenção de deixar os planos de maternidade para uma idade mais tardia.

Mas qual é a relação entre a avaliação da reserva ovariana e o congelamento de óvulos? Neste artigo, explicamos como esses dois temas estão conectados e por que esse conhecimento pode ser essencial para quem deseja preservar a possibilidade de engravidar com segurança no momento certo. Leia tudo isso a seguir!

O que é congelamento de óvulos?

O congelamento de óvulos é uma técnica da medicina reprodutiva que permite coletar e armazenar os gametas em laboratório, em temperaturas extremamente baixas, por tempo indeterminado. Esses óvulos podem ser utilizados futuramente em um tratamento de fertilização in vitro (FIV), com boas chances de sucesso, visto que se forem congelados em idade mais jovem podem preservar sua qualidade.

Congelar os óvulos é uma estratégia moderna, segura e eficiente para preservar a fertilidade feminina, sobretudo se considerarmos o cenário atual, no qual muitas mulheres estão decidindo adiar a maternidade por motivos pessoais, profissionais ou de saúde. 

Veja em quais situações o congelamento de óvulos pode ser indicado: 

  • preservação social da fertilidade, principalmente no caso de mulheres que desejam deixar os planos de gravidez para depois dos 35 anos, entretanto pode ser realizada em idade mais avançada simplesmente aumentando o número mínimo de óvulos a serem congelados;
  • preservação oncológica ou terapêutica da fertilidade, para mulheres que precisam realizar tratamentos médicos que colocam em risco as funções ovarianas, como terapias contra o câncer e cirurgia para retirar cisto de endometriose do ovário;
  • baixa reserva ovariana, histórico familiar de menopausa precoce ou risco de falência ovariana prematura devido a alterações genéticas;
  • antes de iniciar o uso de hormônios ou fazer cirurgia em processos de transição para o gênero masculino.

O congelamento é feito após estimulação ovariana e coleta dos óvulos, os quais são submetidos à técnica de vitrificação e colocados em tanques de nitrogênio, sem danos à integridade celular. Contudo, antes de todos esses procedimentos, é preciso entender como está a reserva ovariana.

Como é feita a avaliação da reserva ovariana?

A avaliação da reserva ovariana é um dos primeiros passos para planejar a preservação da fertilidade. Ela permite estimar o número de óvulos ainda presentes nos ovários e, assim, personalizar as estratégias de estimulação hormonal e congelamento para cada paciente.

Os dois principais exames utilizados na avaliação da reserva ovariana são a contagem de folículos antrais, feita por ultrassonografia pélvica transvaginal, e a dosagem do hormônio antimülleriano, produzido pelos folículos em desenvolvimento.

Esses exames são complementares e, juntos, oferecem uma visão confiável da situação atual da reserva ovariana. No entanto, o resultado da avaliação tende a sofrer alterações ao longo dos anos, visto que o número de óvulos prossegue em redução. Vale ressaltar que a queda da reserva ovariana não acontece de forma padronizada, mas da qualidade do óvulo sim.

Por que a avaliação da reserva ovariana é importante antes do congelamento de óvulos?

A avaliação da reserva ovariana possibilita o planejamento reprodutivo e direciona as decisões e estratégias para fazer o congelamento de óvulos. Entenda a importância:

Definição do melhor momento para congelar 

A idade ideal para o congelamento de óvulos é até os 35 anos, enquanto a quantidade e a qualidade dos óvulos ainda são boas. No entanto, mulheres com idades superiores também podem se beneficiar do procedimento, com base em uma avaliação individualizada. Se a reserva estiver baixa, o especialista pode sugerir fazer o congelamento quanto antes para tentar aproveitar os óvulos que ainda estão disponíveis.

Melhor planejamento do número de ciclos de estimulação

Em alguns casos, pode ser necessário realizar mais de um ciclo de estimulação ovariana para obter um número adequado de óvulos para congelar, principalmente em pacientes com baixa reserva.

Assim, com a prévia avaliação da reserva ovariana, o médico poderá estimar quantos óvulos podem ser coletados por ciclo e saberá se será necessário repetir o procedimento para acumular um bom número de gametas.

Personalização do protocolo de estimulação

A estimulação ovariana é o processo que antecede a coleta dos óvulos. Com base na avaliação da reserva, o médico define as doses hormonais mais adequadas para obter o melhor resultado possível com segurança. Em pacientes com reserva baixa, doses individualizadas de medicação ou protocolos especiais, como o TetraStim, podem ser necessários.

Alinhamento com as expectativas 

A avaliação da reserva ovariana também ajuda a manter expectativas realistas. Isso porque, apesar de o congelamento de óvulos ser uma excelente ferramenta, ele não garante uma gravidez futura — mas aumenta as chances, devido à preservação da qualidade das células.

Mesmo com óvulos jovens congelados, outros fatores também deverão ser avaliados quando a mulher decidir engravidar, como a saúde do útero e a qualidade seminal do parceiro.

Como os óvulos congelados serão utilizados no futuro?

Quando a mulher decidir engravidar usando os óvulos congelados, isso poderá ser feito por meio da FIV, seguindo com as etapas de:

  • descongelamento dos óvulos;
  • coleta e preparo do sêmen;
  • fertilização em laboratório;
  • cultivo dos embriões em incubadora;
  • transferência dos embriões para o útero, após preparo para sincronização com o período de maior receptividade uterina.

A avaliação da reserva ovariana, portanto, é um passo necessário para o congelamento de óvulos. As taxas de sucesso, no futuro, vão depender de fatores como: idade da mulher na época do congelamento, quantidade de óvulos coletados, qualidade do sêmen utilizado e dos embriões formados e receptividade uterina.

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