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Casais homoafetivos e reprodução assistida: quais são as possibilidades?

Por Equipe Origen

Publicado em 01/11/2023

A reprodução assistida é voltada para todas as pessoas que queiram ajuda médica para ter filhos — incluindo pessoas casadas ou solteiras, bem como casais homoafetivos femininos e masculinos. Isso envolve várias possibilidades, devido ao conjunto de técnicas avançadas que são utilizadas nessa área da medicina.

De modo geral, a reprodução assistida trabalha com os seguintes tratamentos para aumentar as chances de gravidez: relação sexual programada, inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV). As indicações são feitas a partir da avaliação dos fatores de infertilidade de cada pessoa ou casal.

No tratamento de reprodução assistida para casais homoafetivos, há particularidades para cada caso, ou seja, o processo é diferente para casais masculinos e femininos, envolvendo diferentes técnicas complementares.

Ao ler este artigo, você verá todas as possibilidades que a medicina reprodutiva apresenta para os casais homoafetivos. Acompanhe!

Quais são as técnicas de reprodução assistida para casais homoafetivos femininos?

As mulheres, por sua constituição biológica, já possuem os ovários (que produzem os óvulos) e o útero, portanto, as duas parceiras têm órgãos imprescindíveis para que a gravidez aconteça. Isso torna as possibilidades mais amplas para os casais homoafetivos femininos, que podem fazer o tratamento de reprodução assistida com duas técnicas: inseminação artificial e FIV.

Entenda como isso é feito!

Inseminação artificial

Essa é uma técnica de baixa complexidade que envolve poucos procedimentos: estimulação ovariana, preparo seminal e introdução da amostra de sêmen no útero.

O estímulo ovariano é realizado com medicamentos hormonais que ajudam a desenvolver mais folículos, aumentando as chances de liberar um óvulo maduro para a fecundação; o preparo seminal consiste em submeter uma amostra de esperma a métodos que auxiliam a identificar os espermatozoides com boa morfologia e motilidade.

No dia da ovulação, a amostra processada de sêmen é introduzida no útero da mulher que pretende passar pela gestação. Depois disso, realiza-se uma ultrassonografia para confirmar a ovulação e determinar o uso de progesterona como suporte de fase lútea, com a finalidade de melhorar as condições do ambiente uterino para um embrião se implantar.

Fertilização in vitro (FIV)

A FIV é mais complexa e requer várias etapas. Além da estimulação ovariana (com protocolo mais intenso para desenvolver mais óvulos) e do preparo seminal, seguem-se as etapas de fertilização dos óvulos em laboratório, cultivo dos embriões em incubadora e transferência dos embriões para o útero.

Doação de sêmen

Em ambas as técnicas, inseminação artificial e FIV, o casal homoafetivo feminino precisa de doação de sêmen para formar seus embriões. Geralmente, o material biológico masculino pode ser obtido em bancos de sêmen ou nas próprias clínicas de reprodução assistida.

As normas éticas do Conselho Federal de Medicina (CFM) determinam que seja utilizado o sêmen de um doador anônimo. Da mesma forma que não é identificado pelas receptoras, o doador não pode ter acesso às informações sobre a identidade delas e da criança que será gerada com seu espermatozoide.

Gestação compartilhada

A gestação compartilhada é uma possibilidade que desperta o interesse dos casais homoafetivos femininos, pois permite que as duas mulheres participem do processo de gerar o filho: uma cede os óvulos e se torna mãe genética; a outra, carrega a criança em seu ventre.

Essa opção só existe na FIV. Uma das parceiras passa pela estimulação ovariana e a coleta dos óvulos, os quais são fertilizados com os espermatozoides de um doador. Depois do período de cultivo, a outra parceira recebe os embriões em seu útero e tem a oportunidade de vivenciar a gestação.

Quais são as técnicas de reprodução assistida para casais homoafetivos masculinos?

Os casais masculinos podem formar uma família com um filho biológico somente por meio do tratamento com FIV. Ainda, duas técnicas complementares necessárias são a doação de óvulos e a cessão temporária de útero. Veja detalhes!

FIV

A FIV segue as mesmas etapas para casais homoafetivos masculinos, com a diferença de que o tratamento é feito com o sêmen de um dos parceiros e os óvulos de uma doadora. Após o período de cultivo, os embriões são transferidos para o útero de uma mulher que aceite ser cedente temporária para que a gravidez aconteça.

Doação de óvulos

A doação de óvulos ou ovodoação é uma prática fundamental para que os casais homoafetivos masculinos consigam gerar um filho. Os óvulos podem ser de uma doadora anônima, banco de óvulos ou de alguém da família com parentesco de até quarto grau, desde que não incorra em consanguinidade, isto é, desde que a doadora não seja parente de sangue do homem que vai utilizar seus espermatozoides, mas pode ser da família de seu parceiro.

Útero de substituição

Útero de substituição ou cessão temporária de útero são nomes que definem a prática popularmente conhecida como barriga de aluguel (termo em desuso). Para isso, é preciso que uma mulher da família de um dos homens, com parentesco de até quarto grau, aceite passar pela gravidez.

Com todas essas técnicas, a reprodução assistida traz esperança para os casais homoafetivos que sonham em formar uma família e ter um filho biológico.

Leia mais em nosso texto sobre gravidez entre casais homoafetivos!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.