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Dismenorreia: o que é? Tem relação com a infertilidade?

Por Equipe Origen

Publicado em 01/06/2023

A dismenorreia, ou cólica menstrual, faz parte da vida de muitas mulheres. Em geral, trata-se de um sintoma comum e inofensivo, associado à contração uterina nos dias anteriores à menstruação. No entanto, em alguns casos, a cólica pode se relacionar à infertilidade.

Isso porque ela pode ser uma manifestação de alterações patológicas no aparelho reprodutivo, tais como endometriose, tumores pélvicos e infecções. Felizmente, existem diversos tratamentos que ajudam a lidar com essas alterações e a superar a dificuldade para engravidar.

Por isso, é importante entender quais são os sinais de anormalidade da dismenorreia. Continue a leitura para tirar suas dúvidas sobre o assunto!

O que é dismenorreia?

Esse é o termo médico para as conhecidas cólicas menstruais, comuns na vida de boa parte das mulheres. A dismenorreia se caracteriza pela dor pélvica, um incômodo que acomete o baixo ventre e pode irradiar para as costas, com intensidade variável e frequência intermitente.

Existem dois tipos de dismenorreia: a primária e a secundária. Veja:

  • dismenorreia primária — é a mais comum, relacionada às contrações uterinas que ocorrem nos dias anteriores à menstruação. Em outras palavras, é uma cólica natural e inofensiva, causada por eventos fisiológicos característicos do período menstrual;
  • dismenorreia secundária — trata-se da cólica resultante de alterações patológicas no aparelho reprodutivo, caracterizada por uma maior intensidade e frequência. Além disso, ela pode ocorrer fora do período menstrual e acompanhar outros sintomas, como dores durante a relação sexual.

Quais são as causas de dismenorreia?

A cólica menstrual acontece devido às contrações do útero para eliminação do endométrio, a camada interna do útero que serve para abrigar um óvulo fecundado. Quando não há a gestação, esse revestimento é eliminado em forma de sangramento: a menstruação.

A cólica é resultado da ação da prostaglandina, uma substância hormonal que tem sua produção aumentada nos dias anteriores à menstruação. Todo esse processo fisiológico é normal e não costuma trazer nenhuma consequência à mulher, exceto pela dor pélvica leve ou moderada.

A dismenorreia secundária pode ser indício de uma disfunção no sistema reprodutivo, sobretudo no útero. Veja algumas das principais!

Endometriose

É uma doença definida pela presença de fragmentos do endométrio fora do útero, encontrados nas tubas, na bexiga, nos ovários e no intestino, entre outros sítios. Quando esse tecido se implanta em locais em que não deveria estar, desencadeia uma resposta inflamatória que causa dismenorreia e outros sintomas.

Adenomiose

Trata-se do surgimento de células do endométrio em sua camada vizinha, o miométrio, tecido que ocupa a parte intermediária da parede uterina. A adenomiose também causa um processo inflamatório que pode agravar as cólicas menstruais.

Miomas

São tumores pélvicos benignos que se desenvolvem no miométrio, podendo crescer na direção das outras camadas uterinas. Apesar de muitas vezes terem sintomas pouco evidentes, o tamanho, a localização e a quantidade de miomas podem levar a cólicas mais severas, além de ocasionar sangramento anormal e outros sintomas.

Doença inflamatória pélvica (DIP)

Na maioria das vezes, é ocasionada por um processo infeccioso provocado por patógenos sexualmente transmissíveis, como as bactérias causadoras de clamídia e gonorreia. Uma das consequências da DIP é a endometrite (inflamação no endométrio), cujo processo inflamatório pode ocasionar a dismenorreia.

Existe relação da dismenorreia com a infertilidade?

A princípio, esse sintoma não implica em infertilidade. Como dito, a dismenorreia primária é totalmente natural e associada à própria fisiologia da menstruação. No entanto, a relação entre cólica e infertilidade pode existir sim, quando ela é uma manifestação de doenças ginecológicas subjacentes.

Ou seja, indiretamente a dismenorreia é um indício de problemas no aparelho reprodutivo, sobretudo quando apresenta anormalidade, como ocorrências fora do período menstrual e uma dor de alta intensidade.

Em alguns casos, a cólica associada a doenças ginecológicas pode até mesmo ser incapacitante, limitando as atividades cotidianas e comprometendo a qualidade de vida da mulher.

É importante notar que, mesmo quando há uma doença causando a dismenorreia anormal, não necessariamente a mulher é infértil. Problemas como a endometriose e os miomas podem ou não afetar a capacidade reprodutiva, em níveis diferentes. Cada caso precisa ser avaliado individualmente.

Como é o tratamento da dismenorreia?

A dismenorreia primária pode ser amenizada com algumas medidas, como:

  • a prática de exercícios físicos aeróbicos, que favorecem a liberação de endorfina, um hormônio que aumenta a sensação de bem-estar e contribui para o alívio de dores;
  • a aplicação de compressas térmicas no baixo ventre, pois o calor promove o aumento do fluxo sanguíneo e o relaxamento muscular;
  • o uso de anticoncepcionais orais combinados, que ajudam a controlar a ação hormonal;
  • o uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, com acompanhamento médico.

As cólicas associadas a patologias ginecológicas são amenizadas por meio do tratamento da causa principal. Alguns casos podem exigir procedimentos cirúrgicos.

Em relação à associação entre dismenorreia e infertilidade, após uma investigação detalhada do casal, pode ser preciso acrescentar técnicas de reprodução assistida ao tratamento médico convencional para aumentar as chances de gravidez, as quais incluem: inseminação artificial e relação sexual programada, de baixa complexidade, e a fertilização in vitro (FIV), para casos mais complexos.

Aproveite para entender mais sobre as causas da infertilidade feminina

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