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DuoStim e TetraStim: quando cada técnica de estimulação ovariana é indicada?

Por Equipe Origen

Publicado em 06/02/2025

A reprodução assistida oferece diferentes técnicas para ajudar casais que enfrentam dificuldades para engravidar. Um dos passos essenciais nesses tratamentos é a estimulação ovariana. Entre os protocolos utilizados para estimular a função dos ovários, estão o DuoStim e o TetraStim.

A quantidade e a qualidade dos óvulos obtidos são determinantes para o sucesso dos tratamentos de reprodução. Os diferentes protocolos de estimulação apresentam particularidades e são indicados de acordo com a resposta ovariana e as características individuais das pacientes.

Com a leitura deste post, você vai entender qual é a importância e quais são as indicações para a estimulação ovariana com DuoStim e TetraStim. Leia com atenção!

O que são protocolos de estimulação ovariana?

A estimulação ovariana envolve o uso de medicamentos hormonais para induzir a ovulação e aumentar o número de óvulos disponíveis para a fecundação. Esses fármacos agem sobre os ovários, incentivando o desenvolvimento e a maturação de múltiplos folículos, ao invés de apenas um, como ocorre em um ciclo menstrual natural.

Uma boa quantidade de óvulos maduros obtidos aumenta as chances de sucesso no tratamento, sobretudo na fertilização in vitro (FIV), uma vez que nem todos os óvulos captados são fertilizados e prosseguem com seu desenvolvimento para resultar em embriões viáveis.

Os protocolos de estimulação ovariana estão relacionados às doses hormonais aplicadas, escolha das drogas, utilização de suplementos, bem como à periodicidade das administrações. Eles variam de acordo com a técnica de reprodução assistida escolhida e o perfil da paciente. 

Em tratamentos de baixa complexidade — coito programado e inseminação artificial — a estimulação ovariana é mais leve, ou seja, é feita com doses hormonais menores. Isso é importante para evitar a liberação e a fertilização de dois ou mais óvulos, visto que a fecundação ocorre naturalmente no corpo da mulher e há risco de gestação gemelar.

Por outro lado, em tratamentos mais complexos, como a FIV, o estímulo é mais intenso para garantir a coleta de um número maior de óvulos, aumentando a probabilidade de sucesso. É nesse contexto que surgem protocolos específicos como o DuoStim e o TetraStim, que são indicados para pacientes com baixa reserva ovariana e que precisam de uma abordagem mais intensiva para melhorar sua resposta às medicações.

DuoStim: como é feito e quando é indicado?

O DuoStim, ou duplo estímulo, é um protocolo que envolve dois ciclos de estimulação ovariana e duas coletas de óvulos no mesmo mês ou não. 

Esse protocolo de estimulação tem como objetivo maximizar o número de óvulos obtidos em um curto período, especialmente em pacientes com baixa reserva ovariana ou que têm uma resposta limitada aos estímulos convencionais.

O DuoStim é indicado principalmente para mulheres que apresentam:

  • baixa reserva ovariana, isto é, poucos folículos disponíveis para o desenvolvimento;
  • idade avançada — mulheres acima dos 35 anos tendem a ter uma resposta ovariana menos eficiente e necessitam de uma quantidade maior de óvulos;
  • urgência no tratamento — situações em que o tempo é um fator determinante, por exemplo, pacientes com risco de perda de função ovariana devido a tratamentos como quimioterapia.

O processo do DuoStim começa com uma estimulação tradicional na fase folicular, seguida pela coleta de óvulos. Logo após essa primeira coleta, o ciclo entra na fase lútea, e um novo estímulo é iniciado, permitindo uma segunda coleta dentro do mesmo ciclo menstrual. Alternativamente, em alguns casos, pode ser necessário esperar a menstruação para começar o segundo ciclo.

TetraStim: como é feito e quando é indicado?

O TetraStim envolve quatro estímulos ovarianos em um ciclo estendido. Pode ser indicado para casos específicos, geralmente pacientes com respostas ovarianas extremamente baixas e que precisam de múltiplos estímulos para aumentar as chances de obter óvulos suficientes para a FIV. 

O TetraStim expande o protocolo de estimulação, prolongando-se para quatro fases distintas, com intervalos controlados entre as coletas de óvulos. Isso permite formar um banco de óvulos, que são captados em um ciclo contínuo, que pode demorar cerca de 3 meses.

O protocolo TetraStim pode ser recomendado quando a paciente:

  • apresenta falhas em ciclos anteriores de estimulação e responde de forma insuficiente aos protocolos tradicionais;
  • necessita de uma maior quantidade de óvulos para compensar a perda natural durante as etapas de fertilização e desenvolvimento embrionário;
  • tem resposta ovariana extremamente baixa, mesmo com doses elevadas de medicamentos, o que torna necessário um protocolo mais intenso e prolongado para tentar maximizar a quantidade de óvulos.

A individualização é a chave para o sucesso do tratamento. Tanto o DuoStim quanto o TetraStim podem ser indicados de acordo com as necessidades de cada mulher. A escolha do protocolo mais adequado depende de uma série de fatores, como a idade da paciente, a reserva ovariana e a resposta aos estímulos anteriores. 

Ao longo da estimulação, exames de ultrassonografia pélvica e dosagens hormonais são úteis para monitorar a resposta ovariana, possibilitando o ajuste dos protocolos conforme necessário. 

Portanto, a escolha entre DuoStim, TetraStim ou outros protocolos de estimulação ovariana depende de uma avaliação cuidadosa de cada mulher e casal.

Para mais informações, leia outro texto sobre estimulação ovariana!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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