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Endométrio e fertilidade: saiba mais sobre a relação

Endométrio e fertilidade: saiba mais sobre a relação

O útero faz parte do aparelho reprodutor feminino, sendo o órgão responsável por receber, nutrir e proteger o feto, do início da gestação ao momento do parto. Assim, a estrutura anatômica e histológica do útero é fundamental para que ele cumpra suas funções — aqui, já temos o princípio da relação entre endométrio e fertilidade.

O tecido endometrial reveste a parede uterina por dentro. A cavidade do endométrio é virtual — lembrando que o útero é um órgão oco — e é o lugar onde o feto fica alojado para se desenvolver, recebendo oxigênio e nutrientes pelo sangue materno. Por isso mesmo, trata-se de um tecido altamente vascularizado.

A parede do útero apresenta, ainda, outras camadas de tecido: o miométrio, parte intermediária, de musculatura lisa, que participa das contrações uterinas; a camada serosa, que recobre o órgão externamente.

As funções do tecido endometrial estão relacionadas à gravidez, começando pela implantação embrionária, e à menstruação. Para começar, vamos explicar o que ocorre com essa camada uterina durante o ciclo menstrual.

Acompanhe as informações deste post e entenda a relação entre endométrio e fertilidade!

Endométrio e ciclo menstrual

O endométrio é fundamental para a fertilidade e, para isso, passa por uma série de modificações celulares e moleculares durante o ciclo menstrual. Nessas mudanças cíclicas, são 4 os hormônios principais que se alternam para promover a ovulação e o preparo endometrial.

O ciclo feminino tem início com a menstruação e se divide em fase folicular, ovulação e fase lútea. Nas primeiras semanas, o endométrio está “em pausa”, enquanto a ação acontece no eixo HHO (hipotálamo-hipófise-ovários).

O hipotálamo estimula a hipófise, que libera os hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH). As substâncias hipofisárias promovem a resposta dos ovários, os quais começam a desenvolver um grupo de folículos, responsáveis por guardar ovócitos imaturos.

Durante o crescimento dos folículos ovarianos, eles secretam estrógenos, hormônios que ativam a proliferação celular no endométrio. Essa atividade serve para aumentar a espessura do tecido, deixando-o propício para receber um óvulo fecundado após a ovulação.

Cerca de 2 semanas após o início da menstruação, um pico de LH provoca o amadurecimento final do folículo dominante (o mais desenvolvido). Um dia depois disso, a ruptura folicular acontece e um óvulo maduro é liberado, caracterizando a ovulação.

Depois de ovular, o folículo ovariano se converte em corpo-lúteo, estrutura responsável por produzir estrogênio e doses elevadas de progesterona. São esses dois hormônios que agem, conjuntamente, deixando o endométrio favorável para a fertilidade.

O estrogênio aumenta a quantidade e o tamanho das células para que o tecido endometrial fique mais espesso. A progesterona controla a atividade mitótica estrogênica e tem ação secretória, organizando o endométrio para deixá-lo receptivo.

Quando não há óvulo fecundado para se implantar, o corpo-lúteo se desfaz e os níveis de hormônios ovarianos diminuem. O efeito disso é a descamação do tecido endometrial, o que dá origem à menstruação.

Caso um embrião se implante, o corpo feminino começa a produzir o hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG), que mantém a integridade do corpo-lúteo e a alta secreção de progesterona, hormônio fundamental durante toda a gravidez.

Endométrio e fertilidade

Endométrio e fertilidade estão diretamente relacionados, uma vez que é nesse tecido intrauterino que a implantação embrionária ou nidação acontece, marcando o começo de uma gravidez. Existe um fator determinante para isso, conceituado como receptividade endometrial.

Um endométrio receptivo é aquele que está apropriado para acolher o embrião e oferecer as condições que ele precisa para se manter fixado no útero e prosseguir com seu desenvolvimento.

Assim, a receptividade endometrial e a qualidade do embrião — decorrente, também, de gametas com boa qualidade — são fatores que favorecem o diálogo molecular e a sincronização fisiológica para que a implantação embrionária se complete.

No entanto, existem várias doenças que provocam alterações endometriais, levando a falhas de nidação e abortamento. O endométrio pode ser afetado por:

Note que, apesar de endométrio e endometriose terem terminologias semelhantes, essa não é uma das doenças que afeta o tecido e sua receptividade, mas tem relação direta com ele.

Endométrio e endometriose

A endometriose é uma das patologias ginecológicas que mais prejudica a qualidade de vida da mulher, inclusive pode ser uma causa de infertilidade feminina. Sua principal característica é a presença de endométrio ectópico, isto é, fragmentos de tecido endometrial que são encontrados fora do útero, em outros órgãos pélvicos.

Os sítios mais comuns das lesões endometrióticas são: tubas uterinas, ovários, ligamentos que sustentam o útero, região retrocervical, intestino e bexiga. Quando se instala nesses órgãos, o endométrio ectópico desencadeia uma resposta inflamatória local, seguida de sintomas, comumente, dolorosos.

Mulheres com endometriose representam uma fração significativa das pacientes que buscam os serviços de reprodução assistida. Da mesma forma, as portadoras das demais condições que afetam o endométrio e a fertilidade podem buscar avaliação nessa área da medicina para conhecer seu prognóstico reprodutivo. As técnicas são indicadas de forma individualizada, as quais incluem relação sexual programada, inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV).

Quer conhecer essa patologia com mais detalhes? Veja também nosso texto exclusivo sobre endometriose!

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