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Falha de implantação na FIV

Por Equipe Origen

Publicado em 18/07/2023

A fertilização in vitro (FIV) é bem-sucedida em grande parte dos casos, mesmo que os fatores de infertilidade feminina ou masculina sejam complexos. Apesar das altas taxas de sucesso, pode ocorrer falha de implantação na FIV, assim como nas gestações espontâneas.

Essa é uma técnica de alta complexidade, indicada para casais que procuram os serviços de reprodução assistida com a esperança de confirmar uma gravidez e levá-la adiante. A FIV passa por 6 etapas principais para formar embriões fora do corpo da mulher, são elas:

  • estimulação ovariana;
  • aspiração dos folículos ovarianos e coleta dos óvulos;
  • coleta do sêmen e preparo seminal;
  • fertilização dos óvulos quase sempre pela injeção intracitoplasmática de espermatozoide (FIV ICSI);
  • cultivo dos embriões em incubadora;
  • transferência dos embriões para o útero da paciente.

Na FIV, o processo reprodutivo acontece em ambiente controlado, observando todas as etapas que antecedem o momento da implantação embrionária. No entanto, o embrião precisa ter boa qualidade e encontrar um ambiente intrauterino receptivo para conseguir se implantar.

Leia as próximas linhas e descubra o que pode levar à falha de implantação na FIV!

O que é implantação?

A implantação embrionária ou nidação é o processo em que um embrião se fixa e prossegue se desenvolvendo no útero materno. Após a fertilização, o zigoto começa a se dividir, aumentando seu número de células, enquanto migra pela tuba uterina até chegar na cavidade do útero.

No ambiente intrauterino, o embrião se liga ao endométrio, o tecido que reveste a parede do útero internamente. Dessa maneira, a implantação marca o início de uma gravidez. É um processo crítico, pois falhas nessa etapa impedem a continuidade do desenvolvimento embrionário.

A nidação ocorre entre 5 e 7 dias após a fertilização do óvulo e é regulada por uma série de fatores hormonais e moleculares. Um desses fatores é a ação dos hormônios estrogênio e progesterona, produzidos nos ovários, eles são responsáveis por preparar o endométrio para a implantação do embrião.

Ao se fixar no tecido endometrial, as células do embrião começam a enviar sinais químicos que desencadeiam a produção da gonadotrofina coriônica humana (hCG), hormônio que é avaliado nos testes de gravidez.

Nas semanas subsequentes à implantação, ocorre a formação da placenta, que é responsável por fornecer os nutrientes e o oxigênio necessários para o desenvolvimento fetal.

A nidação acontece com os mesmos eventos na gravidez natural e na gestação obtida por reprodução assistida. Em ambos os casos, é preciso que o endométrio esteja receptivo e que o embrião tenha boa qualidade para estabelecer a sincronização fisiológica e se prender ao revestimento uterino.

Na FIV, a diferença está nas etapas iniciais da reprodução, incluindo o desenvolvimento dos óvulos, a fertilização e os primeiros dias de desenvolvimento embrionário. Contudo, após a transferência dos embriões para o útero, a nidação ocorre da mesma forma que na gestação espontânea, ou seja, não há manipulação nessa etapa — exceto pelo fato de que a paciente recebe medicação à base de progesterona para melhorar a receptividade endometrial.

O que significa falha de implantação?

A falha de implantação embrionária é a situação em que um embrião não consegue se implantar na parede do útero. Embora a nidação seja um processo natural e determinante para a gravidez, nem sempre ocorre como deveria.

Algumas mulheres podem apresentar infertilidade ou abortos espontâneos devido a problemas na etapa da implantação. Sendo assim, o acompanhamento médico é importante para identificar e tratar qualquer fator que esteja impedindo os embriões de se implantarem.

Exames solicitados durante a investigação da infertilidade podem revelar alterações hormonais ou doenças uterinas que modificam as características do endométrio, deixando o tecido inapropriado para o estabelecimento da nidação.

A falha de implantação é um problema que ocorre tanto na concepção natural quanto na reprodução assistida. Após investigar o caso e chegar a um diagnóstico, o especialista em medicina reprodutiva apresenta ao casal a conduta que pode ser seguida antes de uma nova tentativa de gravidez.

Por que pode acontecer falha de implantação na FIV?

A falha de implantação na FIV pode ocorrer por uma série de razões, como problemas hormonais, genéticos, imunológicos, inflamatórios e anatômicos. Os exames normalmente identificam esses fatores, mas, eventualmente, alguma condição pode não ser detectada antes do tratamento.

Podemos dividir as principais causas de falha de implantação na FIV em fatores embrionários e uterinos. Os problemas associados ao embrião têm relação, sobretudo, com a baixa qualidade das células reprodutivas.

A idade materna avançada, por exemplo, é um fator de risco para a baixa qualidade embrionária e a falha de implantação na FIV. O envelhecimento dos óvulos aumenta as chances de desenvolver um embrião com aneuploidia (alteração no número de cromossomos), o que pode afetar o processo de desenvolvimento embrionário e a nidação.

Quanto aos fatores uterinos que podem acarretar falha de implantação, estão doenças inflamatórias ou alterações anatômicas, bem como anomalias congênitas que reduzem ou modificam a superfície endometrial. Problemas hormonais também prejudicam o preparo natural do endométrio.

De modo geral, as condições uterinas inadequadas podem resultar de:

  • endometrite;
  • pólipo endometrial;
  • mioma submucoso;
  • alguns tipos de malformações müllerianas;
  • deficiência da fase lútea (progesterona baixa).
  • deslocamento da janela endometrial (ainda controverso).

O tratamento de tais condições, quando detectadas, deve ser feito antes de novas tentativas de gravidez, de forma a melhorar o local para receber o embrião e, assim, evitar falha de implantação na FIV.

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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