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Fertilidade aos 40 anos: é possível ter filhos? Quais são as chances?

Por Equipe Origen

Publicado em 08/05/2025

A fertilidade aos 40 anos da mulher já não é a mesma que aos 35 anos ou menos. O sistema reprodutor passa por transformações ao longo da vida, especialmente os ovários. 

Desde a primeira menstruação até a menopausa, o corpo feminino experimenta uma série de mudanças hormonais e fisiológicas que impactam suas funções reprodutivas, e um dos principais efeitos do passar do tempo é a redução da reserva ovariana e da qualidade oocitária.

No início da vida adulta, a fertilidade feminina está no auge, com ciclos menstruais regulares — caso não exista uma disfunção ovulatória — e uma grande quantidade de óvulos disponíveis nos ovários. No entanto, conforme a idade avança, a reserva ovariana diminui gradualmente. Essa diminuição natural da fertilidade se acentua a partir dos 35 anos e se torna mais evidente aos 40 anos.

Siga adiante com sua leitura e entenda o que ocorre com a fertilidade aos 40 anos!

Por que os 40 anos representam uma idade preocupante para a fertilidade?

Os 40 anos marcam um ponto de inflexão na fertilidade feminina, um momento em que as chances de engravidar naturalmente diminuem e os riscos de complicações na gravidez aumentam. Essa realidade biológica gera uma série de dúvidas e preocupações em mulheres que desejam ter filhos após essa idade.

Na verdade, a preocupação com a idade para engravidar deveria surgir ainda antes dos 40 anos, visto que a partir dos 35 a mulher já apresenta uma redução importante da fertilidade.

As gestações tardias são cada vez mais comuns na sociedade moderna. Seja por razões, profissionais, financeiras ou mesmo pela falta de um relacionamento conjugal estável, o fato é que há uma tendência atual para o adiamento da maternidade — e isso não é um problema, desde que seja feito um planejamento reprodutivo para prevenir os impactos do avanço da idade.

A diminuição da reserva ovariana e a queda na qualidade dos óvulos são os principais fatores que contribuem para a redução da fertilidade aos 40 anos. A redução da reserva ocorre porque, ciclo após ciclo menstrual, um grupo de folículos ovarianos é recrutado para se desenvolver, mas somente um deles chega a liberar um óvulo, enquanto os demais são absorvidos (atresia).

Por sua vez, a redução da qualidade dos óvulos ocorre devido ao envelhecimento natural do organismo, que afeta todas as células, inclusive as reprodutivas. A baixa qualidade oocitária pode dar origem a embriões frágeis, que não conseguem se implantar no útero. Há também o risco aumentado para abortamento espontâneo e formação de uma criança com síndrome cromossômica.

Além da redução da fertilidade aos 40 anos, o risco de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, aumenta com a idade, elevando também a possibilidade de complicações durante a gravidez.

A chegada dos 40 anos pode ser um momento de ansiedade e incerteza para mulheres que ainda desejam ter filhos. O “relógio biológico” parece acelerar, e a pressão social e familiar para a maternidade pode se intensificar. No entanto, existe a possibilidade de recorrer a tratamentos de reprodução assistida para aumentar as chances de engravidar.

Quais são as chances de gravidez aos 40? E os riscos?

Sabemos que ocorre uma diminuição da fertilidade aos 40 anos, mas isso não deve colocar fim às expectativas de mulheres que ainda desejam ser mães, pois há diferentes caminhos para realizar esse sonho.

Veja quais são as chances de gravidez tardia, sem e com auxílio das técnicas de reprodução humana assistida!

Gravidez espontânea

As chances de engravidar naturalmente aos 40 anos são bem menores que em idades mais jovens. Os estudos trazem percentuais que variam expressivamente, de modo que é incerto falar em um número real, mas provavelmente nunca é superior a 5% por ciclo. Ademais, vários fatores podem impactar a fertilidade aos 40 anos, não se limitando à idade. 

Por exemplo, há doenças ginecológicas associadas à infertilidade que são de maior prevalência na faixa dos 40 anos, como mioma e adenomiose. 

Também é importante considerar que, ainda que uma gravidez espontânea ocorra, os riscos de complicações na gravidez aumentam com o avanço da idade materna. Mulheres com mais de 40 anos têm risco maior de ter hipertensão arterial, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, parto prematuro e bebês com baixo peso ao nascer.

Reprodução assistida

A reprodução assistida, especialmente a fertilização in vitro (FIV), pode aumentar as chances de gravidez em mulheres com mais de 40 anos. No entanto, as taxas de sucesso da FIV também diminuem com a idade, devido à menor quantidade e qualidade dos óvulos. 

A idade é um fator importante a ser considerado na reprodução assistida. Quanto mais jovem a mulher for, maiores são as chances de sucesso do tratamento. Até os 35 anos, as taxas de êxito podem ultrapassar os 50%; aos 40 anos, as chances reduzem para cerca de 25%; após os 42 anos, os casos bem-sucedidos ficam em torno dos 4% apenas.

Veja algumas técnicas específicas de reprodução assistida que podem ajudar:

  • criopreservação dos óvulos — congelar os óvulos em uma idade mais jovem (preferencialmente, até os 35 anos), quando a fertilidade está no auge, pode aumentar as chances de sucesso da FIV no futuro;
  • teste genético pré-implantacional (PGT) — consiste em uma ferramenta para análise das células dos embriões gerados por FIV, capaz de identificar alterações cromossômicas que acarretam falha de implantação e abortamento, condições com maior risco em mulheres com mais de 40 anos;
  • ovodoação e ovorrecepção — utilizar óvulos de uma doadora mais jovem é uma opção para mulheres com baixa reserva ovariana ou que não respondem bem à estimulação ovariana e não têm bom prognóstico de gravidez com óvulos próprios.

Como você viu, a fertilidade aos 40 anos é um tema complexo e que pode envolver uma série de impactos biológicos, emocionais e sociais. No entanto, embora as chances de engravidar diminuam com a idade, as técnicas da reprodução assistida podem aumentar suas possibilidades. 

Se você tem mais de 40 anos e deseja ter filhos, procure um especialista em reprodução humana para uma avaliação individualizada e orientação sobre as melhores opções para o seu caso. Antes disso, aproveite que está aqui e leia nosso texto sobre FIV- fertilização in vitro para conhecer a técnica!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.