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Indicações da ovodoação: saiba se você pode recorrer à técnica

Por Equipe Origen

Publicado em 14/02/2022

A infertilidade é um problema que afeta muitas pessoas em todo o mundo. Atualmente, cerca de 15% da população mundial, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), tem dificuldade em conseguir uma gravidez de forma natural. Essa situação pode afetar tanto homens quanto mulheres, sendo que as taxas de infertilidade são praticamente iguais para ambos os gêneros.

O principal fator de risco para a infertilidade feminina é a idade. Isso porque a mulher já nasce com uma quantidade limitada de gametas, que são utilizados a cada ciclo menstrual durante sua vida fértil, até a menopausa, quando essa reserva acaba.

Ou seja, conforme a idade avança, a quantidade e a qualidade dos gametas femininos ‒chamados tecnicamente de oócitos ‒ vai diminuindo. Isso faz com que a mulher possa apresentar dificuldades para engravidar, em média, a partir dos 35 anos de idade.

Além disso, algumas doenças que afetam exclusivamente as mulheres, como a endometriose, miomas uterinos e pólipos endometriais, podem prejudicar a função reprodutiva levando à dificuldades para engravidar e ter filhos.

A infertilidade feminina, no entanto, pode ser temporária ou permanente, dependendo das origens e da gravidade de cada quadro médico. Os quadros temporários são mais transitórios e, em muitos casos, têm tratamentos primários que revertem a infertilidade.

Nos casos mais severos, especialmente quando a mulher não pode mais contar com suas próprias células reprodutivas, é mais comum que o casal receba indicação para reprodução assistida com ovodoação.

Continue com a leitura do texto para entender melhor do que se trata a ovodoação ou doação de óvulos e quando a técnica é indicada. Boa leitura!

O que é a ovodoação?

De forma geral, a ovodoação é uma possibilidade oferecida pela medicina reprodutiva para casais cuja mulher não pode contar com seus próprios gametas, por diversos motivos, além de outros casos.

Atualmente, a ovodoação pode ser feita tanto de forma voluntária, por mulheres que não estão em tratamento com a FIV (fertilização in vitro), como também de forma compartilhada, com a doação de óvulos entre dois casais, ambos em tratamento com a FIV.

É importante ressaltar que a doação dos óvulos precisa seguir uma série de regulamentos, determinados pelo CFM (Conselho Federal de Medicina). Essas regras visam resguardar principalmente a privacidade e o anonimato, tanto da doadora quanto dos que recebem a doação e, assim, principalmente da criança gerada.

Quais são as indicações da ovodoação?

Diversos são os fatores que podem fazer com que um casal necessite da doação de óvulos para conseguir ter filhos. Os mais comuns para a indicação da ovodoação são:

  • menopausa precoce;
  • risco alto de transmissão de doenças genéticas;
  • mulheres com baixa reserva ovariana;
  • mulheres com a qualidade dos gametas prejudicada;
  • mulheres que perderam os ovários em decorrência de doenças;
  • mulheres que nasceram com a capacidade ovariana deficiente;
  • casais homoafetivos masculinos;
  • homens solteiros que desejam ter filhos.

O diagnóstico da infertilidade feminina severa é um processo longo, com a realização de diversos exames para estimar realmente o potencial reprodutivo da mulher.

Além dos exames para identificar doenças do aparelho reprodutivo que provocam infertilidade, a mulher pode receber indicação para avaliação da reserva ovariana, especialmente se a dificuldade para engravidar surge após os 35 anos.

Por outro lado, a mulher doadora também precisa passar por uma avaliação acurada, que aborda desde os aspectos de saúde como um todo, até seu perfil psicológico e suas características físicas mais visíveis.

Essa avaliação é útil para encontrar casais receptores que compartilhem características físicas e biológicas com a doadora, melhorando as chances de sucesso do tratamento com ovodoação.

Ovodoação e FIV: qual a relação?

É imprescindível lembrar que a ovodoação só é possível em tratamentos com a fertilização in vitro. Isso porque a FIV é um conjunto de procedimentos de alta complexibilidade, que possibilita a fecundação do óvulo em ambiente laboratorial, ou seja, fora do corpo da mulher.

Além disso, somente na FIV os gametas femininos doados podem ser congelados, procedimento que conserva a integridade dessas células, e utilizados somente quando o casal receptor for adequadamente identificado.

Nestes casos, os embriões gerados são formados pelo espermatozoide do futuro pai e o óvulo da doadora e podem ser transferidos para o útero da mulher que vai receber a gestação após o cultivo e a seleção desses embriões.

Como é a ovodoação para casais homoafetivos masculinos e homens solteiros que desejam ter filhos?

Casais homoafetivos masculinos e homens solteiros que desejam ter filhos, também podem se beneficiar da FIV com a ovodoação para realizar esse sonho.

Nesses casos, além da necessidade de uma doadora dos gametas, é preciso o auxílio de uma outra mulher que possa fazer a cessão temporária do útero para gestar.

Para isso, assim como as doadoras, também aquelas que aceitam passar pelo processo de cessão temporária de útero, precisam cumprir as regras determinados pelo CFM, órgão que regulamenta todos os procedimentos previstos na reprodução assistida.

A mulher que irá ceder temporariamente o útero deve ter parentesco consanguíneo de até 4o grau com um dos integrantes do casal.

Também é exigido que todos os envolvidos assinem um termo de compromisso em que conste o conhecimento de todos os riscos e benefícios que envolvem a cessão do útero.

Além disso, é preciso firmar um termo de compromisso entre o casal e a cedente temporária do útero definindo, de forma a não restar dúvidas, quanto à filiação da criança.

O casal ou o homem solteiro envolvido na reprodução assistida em questão tem a responsabilidade de fornecer o acompanhamento e a assistência médica que for necessária, seja por meios públicos ou privados, para a cedente do útero, antes e durante a gestação, bem como no período do puerpério.

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