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ISTs: quais podem afetar a fertilidade?

ISTs: quais podem afetar a fertilidade?

A terminologia Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) foi substituída por Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), devido à possibilidade de que as infecções sejam transmitidas sem que os portadores apresentem sinais e sintomas de alguma doença. Aliás, muitas dessas condições são assintomáticas a princípio, mas podem deixar sequelas, inclusive infertilidade.

As ISTs se manifestam de forma diferente em homens e mulheres, mas, em ambos os casos, os órgãos reprodutores podem ser afetados. Nem sempre as alterações são identificadas e tratadas de forma precoce, configurando um obstáculo nas tentativas de gravidez do casal.

Confira, agora, as informações que reunimos neste post sobre ISTs: o que são, como podem afetar a fertilidade e quais as formas de tratamento.

O que são ISTs?

ISTs são infecções causadas por microrganismos — vírus, bactérias e outros tipos de patógenos — que podem ser transmitidas de uma pessoa para outra durante o contato sexual, se um dos parceiros estiver infectado e o casal não utilizar preservativo.

O índice de contágio ainda é bastante alto no mundo todo, mesmo que os riscos sejam amplamente divulgados. Uma das razões para isso é que a infecção pode ser assintomática ou demorar semanas para se manifestar, de forma que o portador, sem desconfiar de sua condição, continua propagando o agente infeccioso.

Com ou sem sintomas, as ISTs são perigosas e precisam ser tratadas o quanto antes. O diagnóstico é feito a partir da avaliação da história clínica do paciente, exame físico, exames de sangue e análise de amostras do material coletado na região genital.

Diversos tipos de ISTs podem ser detectados com os exames — clamídia, gonorreia, sífilis, herpes, HPV, HIV, hepatite, entre outras —, embora nem todas possam progredir para problemas de fertilidade.

Quais ISTs podem afetar a fertilidade?

Entre as ISTs, as mais associadas à infertilidade, tanto feminina quanto masculina, são clamídia e gonorreia. Os danos causados nos órgãos reprodutores podem obstruir a passagem dos gametas, aumentar o risco de gestação ectópica, afetar a receptividade uterina, entre outros efeitos.

ISTs e infertilidade feminina

Os impactos das ISTs nas mulheres incluem processos inflamatórios em vários órgãos, muitas vezes de forma concomitante. Em grande parte dos casos, a mulher retarda a busca por diagnóstico e tratamento, uma vez que essas infecções não desenvolvem sintomas significativos no organismo feminino.

Quando infectada, a mulher pode sentir: dor na parte inferior do abdômen, semelhante às cólicas; corrimento vaginal com aspecto alterado; dor durante a relação sexual; entre outros sintomas que também aparecem em outras doenças ginecológicas.

A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma das possíveis consequências das ISTs nas mulheres e uma das principais causas de infertilidade feminina por obstrução tubária. No quadro geral, a portadora de DIP pode apresentar peritonite, cervicite, endometrite, salpingite e ooforite — respectivamente, inflamações que acometem peritônio pélvico, colo do útero (cérvice), camada interna do útero (endométrio), tubas uterinas e, em casos mais raros, se estendem até os ovários.

Endometrite e salpingite são as condições que afetam diretamente a fertilidade feminina. O endométrio é o tecido onde o embrião se implanta para iniciar a gestação, mas as alterações teciduais provocadas pela inflamação resultam em falhas de implantação.

A salpingite, inflamação nas tubas uterinas, pode se agravar e provocar hidrossalpinge — acúmulo de líquido no interior das tubas. Nessas condições, a movimentação dos gametas é prejudicada, assim como o transporte do embrião, caso ocorra a fecundação. Portanto, o risco de gravidez ectópica também existe.

ISTs e infertilidade masculina

Nos homens, as ISTs podem apresentar mais sintomas, sobretudo a gonorreia. As manifestações incluem:

As infecções podem se desenvolver em várias partes do sistema reprodutor masculino, que é composto por testículos, epidídimos, vasos deferentes, próstata, vesículas seminais e uretra. Todos esses órgãos têm importante papel no processo de produção e transporte dos gametas, bem como na composição do líquido seminal.

Brevemente, podemos relembrar que os espermatozoides são produzidos nos testículos e ficam armazenados nos epidídimos. Com a estimulação sexual, eles são transportados pelos vasos deferentes e passam a compor o sêmen quando se juntam aos fluídos da próstata e da vesícula seminal. Por fim, esse líquido percorre o canal uretral e é introduzido no corpo da mulher com a ejaculação.

As ISTs podem deixar sequelas nesses órgãos, uma vez que o processo inflamatório desencadeia a formação de cicatrizes que obstruem o transporte dos espermatozoides. Além disso, quando os testículos são acometidos, a produção e a qualidade das células sexuais também podem ser afetadas.

Os possíveis diagnósticos de doenças masculinas associadas às ISTs são: epididimite, prostatite e uretrite — inflamação nos epidídimos, na próstata e na uretra, respectivamente. Quando a infecção dos epidídimos se espalha para os testículos, o quadro é chamado de orquiepididimite. Vale também esclarecer que as prostatites nem sempre são causadas por ISTs.

Como tratar as ISTs e a infertilidade?

As ISTs são tratadas com antibióticos específicos, de acordo com o patógeno identificado. Quando o tratamento é seguido corretamente e de forma precoce, os efeitos na fertilidade não são tão graves. No entanto, quando as consequências incluem as doenças que mencionamos nos órgãos reprodutores, é preciso contar com as técnicas da reprodução assistida.

A fertilização in vitro (FIV) é a técnica mais indicada diante de fatores graves de infertilidade, como obstrução tubária, problemas uterinos e azoospermia — ausência de espermatozoides no sêmen, muitas vezes decorrente de obstruções do trato genital masculino.

Mesmo que a FIV seja uma técnica com altas taxas de sucesso, é importante que as ISTs sejam completamente eliminadas antes do tratamento para engravidar.

Complemente suas informações. Leia também nosso texto específico sobre infecção por clamídia.

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