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Laqueadura é irreversível?

Por Equipe Origen

Publicado em 22/02/2024

A laqueadura é uma cirurgia para esterilização feminina, é um procedimento buscado por quem procura um método de contracepção definitiva. Entretanto, as mulheres que passam por essa cirurgia podem se arrepender anos depois e procurar avaliação médica para saber se sua infertilidade é uma situação irreversível.

O aparelho reprodutor feminino funciona a partir de processos que ocorrem em vários órgãos. No trato reprodutivo superior acontecem os eventos de ovulação, fecundação do óvulo, implantação do embrião e gravidez. Os órgãos envolvidos são os ovários, as tubas uterinas e o útero.

Vulva, vagina e colo do útero fazem parte do trato genital inferior, são órgãos que também têm participação nas atividades sexuais e reprodutivas.

Além disso, coordenando todo o sistema reprodutor, estão os hormônios. No caso da mulher, os principais hormônios que regulam o ciclo reprodutivo são: FSH e LH (folículo-estimulante e luteinizante), liberados pela hipófise; estrogênio e progesterona, produzidos nos ovários. Caso ocorra uma gravidez, outros hormônios importantes participam, como hCG, prolactina, relaxina, ocitocina etc.

Agora, você vai entender um pouco melhor qual é o papel das tubas uterinas no aparelho reprodutor feminino e o que acontece com elas na cirurgia de laqueação tubária. Ainda neste post, também vamos mostrar se a laqueadura é irreversível e o que fazer para engravidar após esse procedimento. Acompanhe!

Qual é a função das tubas uterinas?

As tubas uterinas, antigamente denominadas trompas de falópio, são dois tubos revestidos por três camadas de tecidos (assim como a parede uterina) que se prolongam por, aproximadamente, 10 cm, aproximando suas extremidades dos ovários. Uma das camadas é constituída por musculatura, que garante motilidade à tuba para participar do transporte do óvulo/embrião.

Podemos dizer que as tubas uterinas são órgãos que fazem o processo intermediário, unindo os ovários ao útero. Elas estão anexadas uma de cada lado da parte superior do útero e são comunicantes com a cavidade uterina.

Em síntese, as funções das tubas uterinas são:

  • captar o óvulo que é liberado do ovário no evento da ovulação;
  • levar o óvulo recolhido para dentro da tuba, onde ele poderá ser fecundado;
  • transportar o embrião para a cavidade uterina, caso aconteça a fecundação.

Veja, então, que as tubas uterinas são órgãos de papel fundamental para a reprodução natural. Doenças e outras alterações que causam obstrução tubária configuram um fator de infertilidade feminina.

O que acontece no procedimento de laqueadura?

O objetivo da cirurgia de laqueadura é bloquear as tubas uterinas para impedir o encontro entre os espermatozoides e o óvulo. O procedimento pode ser feito de diferentes formas: as trompas podem ser cortadas, cauterizadas, bloqueadas por anéis ou clipes, entre outros métodos.

Também é possível retirar as tubas por meio de um procedimento cirúrgico chamado salpingectomia, mas esse método não é indicado apenas como uma forma de esterilização. A principal finalidade é tratar doenças que danificam as tubas, como infecções graves e câncer.

A laqueação tubária pode ser feita por: videolaparoscopia (cirurgia minimamente invasiva); laparotomia (cirurgia aberta); ou histeroscopia (por via vaginal). Independentemente da abordagem empregada, o que acontece na laqueadura é a obstrução das trompas — e o intuito é que essa seja uma intervenção irreversível.

É possível reverter a laqueadura?

A vontade de ter mais filhos e o arrependimento por ter feito a laqueadura podem surgir depois de alguns anos, principalmente para mulheres que passaram pela esterilização ainda jovens e/ou formaram uma nova família com outro parceiro.

A reversão de laqueadura é uma cirurgia que, de fato, existe e pode chegar aos resultados esperados, mas isso depende de muitos fatores. As chances de sucesso estão associadas à idade da mulher, ao método que foi utilizado para bloquear as trompas, ao tempo decorrido desde o procedimento, ao estado das tubas uterinas e às condições gerais de fertilidade do casal.

A cirurgia de reversão pode ser feita por videolaparoscopia ou laparotomia. O objetivo é religar os canais que foram cortados, suturados ou bloqueados, recuperando a permeabilidade tubária. Para o sucesso do procedimento, é preciso que as fímbrias (prolongamentos situados nas extremidades das tubas) estejam preservadas e que as trompas não estejam doentes ou dilatadas.

A reversão de laqueadura não é uma certeza de que a gravidez vai acontecer, pois, como vimos, há vários aspectos a considerar. Idealmente, a mulher deve ter menos que 35 anos e pouco tempo de cirurgia.

Em muitas situações, é preferível fazer um tratamento de reprodução assistida com fertilização in vitro (FIV), em vez de tentar a reversão de laqueadura. A cirurgia de reversão tem um custo — a menos que a mulher tenha um convênio médico que cubra o procedimento —, e não é garantia de sucesso.

Em seguida, se não conseguir a gravidez após a laqueadura, o casal que deseja ter filho poderá ter novos custos com a FIV. Portanto, quando existem condições que diminuem as chances de concepção natural, como a idade materna superior aos 35 anos, é mais promissor partir diretamente para uma fertilização in vitro.

Com a FIV, a obstrução das tubas uterinas não é um problema, pois os óvulos são fertilizados fora do corpo da mulher e, após alguns dias de desenvolvimento embrionário, são transferidos para a cavidade uterina, sem precisar passar pelo trajeto intratubário.

Agora, continue a obter informações e conheça todos os detalhes dessa técnica de reprodução assistida com a leitura do texto sobre FIV – fertilização in vitro!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.