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Laqueadura: quando fazer?

Por Equipe Origen

Publicado em 02/08/2021

A laqueadura é uma cirurgia para contracepção feminina definitiva. O objetivo do procedimento é fazer a obstrução das tubas uterinas, por meio de excisões ou bloqueios. Esse tipo de intervenção é procurado por mulheres que já tiveram filhos e desejam encerrar sua vida reprodutiva.

Vale lembrar que as tubas são importantes órgãos do sistema reprodutor, é nelas que os óvulos e espermatozoides se encontram para a fertilização. Assim, a laqueadura impede o encontro dos gametas e a formação de um embrião. O método é definitivo, embora exista possibilidade de reversão em alguns casos.

Nem todas as mulheres podem fazer a laqueadura. As indicações para esse tipo de cirurgia dependem de alguns critérios, sendo o principal deles a paridade. Mulheres que não têm filhos, não são elegíveis para o procedimento. A idade também é fator determinante — tanto para a esterilização quanto para as chances de gravidez pós-reversão —, como veremos adiante.

Leia o que vem a seguir e entenda como a laqueadura é realizada, para quem é indicada e como é possível engravidar após o procedimento no caso de mudança de planos!

A laqueadura é feita com quais técnicas cirúrgicas?

A laqueadura pode ser realizada com várias técnicas. Os métodos cirúrgicos podem diferir, mas a finalidade é sempre obstruir as tubas uterinas para inviabilizar a união dos gametas. A cirurgia é feita principalmente por videolaparoscopia (técnica minimamente invasiva) — embora exista também a possibilidade de fazer o procedimento por laparotomia (cirurgia abdominal aberta) ou histeroscopia (via vaginal).

As tubas uterinas são obstruídas de diferentes formas: podem ser excisadas e ter suas extremidades amarradas, podem ser cauterizadas, ou ainda bloqueadas com clipes, anéis elásticos, entre outros recursos. Todos esses métodos são eficazes no objetivo de promover a contracepção, de modo que o risco de uma gravidez indesejada é quase nulo.

Quando a laqueadura pode ser realizada?

Atualmente, existe um cuidado maior para fazer esse tipo de indicação, visto que se trata de um método definitivo e nem sempre reversível. Mulheres que passam pela laqueadura ainda jovens, podem mudar seus planos e se arrepender dessa decisão — por exemplo, quando decidem formar uma nova família com outro parceiro.

Assim, a esterilização definitiva deve ser pensada com cautela. É importante que a paciente seja bem conscientizada sobre as repercussões de sua escolha e os riscos de arrependimento no futuro. Nessa ocasião, existem várias formas de contracepção de longa duração que podem ser priorizadas, como o dispositivo intrauterino (DIU).

Além disso, existem alguns critérios de elegibilidade para realizar a laqueadura, são eles: idade mínima de 25 anos e confirmação de dois ou mais filhos vivos. Problemas comprovados de saúde que contraindiquem uma gravidez, colocando a vida da mãe ou do feto em risco, também justificam a realização da laqueadura.

Outros métodos de contracepção indicados, sobretudo quando a paciente é jovem e ainda pode querer mais filhos, no futuro, incluem: DIU hormonal ou de cobre; anticoncepcionais orais ou injetáveis; anel vaginal hormonal; adesivo cutâneo; implante subdérmico; diafragma etc.

E se a mulher quiser engravidar após a laqueadura?

Nos casos em que a mulher realiza a laqueadura e se arrepende, ainda é possível engravidar. A reversão do procedimento é uma alternativa, mas nem sempre é bem-sucedida — o que depende de vários fatores. Outra possibilidade é a reprodução assistida. Entenda!

Reversão de laqueadura

A reversão de laqueadura é um procedimento cirúrgico ainda mais complexo que a própria laqueadura. O procedimento consiste em recanalizar as tubas para que elas recuperem sua permeabilidade. Menos de 50% das mulheres que passam por essa cirurgia conseguem uma gravidez espontânea.

As chances de gestação estão relacionadas aos seguintes fatores:

  • idade da mulher;
  • estado das fímbrias — porção das tubas que se comunica com os ovários e faz a captação do óvulo;
  • técnica utilizada na obstrução das tubas;
  • tempo que transcorreu desde a cirurgia.

Visto isso, a cirurgia de reversão é indicada preferencialmente para mulheres com menos de 35 anos e boas condições de recuperar as características anatômicas e funcionais das tubas uterinas.

Fertilização in vitro (FIV)

A FIV é uma opção mais promissora para mulheres com idade superior a 35, muito tempo de cirurgia e que sofreram danos tubários significativos. Com esse tipo de tratamento, os gametas femininos e masculinos são colhidos e selecionados, os óvulos são fertilizados em laboratório e, após 2 a 5 dias de cultivo, os embriões são transferidos diretamente para o útero da paciente. Dessa forma, as tubas obstruídas não interferem no processo de concepção.

Para realizar a FIV, tanto a mulher quanto seu parceiro passam por uma série de exames que avaliam as condições do sistema reprodutor. Durante a investigação completa da fertilidade conjugal, outros problemas podem ser identificados também — como alterações espermáticas, doenças uterinas e disfunção ovulatória —, o que confirma a importância da técnica de reprodução.

Depois de saber um pouco mais sobre laqueadura, leia também nosso texto que explica os detalhes da reversão de laqueadura!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.