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Nidação e fertilidade: qual a relação?

Por Equipe Origen

Publicado em 25/02/2022

A fertilidade é um tema que preocupa a maioria das pessoas em algum momento de suas vidas. Diversos fatores são responsáveis pela manutenção de uma boa fertilidade, outros, porém, podem interferir de maneira negativa nos processos necessários para que uma gravidez aconteça.

O sistema reprodutivo feminino é complexo e conta com a ação de diversos hormônios, que devem estar em equilíbrio para que a fertilidade da mulher não seja prejudicada. Essa dinâmica hormonal participa de todas as etapas do ciclo reprodutivo da mulher.

Uma das etapas fundamentais do ciclo reprodutivo feminino está relacionada com as transformações morfológicas que acontecem com o endométrio. As modificações cíclicas possibilitam que essa camada de revestimento interno do útero esteja preparada para receber um embrião caso a fecundação aconteça. Apenas assim, ele consegue realizar a nidação.

O preparo do endométrio, está diretamente relacionado ao aumento das taxas de estrogênio no organismo e à ação de outro hormônio, a progesterona, produzido e liberado pelo corpo lúteo, uma glândula endócrina temporária formada após a liberação do óvulo maduro em cada ciclo reprodutivo. A progesterona também é importante após a nidação.

A nidação, portanto, é uma etapa fundamental para que a mulher consiga ter filhos, já que quando o embrião não consegue se fixar na parede uterina, a gestação sequer tem início.

Fique conosco para entender melhor a relação entre a nidação ou implantação embrionária e a fertilidade. Boa leitura!

O que é a nidação?

A nidação, também chamada de implantação embrionária, é o processo de fixação de um embrião, que chega das tubas uterinas, local em que a fecundação acontece, até o útero, aproximadamente no quinto dia de desenvolvimento.

Ao chegar na cavidade uterina, o embrião busca o melhor local para se fixar no endométrio e assim dar início à gestação. Para que isso aconteça, tanto o embrião como endométrio precisam reconhecer-se mutuamente, antes da nidação.

Nidação e fertilidade: qual a relação?

Como foi mencionado, a fertilidade feminina envolve uma série de processos complexos, que acontecem a cada ciclo reprodutivo.

Durante o início do ciclo menstrual, a hipófise, induzida pela ação do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) liberado pelo hipotálamo, passa a secretar dois hormônios, o LH (hormônio luteinizante) e o FSH (hormônio folículo-estimulante). Essas gonadotrofinas atuam sobre os ovários, estimulando o recrutamento e amadurecimento dos folículos ovarianos em cada ciclo.

O LH também induz a produção de testosterona, que sob a influência do FSH se transforma em estrogênio, cuja ação no endométrio modifica sua estrutura morfológica, tornando-a mais espessa.

Após a ovulação, tem início a liberação de progesterona produzida pelo corpo lúteo. Esse hormônio controla a ação do estrogênio e estratifica o endométrio, concluindo o preparo endometrial.

A ação combinada entre a progesterona e o estrogênio, portanto, torna esse tecido receptivo e é chamada de preparo endometrial.

Para que a nidação aconteça de maneira satisfatória, é fundamental que o endométrio esteja receptivo. Quando, por qualquer fator, a receptividade endometrial fica prejudicada, o embrião não consegue se implantar e a gravidez não acontece.

A nidação na reprodução assistida

A receptividade do endométrio, bem como o processo da nidação precisa acontecer tanto na gestação natural, como na reprodução assistida. Mesmo na fertilização in vitro (FIV), técnica de reprodução assistida mais complexa, em que a fecundação acontece em laboratório e os embriões formados são transferidos diretamente para o útero, a nidação acontece de forma natural.

A grande diferença é que na reprodução assistida o processo de preparo do endométrio pode ser controlado com a utilização de medicamentos hormonais, além da possibilidade de utilização de técnicas complementares, como o congelamento de todos os embriões, freeze-all, e o hatching assistido, o que pode auxiliar no processo de nidação.

O preparo endometrial controlado é sempre feito simultaneamente à freeze-all, ou seja, se não houver receptividade endometrial adequada para transferir os embriões, eles são criopreservados e transferidos apenas no próximo ciclo reprodutivo, enquanto o preparo é feito com auxílio de medicamentos específicos.

Nesses casos, os embriões são descongelados assim que o endométrio se mostra receptivo. A transferência é um procedimento bastante simples, realizado na própria clínica de reprodução assistida e espera-se que a nidação ocorra naturalmente, uma vez que não há nenhum tipo de intervenção nesse processo.

O hatching assistido, por outro lado, indicado principalmente quando os embriões são formados por óvulos de mulheres mais idosas, pode auxiliar a nidação a partir da criação de aberturas artificiais na zona pelúcida, camada que os protege nos primeiros dias de vida e que deve ser rompida para que eles possam se implantar.

Logo após o procedimento, eles são transferidos ao útero para que a nidação aconteça naturalmente.

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