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O que é embrião euploide?

O que é embrião euploide?

Um embrião euploide é um embrião saudável e adequado para se implantar no útero, do ponto de vista da genética. Entender mais sobre a relação entre fertilidade e genética é importante, pois mutações gênicas e cromossômicas podem deixar um casal infértil ou formar indivíduos com síndromes — algumas com impactos físicos ou intelectuais severos.

Estima-se que cerca de 15% a 25% da população em idade fértil conviva com a dificuldade de engravidar. A partir da realização de exames, o casal pode chegar ao diagnóstico de infertilidade feminina, masculina, fatores de ambos ou ainda infertilidade sem causa aparente (ISCA).

Uma fração das causas de infecundidade tem relação com alterações genéticas, então, é importante que esses aspectos também sejam avaliados. Diante disso, os casais com resultado alterado no exame do cariótipo ou história de doença gênica na família devem passar por aconselhamento genético.

Mulheres com idade avançada para a maternidade também apresentam risco de formar embriões com alterações cromossômicas. As possíveis consequências disso são falhas de implantação, abortamento espontâneo ou nascimento de uma criança com síndrome.

Aqui, vamos abordar o que é embrião euploide, mas, para isso, também precisamos falar sobre formação embrionária, cariótipo e a importância da genética na fertilidade conjugal de modo geral.

Continue a leitura!

O que é cariótipo?

Cariótipo é o conjunto de pares de cromossomos que existem no núcleo das células. Na espécie humana, o cariótipo normal é de 23 pares, um total de 46 cromossomos.

Desses 23 pares, 22 são autossômicos e 1 é formado pelos cromossomos sexuais. Dessa forma, o cariótipo normal do homem é definido como 46, XY e o da mulher 46, XX.

Na reprodução humana, os gametas do homem e da mulher (espermatozoide e óvulo) contribuem para a formação do cariótipo da criança que será gerada. Com o processo de fecundação e fusão cromossômica, forma-se o zigoto — essa é a primeira célula do embrião, constituída por 23 cromossomos maternos e 23 paternos. Tal mistura garante a variabilidade genética e permite que o novo indivíduo tenha um DNA único.

A montagem e a análise do cariótipo são importantes para identificar anormalidades numéricas ou estruturais nos cromossomos, visto que podem resultar em problemas reprodutivos, além dos riscos à saúde da criança, como: restrição do crescimento fetal, microcefalia, distúrbios neurológicos e psiquiátricos, dismorfias, cardiopatias e deficiência intelectual.

Vale ainda mencionar as síndromes genéticas que afetam as funções do sistema reprodutor em indivíduos com idade fértil. É o caso da síndrome de Turner (45, X) e da síndrome do X frágil nas mulheres, as quais levam à falência ovariana prematura (menopausa precoce).

Quanto aos homens, podemos mencionar a síndrome de Klinefelter (47, XXY) que provoca disfunções testiculares, deficiência de testosterona e, por consequência, falhas na produção de espermatozoides.

O que é um embrião euploide?

O embrião euploide é aquele que apresenta os 46 cromossomos, portanto, o que tem cariótipo sem alterações. Esse embrião tem mais potencial para se implantar no útero e mais chances de evoluir para uma criança saudável.

Existem também os embriões aneuploides, os quais apresentam anormalidades em sua constituição cromossômica. As alterações podem ocorrer no número ou na estrutura dos cromossomos (translocações, inversões e deleções).

Anomalias numéricas são definidas como:

A formação de embriões euploides é de grande importância para a fertilidade, pois, como vimos, eles têm mais chances de implantação e de desenvolvimento saudável.

A qualidade dos gametas é determinante para formar embriões euploides. Nesse sentido, a idade da mulher também é um fator de muita relevância, pois os óvulos não são produzidos ao longo da vida, a menina já nasce com eles reservados nos ovários. Assim, o envelhecimento dessas células reduz sua qualidade geral, aumentando o risco de falhas na divisão cromossômica.

Como é feita a análise dos embriões na FIV?

A fertilização in vitro (FIV) é a técnica mais complexa da reprodução assistida e, além de demandar várias etapas em sua realização, pode ser complementada por técnicas específicas, como o teste genético pré-implantacional (PGT).

As taxas de sucesso de tratamento com FIV derivam de alguns fatores, um deles é a quantidade de óvulos fertilizados e a possibilidade de ter embriões euploides para transferir ao útero.

Não podemos esquecer que a idade materna e a qualidade dos gametas determinam a qualidade embrionária. Assim também, a receptividade endometrial é necessária para que o embrião euploide consiga se fixar no útero quando for transferido.

A questão então é: como escolher os embriões euploides para a transferência? É aqui que podemos contar com o PGT, teste que realiza a análise genética dos embriões, sendo capaz de identificar alterações gênicas ou cromossômicas nas células embrionárias, antes que eles sejam colocados no útero.

Confira agora o texto que explica, em detalhes, como a fertilização in vitro é realizada, quando é indicada, quais são as técnicas complementares e as taxas de sucesso!

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MAURO DE LIMA COIMBRA
1 ano atrás

PARABÉNS pela excelente didática. Sou engenheiro (com doutorado) e, mais recentemente, também advogado — o que me motivou buscar esse ‘site’.
O texto é de facílima compreensão para ‘leigões’ como eu: com apenas conhecimentos básicos de Genética (colegial bem-feito (rs rs rs)).
Grato!

Editor
Clínica Origen
1 ano atrás

Que alegria ler seu comentário, Mauro!
Agradecemos seu carinho e ficamos felizes em ajudar 🙂

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