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O que é histerossalpingografia?

Por Equipe Origen

Publicado em 08/06/2021

Ao longo da sua vida reprodutiva, a mulher faz diversos exames ginecológicos para avaliar a saúde de forma geral e também, a sua fertilidade. Entre os de rotina, o Papanicolaou e a ultrassonografia transvaginal são os mais comuns. Porém, para casos específicos em uma investigação de infertilidade conjugal, a histerossalpingografia é um dos exames mais pedidos.

Ela utiliza o raio-X e o contraste para ver as tubas e a cavidade uterina. A presença de alguma alteração nesses órgãos pode dificultar a gravidez, pois a fecundação e a implantação do embrião acontecem, respectivamente, nas tubas uterinas e no útero.

A histerossalpingografia é um exame simples, porém, algumas mulheres ficam apreensivas ao realizá-lo devido a sua fama de ser desconfortável e, até mesmo, dolorido. Nesses casos, a melhor forma de se preparar para esse momento é buscando informação.

Por isso, vamos mostrar o que é a histerossalpingografia, como é realizada e quando é indicada. Confira!

O que é histerossalpingografia?

A histerossalpingografia é um exame de imagem utilizado para avaliar com precisão a condição do útero e das tubas uterinas. Para isso, combina a radiografia e a injeção do contraste com a finalidade de analisar a presença de obstruções e de outras alterações nos órgãos.

O principal diferencial da histerossalpingografia está na sua técnica. Ela possibilita ver com nitidez os movimentos dos órgãos, enquanto outros exames de raio-X geram apenas imagens estáticas.

O resultado do exame pode ser normal ou apresentar alterações. No útero, falhas no preenchimento do órgão indicam algum problema, como a presença de aderências ou miomas. Nas tubas uterinas, obstruções e lesões que bloqueiam a passagem do contraste também devem ser analisadas com atenção.

Para a mulher engravidar naturalmente, os órgãos do sistema reprodutor feminino devem estar em boas condições. A presença de obstruções tubárias e problemas na cavidade uterina dificultam a fecundação e a implantação do embrião, causando infertilidade. Nesses casos, a realização da histerossalpingografia é importante para descobrir a causa da dificuldade para engravidar.

Como a histerossalpingografia é feita?

A histerossalpingografia é um exame simples, não invasivo e que possui algumas particularidades. Por exemplo, a paciente não pode realizá-lo em qualquer momento do mês. Para obter a melhor visão uterina possível e garantir que a mulher não esteja grávida, o exame deve ser feito antes da ovulação e depois do final da menstruação.

O exame é simples e demora cerca de 20 a 30 minutos. Para iniciar o procedimento, a paciente deita em posição ginecológica para que um espéculo seja inserido no canal vaginal a fim de manter a entrada da vagina aberta para a passagem de um cateter.

Uma quantidade pequena do contraste é introduzida pelo cateter pelo colo do útero, com o objetivo de preencher toda a região uterina e tubária. Ao longo da trajetória do líquido são feitas várias radiografias avaliando os órgãos.

Durante o exame, o profissional pode pedir que a paciente mude de posição em alguns momentos para que os órgão possam ver visibilizados adequadamente. O contraste segue em direção à cavidade abdominal e é eliminado pelo organismo. No fim do exame, o cateter é retirado e a paciente liberada.

Algumas pacientes podem sentir dores ou um desconforto similar a uma cólica menstrual durante o procedimento. O incômodo varia de mulher para mulher e alguns médicos podem receitar um analgésico para aliviar a dor antes do exame.

Quando a histerossalpingografia é solicitada?

A histerossalpingografia é um dos exames mais solicitados durante a investigação da infertilidade feminina. Desse modo, a sua principal indicação acontece quando o casal está passando por dificuldades em engravidar.

Ele auxilia no diagnóstico de diversas doenças e condições que podem prejudicar a saúde reprodutiva da mulher. Entre elas:

  • Obstrução tubária;
  • Aderências pélvicas;
  • Endometriose tubária;
  • Dilatação tubária;
  • Miomas uterinos;
  • Pólipos endometriais;
  • Malformações uterinas (como o útero unicorno, bicorno e didelfo).

Além da presença de bloqueios e outras anormalidades, a histerossalpingografia também é indicada para avaliar o resultado da laqueadura (método contraceptivo onde as tubas uterinas são bloqueadas cirurgicamente) e da sua reversão.

Nos casos de infertilidade, a partir do resultado do exame, o médico pode indicar o melhor tratamento para o casal. Se houver o desejo de engravidar, a fertilização in vitro (FIV) apresenta excelentes resultados. Entre as técnicas de reprodução assistida, ela é a indicada nos casos de infertilidade por fatores tubários.

A histerossalpingografia é um exame de imagem que utiliza o contraste e o raio-X para analisar a morfologia uterina e a permeabilidade das tubas uterinas. Por ter uma visão mais detalhada dos órgãos, possibilita a avaliação com precisão sem a necessidade de um procedimento mais invasivo.

Neste artigo, mostramos as principais informações sobre um dos exames mais pedidos para avaliar a fertilidade feminina. Para saber mais detalhes, confira o nosso conteúdo sobre histerossalpingografia!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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