Útero, ovários e tubas uterinas são órgãos que fazem parte do sistema reprodutor feminino e cada um deles tem importante função no processo reprodutivo. Alterações nessas estruturas estão relacionadas ao comprometimento da fertilidade da mulher. É o caso da menopausa precoce, que ocorre quando existe um esgotamento dos folículos e óvulos.
Este post foi elaborado para explicar como os ovários funcionam, o que é menopausa precoce e como a mulher pode ter filhos, mesmo sem ovular. Acompanhe as informações sobre o tema!
Qual a função dos ovários?
Os ovários são as glândulas em que estão localizados os folículos que produzem os hormônios estrogênio e progesterona e em que estão os óvulos.
Com relação à anatomia dos ovários, eles são de formato arredondado e medem cerca de 3 cm, sendo compostos pelo córtex, onde estão concentrados os folículos, e a medula, formada por tecido conjuntivo e vasos sanguíneos.
Em resumo, as principais funções dos ovários ao longo da vida da mulher são:
- produzir progesterona e estrogênio — hormônios sexuais essenciais para o funcionamento completo do sistema reprodutor;
- Armazenar os óvulos, que são liberados em todo ciclo reprodutivo e recolhidos pelas tubas uterinas, onde poderão ser encontrados pelos espermatozoides e fecundados.
O que é reserva ovariana?
Reserva ovariana é o nome que se dá a quantidade de folículos existentes nos ovários. Como não existe produção de óvulos, essa quantidade tende a reduzir progressivamente com o avanço da idade, o que explica a diminuição na chance de gravidez a partir dos 35 anos.
Estudos sobre fertilidade trazem a informação de que ainda na vida intrauterina, entre 18 e 20 semanas, o feto feminino tem cerca de 2 milhões de folículos ovarianos. Até a idade da primeira menstruação, esse número decaiu para 400 mil. Essa diminuição ocorre até o total esgotamento, em torno dos 50 anos.
Além do aumento da idade, outros fatores podem levar à redução da quantidade de folículos, como doenças que afetam os ovários, cirurgias e disfunções hormonais. Para fazer a avaliação da reserva ovariana, são realizados os seguintes testes:
- dosagem hormonal para verificar os níveis de FSH, LH e estradiol;
- avaliação do hormônio antimülleriano;
- ultrassonografia para contagem de folículos antrais.
O que caracteriza o quadro de menopausa precoce?
A menopausa representa o fim da vida fértil da mulher, o que comumente ocorre em torno dos 50 anos. Esse marco do sistema reprodutor indica que o estoque de óvulos, isto é, a reserva ovariana se esgotou. A partir de então, a mulher não terá mais menstruação e ovulação.
Sintomas como inchaço nas mamas e no corpo, dores de cabeça, redução da libido, ondas de calor e alterações de humor são frequentes nessa fase. Algumas mulheres passam pelo período sem grandes incômodos, enquanto outras procuram acompanhamento profissional para entender e minimizar os efeitos desconfortáveis da menopausa.
Quando esse quadro aparece antes dos 40 anos, chamamos de menopausa precoce, também chamada de falência ovariana prematura (FOP). O problema pode decorrer de várias causas, como hereditariedade, cirurgia para retirada dos ovários, tratamentos de quimioterapia, entre outras.
A menopausa precoce é caracterizada por sintomas semelhantes aos da menopausa natural — a diferença é que a condição se desenvolve antes do esperado, prejudicando a capacidade fértil e os objetivos de reprodução da mulher.
Para identificar o quadro, é importante observar os seguintes indícios:
- menstruação irregular ou ausência de menstruação por vários meses;
- ondas repentinas de calor, o que não depende da temperatura do ambiente;
- irritabilidade ou sentimentos de tristeza em manifestações intermitentes;
- insônia ou prejuízos na qualidade do sono;
- redução do desejo sexual;
- secura vaginal;
- cansaço constante.
Qual a melhor forma de tratamento?
Diante da confirmação diagnóstica de menopausa precoce, a mulher pode passar por tratamento de reposição hormonal para amenizar os sintomas e evitar outros problemas de saúde.
Se a paciente ainda tiver o propósito de engravidar, o acompanhamento com especialistas em reprodução assistida é indicado. A principal técnica recomendada nos casos de falência ovariana prematura é a ovodoação, ou doação de óvulos.
Esse recurso faz parte dos tratamentos com fertilização in vitro (FIV) e consiste na utilização dos óvulos de uma doadora, que serão fecundados pelos espermatozoides do parceiro da paciente. Após a fecundação e o período de cultivo embrionário, os embriões são transferidos para o útero da futura mãe.
Em conclusão, a menopausa precoce, ou falência ovariana prematura, afeta a fertilidade da mulher, mas não é um obstáculo intransponível para quem deseja viver a experiência da gravidez. Com a ajuda da reprodução assistida, a gestação ainda é um sonho possível.
Para completar o seu entendimento sobre esse assunto, leia mais um post e descubra como é realizada a doação de óvulos.