As tubas uterinas são os órgãos do aparelho reprodutor feminino responsáveis pela captação dos óvulos e transporte dos espermatozoides, assim como são o local em que ocorrem a fecundação do óvulo e o desenvolvimento do embrião.
Em seguida, o embrião é conduzido até o útero por meio de contrações musculares e a movimentação dos cílios dentro das tubas.
Assim, quando ocorre a obstrução das tubas uterinas ou quando elas têm comprometimento interno ou ficam fixas (aderidas) a algum órgão, pode haver diminuição na chance de gravidez, pois suas funções estarão comprometidas.
Como acontece a obstrução das tubas uterinas?
As principais causas de obstrução tubária são as doenças sexualmente transmissíveis, processos inflamatórios graves, como apendicite, endometriose e cirurgias prévias.
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico para identificar a obstrução das tubas uterinas se baseia em basicamente dois exames: histerossalpingografia e videolaparoscopia.
Histerossalpingografia
A histerossalpingografia é um exame em que se injeta um contraste, pela vagina, para que ocorra o preenchimento da cavidade endometrial e das tubas uterinas. Em seguida, realiza-se um raio-X, que identificará a presença do contraste nesses órgãos.
Em caso de obstrução, as tubas não são vistas ou são vistas parcialmente sem que haja passagem do contraste para a cavidade peritoneal.
Videolaparoscopia
A videolaparoscopia é uma cirurgia minimamente invasiva que permite a visão direta dos órgãos pélvicos.
Uma microcâmera é inserida no abdômen e pelve e com isso pode-se ver as tubas diretamente. Para se confirmar a permeabilidade das tubas, injeta-se uma substância que pode ser vista facilmente. A presença de endometriose e aderências é também identificada por visão direta.
A grande vantagem desse método é a possibilidade de realizar o tratamento em alguns casos.
Quais os principais sintomas?
A obstrução das tubas uterinas não está associada a nenhum sintoma. Mesmo em casos em que existe um acúmulo de líquido nas tubas – hidrossalpinge –, não existem sintomas presentes.
Quais são os possíveis tratamentos?
Para mulheres que desejam ficar grávidas, a FIV (fertilização in vitro) é a melhor alternativa, pois substitui as funções das tubas, externamente, isto é, em laboratório. Alem disso, oferece uma taxa de gravidez que é o dobro da observada habitualmente.
A outra alternativa é a microcirurgia para tentar corrigir a obstrução. Como existe um comprometimento da função tubária, apenas a desobstrução não costuma recuperar a função tubária. Assim, as taxas de gravidez são muito limitadas. Esse tratamento é indicado para casos específicos e para mulheres jovens.
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