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Processamento seminal: o que é?

Por Equipe Origen

Publicado em 29/09/2023

O processamento seminal é uma etapa importante dos tratamentos de reprodução assistida feitos com as técnicas de inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV).

O sêmen é o fluído masculino, liberado no ato da ejaculação. O homem que não tem alterações seminais pode liberar 40 milhões de espermatozoides ou mais cada vez que ejacula. No entanto, as células reprodutivas, que são produzidas nos testículos, ocupam apenas uma pequena fração do líquido seminal. A maior parte do sêmen é formada por compostos nutritivos, produzidos pelas glândulas acessórias (próstata e vesículas seminais).

É interessante saber a diferença entre sêmen e espermatozoides: o líquido seminal ou esperma contém todos os elementos necessários para que as células sexuais cumpram seu trajeto dentro do corpo feminino e cheguem ao local da fecundação. Já os espermatozoides são os próprios gametas ou células reprodutivas, isto é, quando um deles fecunda um óvulo (gameta feminino), uma nova vida é gerada.

Vemos, então, que o sêmen e os espermatozoides têm total relação com a fertilidade masculina. Sendo assim, quando há alterações seminais e espermáticas, o homem pode ficar infértil.

Vá em frente com sua leitura e entenda qual é a importância do processamento seminal nos tratamentos de reprodução assistida!

O que é processamento seminal?

Processamento seminal é um método empregado para avaliar e selecionar os espermatozoides com boa morfologia e motilidade em uma amostra de esperma. Com isso, pode eventualmente ser utilizado para diagnosticar alterações espermáticas ou selecionar células reprodutivas para aumentar as chances de fecundação em um tratamento de reprodução assistida.

Vemos, portanto, que o processamento seminal pode ser feito com objetivos diagnósticos ou terapêuticos. No segundo caso, além de selecionar os melhores gametas, é possível melhorar o potencial fértil devido à remoção de toxinas e outras substâncias contaminantes, além de eliminar proteínas que inibem a capacitação do espermatozoide para penetrar o óvulo.

Na reprodução assistida, a técnica também é chamada de preparação ou preparo seminal. A quantidade de espermatozoides saudáveis selecionados é um dos critérios para definir o tratamento para cada casal.

Quando há um baixo número de gametas disponíveis para a etapa de fecundação, a técnica indicada é a FIV ICSI — fertilização in vitro com injeção intracitoplasmática de espermatozoides.

Já a inseminação artificial, como é uma técnica de baixa complexidade e a fecundação acontece no corpo da mulher (in vivo), requer uma amostra com milhões de espermatozoides móveis e com boa morfologia.

Os métodos utilizados para o processamento seminal incluem:

  • lavagem simples;
  • migração ascendente (swim-up);
  • gradiente descontínuo de densidade.

Quando a amostra de esperma é submetida a esses métodos, os espermatozoides precisam ter condições para superar as barreiras impostas, mostrando-se com potencial para migrar até o óvulo e fertilizá-lo. É semelhante ao que acontece no processo natural de concepção.

Com a relação sexual, o homem tem a ejaculação e o sêmen é lançado dentro do corpo da mulher, no fundo da vagina, próximo à abertura do colo do útero. Dos vários milhões de espermatozoides que entram no trato reprodutivo feminino, somente uma pequena fração consegue ascender até o local da fecundação, nas tubas uterinas.

Entende-se, então, que o corpo da mulher faz uma seleção natural para que os espermatozoides saudáveis se aproximem do óvulo. O pH ácido da vagina e a viscosidade do muco cervical, por exemplo, funcionam como barreiras, retendo parte dos gametas masculinos.

Além da quantidade, a motilidade e a morfologia dos espermatozoides são aspectos determinantes para que um grupo desses gametas conclua seu trajeto no corpo da mulher. As secreções que formam o sêmen também são importantes na reprodução natural, pois garantem nutrição, energia e proteção às células sexuais durante sua migração.

Processamento seminal e espermograma: qual é a relação?

O espermograma é o exame mais importante para avaliação da fertilidade masculina. Consiste em análises macroscópicas e microscópicas de amostras seminais, podendo detectar alterações nos aspectos físicos do sêmen (cor, volume ejaculado, viscosidade e tempo de liquefação) ou na concentração, motilidade e morfologia dos espermatozoides.

O processamento seminal feito durante o espermograma, em fase de investigação do casal infértil, é chamado de processamento diagnóstico ou prognóstico. Nesse caso, o exame pode identificar o número de gametas com boa qualidade, recuperados após os métodos laboratoriais, mas não é solicitado rotineiramente.

O espermograma com processamento seminal prognóstico é uma importante ferramenta para embasar a decisão quanto à técnica de tratamento a ser utilizada. Quando as alterações são discretas e a mulher tem menos de 35 anos, o casal pode tentar engravidar com a inseminação artificial. É uma técnica simples, que envolve a introdução de uma amostra processada de esperma no útero da paciente.

Já as alterações mais graves, como a ausência de espermatozoides no ejaculado (azoospermia), requer avaliação mais aprofundada. O paciente pode passar por outros exames para investigar as causas.

O tratamento de reprodução assistida para o casal com fatores graves de infertilidade masculina é feito com fertilização in vitro e pode necessitar de técnicas de recuperação espermática ou doação de sêmen.

A recuperação espermática consiste em retirar as células reprodutivas diretamente dos órgãos masculinos (testículos ou epidídimos). Além de serem recuperados dessa forma e submetidos ao processamento seminal, os espermatozoides são micromanipulados e injetados, um a um, dentro dos óvulos.

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Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.