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Progesterona e preparo endometrial: conheça a relação

Por Equipe Origen

Publicado em 13/07/2023

O papel da progesterona no preparo endometrial é determinante para as chances de gravidez. O endométrio é o tecido que reveste o útero por dentro, ele passa por modificações cíclicas que o preparam para receber um embrião após o período da ovulação.

hormônios envolvidos no processo de preparo endometrial. A progesterona é um deles, mas não age sozinha. Além disso, enquanto os hormônios ovarianos controlam o ciclo uterino, os hipofisários estimulam o ciclo ovariano. Dessa forma, são 4 substâncias principais que se alternam para promover as funções reprodutivas femininas.

Vamos abordar, aqui, como os hormônios agem na preparação do endométrio, dando destaque à ação progestagênica. Acompanhe e entenda!

O que é progesterona?

A progesterona é um hormônio esteroide com importante papel no sistema reprodutor feminino. Ela age durante o ciclo menstrual, preparando o útero para uma possível gravidez, assim como é essencial para a manutenção da gestação.

No ciclo menstrual, os picos desse hormônio se elevam após a ovulação para preparar o revestimento interno do útero para a implantação do óvulo fertilizado. Na gravidez, a progesterona inibe as contrações uterinas e prepara as glândulas mamárias para a lactação.

Além das funções reprodutivas, o hormônio participa de outros processos no corpo feminino, como a regulação da temperatura corporal, o humor e o sono.

A progesterona é produzida, principalmente, pelas células do corpo-lúteo, estrutura que se forma no ovário a partir dos elementos resquiciais do folículo que se rompeu na ovulação. Pequenas quantidades do hormônio também são produzidas pelas glândulas adrenais ou suprarrenais. Na gravidez, a partir do final do primeiro trimestre, a produção hormonal ocorre na placenta.

Como a progesterona participa do ciclo menstrual?

O ciclo menstrual passa por 3 fases, as quais são reguladas por hormônios da hipófise e dos ovários. A primeira é a fase folicular, caracterizada pelo desenvolvimento dos folículos ovarianos. O recrutamento folicular depende dos hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH), liberados pelo eixo cerebral hipotalâmico-hipofisário.

Na metade do ciclo menstrual, ocorre a fase ovulatória. O hormônio de ação central na ovulação é o LH, que induz a maturação final e a ruptura do folículo dominante. Após a liberação do óvulo, esse folículo roto dá origem à estrutura lútea.

O corpo-lúteo é uma glândula endócrina temporária que produz hormônios reprodutivos no período pós-ovulatório do ciclo, também chamado de fase lútea. Nessa fase, os níveis de progesterona se mantêm elevados para o preparo endometrial.

Como a progesterona age no preparo endometrial?

Neste post, destacamos a importância da progesterona no preparo endometrial, porém devemos lembrar que há outro hormônio essencial na preparação do útero para a gravidez: o estrogênio. Ambos agem juntos, mas de formas diferentes.

Também produzido nos ovários, pelos folículos em desenvolvimento (na fase folicular), o estrogênio tem ação proliferativa, isto é, ele faz as células do endométrio se proliferarem para aumentar a espessura do tecido endometrial e melhorar sua vascularização.

O estrogênio prolifera e a progesterona estabiliza.

A ação progestagênica é secretória, organizando o tecido endometrial e inibindo a ação estrogênica, para que não ocorra a proliferação excessiva das células. Assim, os dois hormônios em conjunto, em níveis adequados, garantem a receptividade endometrial necessária para a implantação embrionária.

O corpo-lúteo se desfaz e a concentração dos hormônios ovarianos diminui quando o embrião não se implanta. Isso leva à descamação endometrial e, consequentemente, ao sangramento menstrual.

A involução natural do endométrio e a menstruação marcam o início de um novo ciclo reprodutivo. Novamente, o corpo feminino passa pelas fases de ovulação, espessamento e preparo endometrial sob estímulo dos hormônios.

Alterações hormonais e infertilidade: o que fazer?

Níveis alterados de progesterona podem levar à infertilidade feminina. Da mesma forma, alterações na produção de estrogênio, FSH e LH são prejudiciais às funções reprodutivas. Os problemas decorrentes de desequilíbrios hormonais incluem: falhas de ovulação, endométrio fino e baixa receptividade endometrial.

A baixa secreção de progesterona, também mencionada como insuficiência lútea, é um dos problemas hormonais que interferem no preparo endometrial e prejudicam a fertilidade. Sem condições uterinas adequadas, o embrião não consegue se prender ao endométrio, ocasionando falha de implantação ou abortamento espontâneo precoce.

Diversos fatores podem causar alterações hormonais, disfunções ovulatórias e deficiência lútea, incluindo: síndrome dos ovários policísticos (SOP), hipotireoidismo, hiperprolactinemia, estresse, excesso de exercícios físicos, uso de anabolizantes e determinados medicamentos, obesidade, anorexia, tumores hipofisários, entre outros.

Ao consultar um especialista em ginecologia e medicina reprodutiva, a paciente realiza uma série de exames, que revelam os possíveis distúrbios hormonais. A fertilidade espontânea é recuperada com o tratamento dos fatores subjacentes, em alguns casos. Entretanto, muitos casais são indicados ao uso de técnicas de reprodução assistida para aumentar suas chances de gravidez.

Relação sexual programada e inseminação artificial são técnicas de baixa complexidade, recomendadas para pacientes jovens (com menos de 35 anos) e condições mais simples de tratar, como as disfunções ovulatórias. Já a fertilização in vitro (FIV) é uma técnica mais complexa, realizada diante de fatores mais sérios, como idade materna avançada e infertilidade masculina.

Nos tratamentos de reprodução assistida, as falhas de implantação podem ser minimizadas com o preparo endometrial adequado. Na FIV, as pacientes recebem medicação à base de progesterona antes que os embriões sejam colocados no útero. Esse é um procedimento essencial para melhorar a receptividade uterina.

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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