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Prostatite: quais são os sintomas e a relação com a infertilidade?

Por Equipe Origen

Publicado em 02/04/2020

A infertilidade conjugal também pode ser causada ou influenciada por fatores masculinos como a varicocele, disfunções hormonais e infecções como a prostatite, que acomete a próstata.

Segundo estudos, a patologia, quando devidamente diagnosticada, atinge menos de 10% dos homens. No entanto, devido a importância da próstata para o sistema reprodutor, é importante entender os riscos, especialmente se o portador da patologia sente dores ou deseja ter filhos.

Este texto aborda o conceito, os sintomas, tratamentos indicados e a relação da prostatite com a infertilidade masculina. Se você foi diagnosticado ou acredita portar a doença, acompanhe este artigo e descubra mais sobre o assunto e o que pode ser feito a respeito.

O que é prostatite?

A prostatite é uma doença caracterizada pela inflamação da próstata e pode surgir por diversos motivos, infecciosos e não infecciosos, como a presença do vírus HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis, a fimose, o uso prolongado de bicicletas, a manipulação do trato urinário e a presença de qualquer bactéria na região.

A doença pode se manifestar em suas versões aguda ou crônica. A primeira se caracteriza por um quadro inflamatório, semelhante e, geralmente, causado pelas mesmas bactérias de infecções urinárias. A segunda é uma complicação da anterior, na falta de um tratamento adequado.

Quais são os sintomas da prostatite?

No estado agudo, a doença pode causar febre, calafrios, dores pélvicas, musculares, nas articulações e ao urinar ou ejacular, urina turva, mal-estar e maior frequência ou retenção urinária. Nesses casos, pode ser necessária a hospitalização em UTI.

A prostatite crônica, apesar de ser uma evolução, é mais branda e os sintomas costumam ser sutis. Em geral, o homem sente apenas vontade mais frequente e incômodo ao urinar e mal-estar, embora também possa apresentar febre, que geralmente é baixa.

Para diagnosticar o problema, é necessária uma consulta a um urologista. O profissional considerará os sintomas do paciente e deverá realizar o exame de toque retal com o objetivo de avaliar a dor, o inchaço e anormalidades na próstata.

Além do exame de toque — durante o qual poderão ser coletados líquidos para análise laboratorial —, o especialista deverá requerer um exame de urina, para avaliar a presença de pus ou sangue no coletado, e uma urocultura, que permite identificar a bactéria responsável pela infecção, de maneira que possa propor o tratamento ideal.

Por que a prostatite pode afetar a fertilidade masculina?

A próstata é fundamental para a fertilidade masculina, pois produz e armazena um dos fluidos que constituem o sêmen. As substâncias são importantes para manter o esperma líquido, o que é essencial para o movimento dos espermatozoides e a fecundação do óvulo.

Quando infectada, a próstata pode diminuir a produção deste líquido e, assim, limitar a capacidade reprodutiva do homem. Em casos severos, a prostatite pode causar azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen), devido a algum bloqueio que impede a união de gametas e líquido seminal.

Além disso, a prostatite pode causar ejaculação precoce e dificuldades com a ereção, problemas associados à infertilidade.

As relações entre a inflamação e problemas de infertilidade masculina, contudo, ainda requer estudos, pois a exposição das células reprodutivas às bactérias pode ser insuficiente para causar danos. Ainda assim, devido às disfunções que, possivelmente, a prostatite pode causar no líquido seminal, especialmente em quadros crônicos, é importante averiguar sua influência na capacidade reprodutiva do paciente.

Quais são os tratamentos indicados?

A prostatite é, prioritariamente, tratada por meio de antibióticos, geralmente, aqueles indicados para quadros de infecção urinária — o que depende dos resultados da urocultura —, e pode ser curada em cerca de dois meses.

Nos casos agudos, o urologista ainda pode indicar a ingestão de água e algumas mudanças na dieta, como a diminuição no consumo de alimentos ácidos ou apimentados, cafeína e bebidas alcoólicas, para prevenir irritações à bexiga. Geralmente, a medicação é oral, mas em casos severos com hospitalização, pode ser indicada a administração intravenosa com soro fisiológico.

Nos casos crônicos, as indicações são semelhantes, embora a tendência é de que a administração de medicamentos seja realizada por um período maior, especialmente se o paciente apresentar infecções recorrentes.

O urologista também pode receitar bloqueadores alfa-adrenérgicos nesses casos, com o objetivo de relaxar os músculos da bexiga para aliviar sintomas de dor ao urinar.

A cirurgia também é um possível tratamento para a prostatite. O procedimento consiste na retirada do tecido danificado na uretra, o que pode melhorar o fluxo da urina e reduzir a retenção urinária.

Existe ainda a hipótese da dor pélvica crônica, que é semelhante à prostatite, mas que não se caracteriza por uma inflamação bacteriana. Nesses casos, o objetivo principal do tratamento é diminuir o desconforto e, embora antibióticos não sejam eficazes — mas podem aliviar os sintomas devido aos seus efeitos anti-inflamatórios —, podem ser receitados pelo urologista inicialmente, até que a causa do problema seja descoberta.

Se o paciente enfrentar problemas de infertilidade, em especial, a azoospermia, existe ainda a possibilidade de ter filhos por meio da reprodução assistida. Na FIV (fertilização in vitro) e na IA (inseminação artificial) os espermatozoides podem ser coletados diretamente dos testículos, por punção ou biópsia, e utilizados na fecundação em laboratório.

A prostatite é uma doença que se caracteriza pela inflamação da próstata e pode ser causada por motivos infecciosos ou não-infecciosos. Sintomas como febre, dores, maior frequência na vontade de urinar e retenção urinária são comuns em sua versão aguda, no entanto, na fase crônica, quando a patologia é mais severa, o portador pode não apresentar sinais.

A glândula afetada é essencial para a produção do sêmen e, por isso, pode influenciar na capacidade reprodutiva, embora a influência ainda não esteja cientificamente esclarecida. Em casos mais severos, em especial em pacientes com azoospermia, a inseminação artificial ou a fertilização in vitro podem prover uma solução.

Se quiser saber mais sobre a doença, como classificações, prazos de tratamento e a relação com a dor pélvica crônica, confira nossa página sobre prostatite.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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