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Qual a importância da embriologia para a reprodução assistida?

Por Equipe Origen

Publicado em 19/03/2021

A embriologia é a área da ciência que estuda o desenvolvimento dos embriões, os quais se originam na união entre os gametas masculino e feminino.

O interesse desse campo da biologia ainda engloba etapas anteriores à formação embrionária, o que inclui ovulação (como parte do ciclo menstrual) e espermatogênese (produção de espermatozoides). Na medicina reprodutiva, profissionais com conhecimento aprofundado nessa área são fundamentais.

A reprodução assistida trabalha com diferentes técnicas que visam a superação de fatores de infertilidade feminina ou masculina. A reprodução humana parece simples, mas é um fenômeno bem complexo, pois depende de vários processos celulares antes que, de fato, uma gravidez tenha início.

Especificamente, a embriologia é imprescindível nos tratamentos por fertilização in vitro (FIV), como veremos ao longo deste texto. Leia o que preparamos e obtenha mais compreensão acerca do processo reprodutivo!

Qual o papel da embriologia na reprodução assistida?

A embriologia abrange todo o processo de desenvolvimento embrionário, desde a gametogênese (produção dos gametas), passando pela fecundação, até a formação completa do novo organismo vivo.

A reprodução assistida acompanha os casais a partir da investigação da infertilidade até a confirmação da gravidez. Nesse percurso, as duas áreas andam juntas, com o intuito de controlar o processo reprodutivo e aumentar as chances de formar embriões saudáveis.

A investigação dos fatores de infertilidade de um casal pode levar a inúmeros diagnósticos. Entre os problemas masculinos, a baixa quantidade de espermatozoides ou a ausência total de gametas no ejaculado (azoospermia) estão entre as principais causas identificadas, as quais ainda podem estar associadas a doenças como varicocele, infecções etc.

Entre as condições femininas de infertilidade, a lista é longa e pode incluir:

  • fatores uterinos: doenças estruturais, como miomas e pólipos, ou malformações congênitas;
  • fatores tubários: obstrução ou dilatação das tubas uterinas;
  • fatores ovulatórios: disfunções que afetem os hormônios reprodutivos e a ovulação, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP);
  • endometriose, endometrite e outras doenças ginecológicas inflamatórias ou infecciosas;
  • idade: acima dos 35 anos, as chances de gravidez natural reduzem progressivamente.

Para cada problema identificado, há uma conduta diferente. Alguns quadros de infertilidade requerem apenas um controle do ciclo menstrual e da ovulação. Nesses casos, é possível chegar a desfechos positivos com tratamentos de baixa complexidade da reprodução assistida: relação sexual programada (RSP) e inseminação intrauterina (IIU).

Já os fatores considerados graves — azoospermia, obstrução tubária, doenças uterinas, endometriose severa e idade avançada da mulher — obtêm melhores respostas com a FIV, um tratamento complexo e com aplicações da embriologia em várias etapas.

Na FIV, os gametas são coletados e preparados para a fecundação em laboratório. Da mesma forma, os embriões são acompanhados durante todo o seu processo inicial de desenvolvimento, isto é, por até 5 dias em ambiente extrauterino. Depois de todo esse percurso, os embriões com mais chances de se implantar e evoluir são transferidos para o útero materno.

Quais são as ações de um embriologista?

O embriologista especializado em reprodução humana participa de vários procedimentos relacionados à geração de uma nova vida. Dentre as ações desse profissional está a análise dos óvulos e espermatozoides que serão usados em tratamentos de casais inférteis. Vale mencionar que, além da FIV, os gametas masculinos também são preparados nos casos de inseminação artificial.

Na FIV, as atuações do embriologista são várias — como veremos adiante de forma detalhada. Além do processo principal da FIV, a embriologia também é essencial em técnicas de apoio, as quais são indicadas em casos específicos. O congelamento de gametas e embriões, por exemplo, é um procedimento que requer conhecimento nessa área.

Outra técnica complementar à FIV e que demanda entendimento técnico de um embriologista é o teste genético pré-implantacional (PGT). Com o respaldo avançado dessa ferramenta e o conhecimento específico do profissional, é possível investigar variações na estrutura dos embriões e detectar anomalias genéticas e cromossômicas, antes da transferência para o útero da paciente.

Como o embriologista atua na FIV?

Na FIV, em específico, a embriologia é aplicada nas seguintes etapas do tratamento:

Análise dos gametas

Como o processo de fecundação ocorre em ambiente extrauterino, logo os óvulos e espermatozoides também precisam ser coletados e analisados em laboratório.

No caso dos homens, o procedimento depende apenas da coleta do esperma, o que permite verificar uma série de aspectos na amostra de sêmen, a fim de selecionar os melhores gametas para o momento da fertilização.

Por sua vez, as mulheres passam por um controle do ciclo menstrual e são submetidas à estimulação ovariana. Antes que a ovulação aconteça, os óvulos são coletados e também passam pela análise de um embriologista.

Fertilização dos óvulos

Após as etapas de indução à ovulação e punção dos óvulos, além do preparo seminal, ocorre o ponto central da FIV: a fertilização. Nos tratamentos atuais, os oócitos são fecundados por injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), uma técnica que permite a introdução do gameta masculino diretamente no interior da célula sexual feminina.

Cultivo embrionário

Concluída a fertilização, os embriões gerados são monitorados durante seus primeiros dias de desenvolvimento, enquanto ocorre a divisão celular.

Para isso, são mantidos em incubadoras específicas, onde podem ser observados com a periodicidade correta e sem interferência do meio externo. Os embriologistas acompanham toda essa etapa, avaliando os embriões com potencial para evoluir e separando aqueles que não conseguem sobreviver ao processo.

Como vimos, a embriologia é de extrema importância nos tratamentos de fertilidade — os quais acompanham todo o processo reprodutivo, da ovulação ao desenvolvimento embrionário.

Nesse contexto, uma clínica de reprodução humana respalda seus índices de êxito em uma equipe qualificada, incluindo embriologistas com profundo conhecimento no que fazem.

Aproveite que está aqui, leia também nosso texto específico sobre fertilização in vitro e conheça todas as etapas e indicações da técnica!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.