Um fator de grande influência na reprodução, seja por gestação natural ou por reprodução assistida, é a receptividade endometrial. Ela corresponde ao momento ideal para a implantação do embrião no endométrio para dar início à gravidez.
O endométrio é uma das camadas do útero, a mais interna, e é o responsável por promover a fixação do embrião e dar início ao desenvolvimento do feto. De acordo com os estímulos hormonais, o tecido sofre alterações e quando não ocorre a fecundação, é eliminado na menstruação.
Após a fecundação, a interação entre embrião e endométrio é fundamental para o início da gestação. Se o embrião chega ao endométrio no momento adequado, as chances de sucesso na implantação são ainda maiores.
Na gestação natural isso ocorre de forma espontânea. Já na reprodução assistida, mais especificamente na fertilização in vitro (FIV), existem meios de avaliar e identificar se o endométrio está adequado para receber os embriões.
A seguir, saiba mais sobre a receptividade endometrial, entenda a sua relação com a infertilidade feminina e saiba qual o melhor tratamento quando necessário.
Qual o papel do útero na fertilidade?
O útero é um órgão musculoso que pertence ao sistema reprodutor feminino, tem formato de pera invertida e tem papel fundamental na reprodução. Ele é formado por três camadas de tecido, desde a mais externa até a mais interna: perimétrio, miométrio e endométrio.
Aproximadamente a cada 28 dias, o endométrio é preparado para receber o embrião, aumentando a sua espessura, volume, vascularização e a formação glandular. Quando não ocorre a fecundação, ele passa por um processo de descamação e a eliminação dessa camada acontece durante a menstruação.
Se a fecundação ocorrer, a preparação do endométrio serve para facilitar a implantação do embrião. Com isso, a gestação tem início e o útero inicia o processo de nutrição e desenvolvimento do feto. A placenta é formada para manter o bebê até o momento de seu nascimento.
Qual a relação da receptividade endometrial com a fertilidade?
Se não há uma boa receptividade endometrial, mesmo que haja a fecundação não haverá a gestação, pois o embrião não consegue se fixar e acontece então a falha de implantação, uma das causas mais comuns de infertilidade feminina. Sem a implantação o embrião não consegue sobreviver.
Nos casos de tratamento pela técnica de reprodução assistida, o endométrio é avaliado por ultrassonografia durante todo o processo de estimulação ovariana. Assim, é possível confirmar o esperado espessamento que ocorre paralelamente ao desenvolvimento folicular. Quando isso não acontece, podem-se congelar todos os embriões para se realizar a transferência no ciclo seguinte.
Saiba mais sobre a fertilização in vitro e veja com mais detalhes como suas etapas acontecem na reprodução assistida.