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Reprodução assistida: qual a função dos hormônios?

Por Equipe Origen

Publicado em 09/10/2020

O sistema endócrino funciona por meio dos hormônios, que são substâncias formadas pelas proteínas, aminoácidos ou esteroides, e são secretadas por glândulas especializadas. Quando lançados na corrente sanguínea, podem apresentar ação local ou sistêmica.

Os hormônios trabalham em diferentes áreas do organismo com a função reguladora, homeostática, no desenvolvimento, na reprodução, dentre outras, atuando juntamente com o sistema nervoso.

Existem diversos hormônios que controlam ações responsáveis pela reprodução humana, popularmente chamados de hormônios sexuais.

A seguir, saiba mais sobre a função dos hormônios na reprodução natural e como eles atuam na reprodução assistida:

Hormônios sexuais na reprodução

O principal hormônio sexual masculino é a testosterona, produzida nos testículos. Já os femininos, são conhecidos como progesterona e estrógeno e são produzidos nos ovários.

A produção desses hormônios tem início na puberdade, o que acaba trazendo características sexuais secundárias como:

  • Homens de 13 a 16 anos: aparecimento de pelos no corpo, principalmente na face, axila e região pubiana; aumento do tamanho do pênis; espessamento das cordas vocais e mudança na voz; início da espermatogênese.
  • Mulheres de 12 a 15 anos: aparecimento de pelos no corpo; desenvolvimento do quadril e das mamas; início do ciclo menstrual e da ovulação.

Outros hormônios importantes no processo de reprodução são o FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) que atuam sobre as gônadas, estimulando a produção dos hormônios sexuais.

O FSH estimula as células dos túbulos seminíferos nos testículos e iniciam um processo de divisão meiótica a fim de produzir espermatozoides. Já o LH, promove um estímulo nas células intersticiais para a produção de testosterona.

Já nos ovários, o FSH atua iniciando o amadurecimento das células foliculares e promovendo um estímulo da secreção de estrógeno que dará continuidade ao desenvolvimento do folículo. O LH estimula ainda mais a secreção de estrógeno para que ocorra a indução da ovulação, quando o folículo se rompe e libera o óvulo maduro.

Por se tratar de hormônios essenciais para a reprodução, o desequilíbrio hormonal pode ser um dos responsáveis pela infertilidade.

Os hormônios na reprodução assistida

Para casais com problemas de infertilidade, sejam eles causados por alterações femininas ou masculinas, têm a opção de recorrer à reprodução assistida para alcançar a gravidez.

Ela é caracterizada pelo conjunto de técnicas da medicina utilizada para auxiliar as pessoas que desejam engravidar e não conseguem.

A reprodução assistida ocorre através da manipulação dos gametas, sejam espermatozoides ou óvulos, e pelos meios de fecundação, proporcionando as melhores condições para que o processo de fertilização ocorra adequadamente.

Existem três técnicas principais na reprodução assistida e todas necessitam de alguma forma dos hormônios, são elas: a relação sexual programada (RSP), inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV).

Relação sexual programada

Nesse método a mulher passa por um tratamento hormonal chamado estimulação ovariana, para que ocorra o desenvolvimento dos folículos. Quando estes atingem o tamanho ideal, outro hormônio é utilizado a fim de induzir a liberação do óvulo maduro, a chamada ovulação.

O desenvolvimento folicular é acompanhado por meio de ultrassonografia para que seja identificado o momento ideal. O casal deve manter relações em um momento próximo à ovulação, normalmente 36 horas após a indução.

Inseminação intrauterina

Caracterizada por um método simples e de baixa complexidade, a inseminação intrauterina é uma técnica de reprodução assistida bastante utilizada.

Nela ocorre a manipulação dos espermatozoides, que são coletados e capacitados. Nessa capacitação, são selecionados os gametas mais ativos e aptos para a fecundação do óvulo.

Na mulher, o tratamento é o mesmo que ocorre na relação sexual programada. Um tratamento hormonal é realizado para que ocorra a estimulação ovariana e a indução da ovulação.

Após selecionar os gametas masculinos, o médico os introduz na cavidade uterina para que haja a fecundação nas tubas uterinas. A partir deste momento, ocorre um processo natural em que os espermatozoides se encontram com o óvulo nas trompas e é onde se dá a fertilização.

Fertilização in vitro

A FIV é o método de maior complexidade e maiores taxas de sucesso da reprodução assistida. É muito indicada em casos mais graves de infertilidade ou quando houver falhas na tentativa de outros procedimentos.

Nela também ocorre a estimulação ovariana, com a administração de medicamentos hormonais, buscando aumentar o número de óvulos disponíveis para a fecundação.

Para acompanhar o desenvolvimento folicular, são realizados exames de ultrassonografia e de sangue para avaliar a dosagem hormonal.

Após os folículos atingirem o tamanho ideal, acontece a coleta dos óvulos e dos espermatozoides que são colocados juntos em laboratório para que aconteça a fertilização.

Os embriões resultantes desse processo são transferidos ao útero para que ocorra a implantação no endométrio e assim dê início à gravidez, processo que acontece de forma natural dentro do útero.

Conheça mais sobre a técnica de fertilização in vitro, como ela é realizada e em quais casos de infertilidade pode ser indicada.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.