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Sangramento uterino anormal: o que é?

Por Equipe Origen

Publicado em 04/09/2023

O sangramento uterino anormal (SUA) é caracterizado por um aumento na frequência, no volume ou na duração da menstruação ou, ainda, por ocorrências de escapes ou sangramento após a menopausa.

Nem sempre é fácil identificar se as alterações menstruais são anormais ou não, pois depende da observação dos padrões de sangramento de cada mulher.

Ao notar irregularidades, porém, é importante buscar auxílio médico para investigar o que há por trás desse sintoma, que pode afetar negativamente aspectos físicos, emocionais e até sexuais da mulher. Além desses impactos, o SUA pode ter relação com causas estruturais que diminuem a receptividade endometrial e levam à infertilidade.

O tratamento direcionado à causa específica do sangramento uterino anormal evita repercussões mais sérias no sistema reprodutivo, além de melhorar a qualidade de vida da mulher. Continue a leitura para saber mais!

O que é sangramento uterino anormal (SUA)?

O sangramento uterino anormal não é uma doença, mas sim uma manifestação de alguma desordem ou lesão no aparelho reprodutivo. A caracterização da anormalidade depende dos parâmetros de cada paciente quanto à duração, ao volume, à frequência ou à regularidade da menstruação.

O SUA pode ser identificado quando os padrões menstruais se alteram ou quando há a recorrência de escapes (spotting), que são os sangramentos intermenstruais. Além disso, há quadros agudos e crônicos. Em ambos os casos, a perda anormal de sangue pode levar a um comprometimento no estado geral de saúde da paciente, com ocorrência de anemia.

Quando o quadro é crônico, as repercussões podem incluir impactos em mais esferas da vida da mulher, acarretando mudanças de hábitos, cólicas fora do período menstrual, implicações na vida sexual, limitação para atividades e impactos psicológicos.

Contudo, na maioria dos casos, o sangramento uterino anormal é de pequena intensidade e não compromete o estado geral da paciente. Porém, é fundamental investigar suas causas para tratar problemas subjacentes, podendo estes gerar outras repercussões, incluindo a perda da capacidade reprodutiva.

O que pode causar o sangramento uterino anormal?

Os fatores do SUA são investigados com base na nomenclatura PALM-COEIN, esquema proposto em 2011 por especialistas da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO).

Algumas lesões vaginais e do colo do útero que geram o sangramento anormal podem ser identificadas já no exame especular. Podem ser feitos hemogramas, para avaliar anemia ferropriva, testes de coagulação e dosagem de hormônios tireoidianos quando há suspeita clínica de disfunções da glândula tireoide.

Com o diagnóstico ainda impreciso, o exame mais indicado para a condução dos casos de SUA é a ultrassonografia da região pélvica. Pode-se recorrer, ainda, à histerossonografia e à histeroscopia, técnica padrão-ouro para avaliação da cavidade uterina.

Com esses procedimentos investigativos, o médico poderá associar o SUA a alguma das possíveis etiologias do sangramento uterino anormal esquematizadas na nomenclatura PALM-COEIN. Elas podem ser estruturais, relacionadas a anomalias e patologias no aparelho reprodutivo, tais como:

  • P = Pólipo;
  • A = Adenomiose;
  • L = Leiomioma;
  • M = Malignidade/ hiperplasia endometrial.

As causas também podem ser não estruturais, quando não é possível identificar alterações anatômicas por trás do sangramento anormal. São elas:

  • C = Coagulopatia;
  • O = Ovulatória;
  • E = Endometrial;
  • I = Iatrogênica;
  • N = Não classificada.

Qual é a relação do SUA com a infertilidade?

Não há uma relação direta entre o sangramento uterino anormal e a infertilidade. No entanto, algumas das causas do SUA são, também, causas comuns de infertilidade, tais como o pólipo, a adenomiose, as disfunções ovulatórias, o leiomioma (mioma) e fatores endometriais.

Desse modo, os sangramentos anormais podem ser sintomas de algum desses problemas que podem alterar a anatomia do útero e a receptividade endometrial, afetando a capacidade reprodutiva da mulher.

Como tratar essa condição?

A condução terapêutica depende da etiologia do sangramento uterino anormal. Nos casos relacionados a causas estruturais (PALM), as condutas podem incluir a remoção ambulatorial de pequenos pólipos ou a abordagem cirúrgica, exclusivamente histeroscópica ou assistida por laparoscopia.

Nas causas não estruturais (COEIN), o objetivo do tratamento é promover a estabilidade endometrial, isto é, o controle de aspectos que levam à descamação irregular do endométrio. Desse modo, são recomendados medicamentos que atuam na produção hormonal feminina e mediadores inflamatórios.

Pode-se recomendar contraceptivos combinados, mas há uma importante limitação terapêutica se existe desejo imediato por uma gestação. Alternativas incluem o uso de antifibrinolíticos e anti-inflamatórios não hormonais. Não havendo resposta às condutas clínicas, há opções cirúrgicas para causas não estruturais, tais como a ablação endometrial ou até mesmo a histerectomia.

Além disso, na presença de comprometimento do estado geral da paciente por sangramento agudo, é priorizada a estabilização hemodinâmica imediata, com o emprego de soluções cristaloides ou transfusão sanguínea. Em seguida, recorre-se ao tratamento clínico ou cirúrgico recomendado para o caso.

Se as causas por trás do sangramento uterino anormal impactaram negativamente a capacidade reprodutiva da mulher e há o desejo de gravidez, é possível recorrer a técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade, as quais incluem inseminação artificial e relação sexual programada, ou de alta complexidade, como a fertilização in vitro (FIV).

Veja mais informações a respeito das condições que podem afetar o sistema reprodutor no nosso texto sobre infertilidade feminina!

O sangramento uterino anormal (SUA) é caracterizado por um aumento na frequência, no volume ou na duração da menstruação ou, ainda, por ocorrências de escapes ou sangramento após a menopausa.

Nem sempre é fácil identificar se as alterações menstruais são anormais ou não, pois depende da observação dos padrões de sangramento de cada mulher.

Ao notar irregularidades, porém, é importante buscar auxílio médico para investigar o que há por trás desse sintoma, que pode afetar negativamente aspectos físicos, emocionais e até sexuais da mulher. Além desses impactos, o SUA pode ter relação com causas estruturais que diminuem a receptividade endometrial e levam à infertilidade.

O tratamento direcionado à causa específica do sangramento uterino anormal evita repercussões mais sérias no sistema reprodutivo, além de melhorar a qualidade de vida da mulher. Continue a leitura para saber mais!

O que é sangramento uterino anormal (SUA)?

O sangramento uterino anormal não é uma doença, mas sim uma manifestação de alguma desordem ou lesão no aparelho reprodutivo. A caracterização da anormalidade depende dos parâmetros de cada paciente quanto à duração, ao volume, à frequência ou à regularidade da menstruação.

O SUA pode ser identificado quando os padrões menstruais se alteram ou quando há a recorrência de escapes (spotting), que são os sangramentos intermenstruais. Além disso, há quadros agudos e crônicos. Em ambos os casos, a perda anormal de sangue pode levar a um comprometimento no estado geral de saúde da paciente, com ocorrência de anemia.

Quando o quadro é crônico, as repercussões podem incluir impactos em mais esferas da vida da mulher, acarretando mudanças de hábitos, cólicas fora do período menstrual, implicações na vida sexual, limitação para atividades e impactos psicológicos.

Contudo, na maioria dos casos, o sangramento uterino anormal é de pequena intensidade e não compromete o estado geral da paciente. Porém, é fundamental investigar suas causas para tratar problemas subjacentes, podendo estes gerar outras repercussões, incluindo a perda da capacidade reprodutiva.

O que pode causar o sangramento uterino anormal?

Os fatores do SUA são investigados com base na nomenclatura PALM-COEIN, esquema proposto em 2011 por especialistas da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO).

Algumas lesões vaginais e do colo do útero que geram o sangramento anormal podem ser identificadas já no exame especular. Podem ser feitos hemogramas, para avaliar anemia ferropriva, testes de coagulação e dosagem de hormônios tireoidianos quando há suspeita clínica de disfunções da glândula tireoide.

Com o diagnóstico ainda impreciso, o exame mais indicado para a condução dos casos de SUA é a ultrassonografia da região pélvica. Pode-se recorrer, ainda, à histerossonografia e à histeroscopia, técnica padrão-ouro para avaliação da cavidade uterina.

Com esses procedimentos investigativos, o médico poderá associar o SUA a alguma das possíveis etiologias do sangramento uterino anormal esquematizadas na nomenclatura PALM-COEIN. Elas podem ser estruturais, relacionadas a anomalias e patologias no aparelho reprodutivo, tais como:

  • P = Pólipo;
  • A = Adenomiose;
  • L = Leiomioma;
  • M = Malignidade/ hiperplasia endometrial.

As causas também podem ser não estruturais, quando não é possível identificar alterações anatômicas por trás do sangramento anormal. São elas:

  • C = Coagulopatia;
  • O = Ovulatória;
  • E = Endometrial;
  • I = Iatrogênica;
  • N = Não classificada.

Qual é a relação do SUA com a infertilidade?

Não há uma relação direta entre o sangramento uterino anormal e a infertilidade. No entanto, algumas das causas do SUA são, também, causas comuns de infertilidade, tais como o pólipo, a adenomiose, as disfunções ovulatórias, o leiomioma (mioma) e fatores endometriais.

Desse modo, os sangramentos anormais podem ser sintomas de algum desses problemas que podem alterar a anatomia do útero e a receptividade endometrial, afetando a capacidade reprodutiva da mulher.

Como tratar essa condição?

A condução terapêutica depende da etiologia do sangramento uterino anormal. Nos casos relacionados a causas estruturais (PALM), as condutas podem incluir a remoção ambulatorial de pequenos pólipos ou a abordagem cirúrgica, exclusivamente histeroscópica ou assistida por laparoscopia.

Nas causas não estruturais (COEIN), o objetivo do tratamento é promover a estabilidade endometrial, isto é, o controle de aspectos que levam à descamação irregular do endométrio. Desse modo, são recomendados medicamentos que atuam na produção hormonal feminina e mediadores inflamatórios.

Pode-se recomendar contraceptivos combinados, mas há uma importante limitação terapêutica se existe desejo imediato por uma gestação. Alternativas incluem o uso de antifibrinolíticos e anti-inflamatórios não hormonais. Não havendo resposta às condutas clínicas, há opções cirúrgicas para causas não estruturais, tais como a ablação endometrial ou até mesmo a histerectomia.

Além disso, na presença de comprometimento do estado geral da paciente por sangramento agudo, é priorizada a estabilização hemodinâmica imediata, com o emprego de soluções cristaloides ou transfusão sanguínea. Em seguida, recorre-se ao tratamento clínico ou cirúrgico recomendado para o caso.

Se as causas por trás do sangramento uterino anormal impactaram negativamente a capacidade reprodutiva da mulher e há o desejo de gravidez, é possível recorrer a técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade, as quais incluem inseminação artificial e relação sexual programada, ou de alta complexidade, como a fertilização in vitro (FIV).

Veja mais informações a respeito das condições que podem afetar o sistema reprodutor no nosso texto sobre infertilidade feminina!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.