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SDHEA exame

Por Equipe Origen

Publicado em 12/09/2022

O exame SDHEA é um dos que podem compor a bateria de testes diagnósticos solicitados durante a investigação da infertilidade feminina e masculina. Outras dosagens importantes são dos hormônios estradiol (nas mulheres), testosterona (nos homens), prolactina, FSH, LH, TSH e T4 livre.

Os hormônios são substâncias químicas essenciais para regular várias funções do organismo. O funcionamento do sistema reprodutor também depende diretamente do equilíbrio hormonal. São as glândulas hipófise, tireoide e suprarrenais, além das gônadas (ovários e testículos), que produzem os hormônios necessários para as funções reprodutivas.

As glândulas suprarrenais, em específico — também chamadas de adrenais —, são responsáveis pela produção de hormônios que participam de vários sistemas do organismo, atuando na regulação dos níveis de sódio, potássio e água, bem como no metabolismo dos carboidratos e nas reações ao estresse.

As suprarrenais estão situadas na cavidade abdominal, imediatamente acima dos rins. Entre os hormônios produzidos por essas glândulas estão os andrógenos sulfato de dehidroepiandrosterona (SDHEA), dehidroepiandrosterona (DHEA) e a androstenediona, substâncias precursoras de hormônios que estimulam as funções reprodutivas. Em outros locais do corpo, essas substâncias são convertidas em testosterona e estrógeno.

Continue a leitura deste post para entender o é SDHEA e qual a importância do exame na avaliação da fertilidade!

O que é SDHEA?

SDHEA é a sigla para sulfato de dehidroepiandrosterona, um hormônio esteroide sexual presente no corpo do homem e da mulher. Como vimos, esse hormônio é produzido pelas suprarrenais, portanto, o exame SDHEA avalia o funcionamento dessas glândulas.

O DHEA e sua forma sulfatada, o SDHEA, são os esteroides mais abundantes em circulação no corpo humano na faixa dos 20 aos 30 anos, servindo como matéria-prima para a produção de todos os demais hormônios que as suprarrenais secretam.

Na puberdade, esses esteroides desempenham importante papel no desenvolvimento das características sexuais secundárias — no homem, crescimento de pelos faciais, engrossamento da voz, massa muscular etc.; na mulher, formação do quadril, crescimento das mamas, dentre outras.

Aos 20 anos, o DHEA atinge seu nível máximo de concentração. Entre os 30 e 40 anos, ocorre um declínio significativo e, após essa faixa etária, a produção do hormônio cai pela metade. Ao longo da vida, os níveis de melatonina e do hormônio de crescimento (GH) também declinam, ao passo que o de cortisol pela suprarrenal aumenta.

Apesar de ser principalmente secretado pelo córtex adrenal, o SDHEA também é produzido nas gônadas, no tecido adiposo e no cérebro. Estudos sugerem que esse hormônio tem efeito cardioprotetor, antidiabético e reforçador imunológico, além de atuar na densidade óssea, no metabolismo e na força muscular.

A concentração de SDHEA também reflete em outros hormônios que participam das funções reprodutivas. Sendo assim, níveis alterados (abaixo ou acima do normal) podem prejudicar as chances de gravidez.

A suplementação com DHEA tem sido indicada em alguns casos de mulheres com baixa reserva ovariana. Contudo, pacientes com hirsutismo (crescimento de pelo em locais tipicamente masculinos) e síndrome dos ovários policísticos (SOP) devem ser cuidadosamente avaliadas antes dessa reposição hormonal.

O SDHEA pode aumentar o nível de estrogênios em homens e de testosterona em mulheres, e a SOP é, justamente, caracterizada pelo aumento de hormônio masculino no organismo feminino. Portanto, a suplementação não está indicada para todas as pacientes.

Quando o exame SDHEA pode ser solicitado?

O exame SDHEA, assim como a dosagem do DHEA, é solicitada na investigação de várias condições associadas à hipersecreção de andrógenos ou distúrbios da glândula adrenal, incluindo: puberdade precoce, irregularidades menstruais, alterações na pele e nos cabelos, hirsutismo, infertilidade, entre outras.

Alguns dos distúrbios das glândulas suprarrenais, revelados por níveis aumentados no exame SDHEA, são: carcinoma adrenal, hiperplasia adrenal congênita e síndrome de Cushing. Já os valores abaixo do normal podem indicar doença de Addison e hipoplasia adrenal.

Ainda, a baixa concentração desses hormônios pode estar associada a problemas como disfunção sexual, aterosclerose, doença isquêmica do coração, perda de massa óssea e doenças inflamatórias.

O exame SDHEA é, normalmente, realizado em conjunto com outras análises laboratoriais, como a dosagem dos hormônios hipofisários (FSH, LH e TSH), tireoidianos (T4 livre) e esteroides gonadais (testosterona, estrógeno e progesterona).

Para realizar o exame SDHEA, é colhida uma amostra de sangue, retirada da veia do braço. Antes da coleta, que deve ser feita preferencialmente pela manhã, recomenda-se o jejum de 4 horas. O paciente deve informar se estiver tomando alguma medicação, principalmente corticosteroides e outros fármacos hormonais.

A lipemia (excesso de gorduras na corrente sanguínea), assim como o consumo de álcool, tabaco e outras drogas na véspera do exame, pode interferir nos resultados.

O que fazer diante do diagnóstico de infertilidade?

Quando o exame SDHEA e as demais dosagens hormonais revelam algum quadro associado à infertilidade, outras técnicas diagnósticas podem ser solicitadas por um especialista em medicina reprodutiva. Após uma avaliação detalhada, o casal pode passar por tratamentos pontuais das condições de base ou tentar a gravidez com a ajuda da reprodução assistida.

Os fatores mais leves de infertilidade, como as disfunções ovulatórias, sendo mais comum SOP de origem suprarrenal cujo tratamento pode ser apenas reduzindo os níveis deste hormônio, podem ser tratados também com a estimulação ovariana empregada em uma das técnicas de baixa complexidade (relação sexual programada ou inseminação artificial). Já as condições mais complexas, especialmente se a mulher tiver mais que 35 anos, têm mais chances de êxito com a fertilização in vitro (FIV).

Informe-se sobre outros problemas que podem interferir nas chances de gravidez de um casal, lendo nosso texto exclusivo sobre infertilidade masculina!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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